sexta-feira, 1 de junho de 2007

Ai de mim - Cleo Andrade

Ai de mim
Como dói meu coração
Vendo a vida perecer
Não somente a vida sem vida (morta)
Mas a vida sem viver
Como posso respirar e não viver?
Quem teve a idéia da tristeza inventar?
Nostalgia, nostalgiaApertando meu pulsar
Tantas ruas de alegria
Tantos pais sem lar
Tantos lares sem harmonia

Tanta inquietude num olhar
Viver a vida matando-a
Muitos estão assim a viver
Ai de mim que tudo vejo
Inflamando meu desejo
Falar já não adianta
Se ninguém pede lição
Moral quem tem use
Se não tem viva o seu
Como cão sem dono ou chão
E, seguem milhões de nós
Sem personalidade que durea quantia da diversão
Ai de mim que tudo observo
Esperando a gestação
Que não custa nasce
Mais um na louco na multidão.

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