EDMILSON FABIÃO DE SOUSA - Vaqueiro e Agricultor, nasceu em Lagoa Salgada em 11/09/1937. É filho de João Fabião de Sousa e Maria Neide da Silveira.
“Quando tinha 5 anos de idade, vinha da Cidade de Cruz, para minha casa em Lagoa Salgada, em pleno meio dia, eu estava cansado. Foi então que meu pai pegou um talo de carnaubeira, retirou os espinhos, arrumou a cabeça e me deu. Fiquei muito feliz e desde aquele dia descobri que ser vaqueiro era minha vocação”.
Ele mesmo depois deste acontecido confeccionou vários outros cavalos de talo. Ele descreve a confecção do brinquedo através do cuidado com a retirada dos espinhos e a moldagem das orelhas na cabeça e o cordão que serve de cabresto para a brincadeira.
Desde Criança, esforçou-se bastante para tornar-se muito querido pelos pais e admirado pela comunidade nesta profissão do homem do sertão por sua força e coragem.
Como ofícios de confecção dos artefatos do vaqueiro cita o arreio – feito em correia de sola cortada e enfeitada; a mascara – feita em couro cru, que é cortado e moldado a forma da mascara para o animal; a corda de relho para laçar – horcida a primeira e a divide em três outras partes; a amarra do chocalho – feita em couro cru ou sola, que é cortada em 3 dedos de largura e feito o amarro para utilizar nas vacas.
Aos doze anos de idade começou a laçar animais a pé e com 18 anos comprou seu primeiro cavalo. Começou a campear mais seguro, pros fazendeiros da região. Trabalhou 45 anos ajudando no matadouro da cidade de Cruz e Acaraú. “Certa vez fui convidado para laçar umas novilhas na localidade de Lagoa dos Caboclos, eu e um companheiro. Eram três novilhas. Laçamos duas e outra não conseguimos por mais que tentássemos. Foi aí que recorri ao menino vaqueiro, pedindo a ele e a Deus que me ajudasse. Nesse momento, escutamos um grito e corremos pra perto e quando chegamos lá, estava a novilha enrolada na corda e caída no chão. Meu companheiro achava que eu tinha gritado e eu jurava que tinha sido ele. Teimamos por muito tempo, só que tivemos a certeza que foi um milagre do Menino Vaqueiro.
Segundo o Sr. Edmilson o cumprimento do vaqueiro, acontece através do levantar com a mão seguido de um grito. Diz também que os vaqueiros são muito unidos e gostam um do outro como irmãos.
Durante sua vida de vaqueiro o povo dizia que ele conseguia pegar qualquer animal bravo através de uma oração forte. E que se o animal estivesse muito bravo ou revoltado, bastaria que ele cantasse ou assoviasse perto, acariciando sua cabeça, e em pouco tempo ele estaria pronto para viagem novamente.
Como vaqueiro participou de várias vaquejadas tendo ótimos resultados em muitas delas. Em 1970 foi o 1º colocado na grande Vaquejada de Acaraú. Também participou com outros bons resultados nas Vaquejadas de Sítio Alegre e Jijoca (2ª colocação) e Carrapateiras ( 1º lugar). Atualmente não participa de mais nenhuma, sendo que nunca perdeu a grande admiração por esses eventos. Ele mesmo já organizou vaquejadas em Cruz, Lagoa da Volta e Lagoa Salgada, das quais tem grande afeição. Ele se sente triste por como estes momentos estão cada vez mais escassos em nossa região.
Os vaqueiros de hoje costumam se encontrar na Rua Professor João Pereira,no centro da cidade de Cruz, junto a uma casa de venda de material para animais. Eles se reúnem todas as semanas para saber como anda a criação de cada vaqueiro e trocar idéias.
“Quando tinha 5 anos de idade, vinha da Cidade de Cruz, para minha casa em Lagoa Salgada, em pleno meio dia, eu estava cansado. Foi então que meu pai pegou um talo de carnaubeira, retirou os espinhos, arrumou a cabeça e me deu. Fiquei muito feliz e desde aquele dia descobri que ser vaqueiro era minha vocação”.
Ele mesmo depois deste acontecido confeccionou vários outros cavalos de talo. Ele descreve a confecção do brinquedo através do cuidado com a retirada dos espinhos e a moldagem das orelhas na cabeça e o cordão que serve de cabresto para a brincadeira.
Desde Criança, esforçou-se bastante para tornar-se muito querido pelos pais e admirado pela comunidade nesta profissão do homem do sertão por sua força e coragem.
Como ofícios de confecção dos artefatos do vaqueiro cita o arreio – feito em correia de sola cortada e enfeitada; a mascara – feita em couro cru, que é cortado e moldado a forma da mascara para o animal; a corda de relho para laçar – horcida a primeira e a divide em três outras partes; a amarra do chocalho – feita em couro cru ou sola, que é cortada em 3 dedos de largura e feito o amarro para utilizar nas vacas.
Aos doze anos de idade começou a laçar animais a pé e com 18 anos comprou seu primeiro cavalo. Começou a campear mais seguro, pros fazendeiros da região. Trabalhou 45 anos ajudando no matadouro da cidade de Cruz e Acaraú. “Certa vez fui convidado para laçar umas novilhas na localidade de Lagoa dos Caboclos, eu e um companheiro. Eram três novilhas. Laçamos duas e outra não conseguimos por mais que tentássemos. Foi aí que recorri ao menino vaqueiro, pedindo a ele e a Deus que me ajudasse. Nesse momento, escutamos um grito e corremos pra perto e quando chegamos lá, estava a novilha enrolada na corda e caída no chão. Meu companheiro achava que eu tinha gritado e eu jurava que tinha sido ele. Teimamos por muito tempo, só que tivemos a certeza que foi um milagre do Menino Vaqueiro.
Segundo o Sr. Edmilson o cumprimento do vaqueiro, acontece através do levantar com a mão seguido de um grito. Diz também que os vaqueiros são muito unidos e gostam um do outro como irmãos.
Durante sua vida de vaqueiro o povo dizia que ele conseguia pegar qualquer animal bravo através de uma oração forte. E que se o animal estivesse muito bravo ou revoltado, bastaria que ele cantasse ou assoviasse perto, acariciando sua cabeça, e em pouco tempo ele estaria pronto para viagem novamente.
Como vaqueiro participou de várias vaquejadas tendo ótimos resultados em muitas delas. Em 1970 foi o 1º colocado na grande Vaquejada de Acaraú. Também participou com outros bons resultados nas Vaquejadas de Sítio Alegre e Jijoca (2ª colocação) e Carrapateiras ( 1º lugar). Atualmente não participa de mais nenhuma, sendo que nunca perdeu a grande admiração por esses eventos. Ele mesmo já organizou vaquejadas em Cruz, Lagoa da Volta e Lagoa Salgada, das quais tem grande afeição. Ele se sente triste por como estes momentos estão cada vez mais escassos em nossa região.
Os vaqueiros de hoje costumam se encontrar na Rua Professor João Pereira,no centro da cidade de Cruz, junto a uma casa de venda de material para animais. Eles se reúnem todas as semanas para saber como anda a criação de cada vaqueiro e trocar idéias.
Todo fazendeiro eu chamo de meu patrão
Todo violeiro é meu primo
Todo vaqueiro é meu irmão
Essa é a história do Edmilson Fabião.
Pesquisa realizada por: Francisca Francinês.