sexta-feira, 1 de junho de 2007

Pais - Manoel Edésio dos Santos

PAIS
Quando se fala sobre pais
Me vem logo um pensamento
Dos pais que goza na vida
E só um dia de todos
Isto é que mais lamento.


E pergunto por que é
Que não separa um dia
Para os pais sofredores
Também terem alegria?
Porque pais ricos juntos ou pobres
Não é boa companhia.

E eu digo é porque
O pai pobre desconfia
Que os ricos têm com que
Fazer a sua folia
Porém os pobres não têm
E como ter alegria?

Aqui eu passo a falar
Da minha imaginação
Do que penso sobre pai
Qual a consideração
Que devemos ter com ele
De confiarmos muito nele
Ter amor, paz e perdão.

Eu, pai como sou
Já sei que falta um filho
Embora sabendo que
Esteja bem com saúde, amor e paz
Só um pai e uma mãe reconhece
Por isso não se esquece
E o que a ausência lhes traz.


Para os pais um filho ausente
Muitas vezes traz tristeza
Sente a falta nos trabalhos
Também na hora da mesa
Ao deitar e levantar
E o tempo de voltar
Os pobres pais não tem certeza.


Me refiro só porque
Também tenho um filho ausente
Depois que ele foi embora
Tudo ficou diferente
Só tenho as recordações
Daquelas ocasiões
Que estava com a gente.

Nos trabalhos de roçados
Nas limpas dos cajueiros
Meus dois filhos me ajudavam
Mesmo sem ganhar dinheiro
Hoje não estão mais comigo
Às vezes eu penso e digo
Será porque fui grosseiro?

Logo eu sou de um tempo
Da grande revolução
Que ouve em nossos pais
Atingindo esta nação
Sobre a mulher casada
Mulher solteira e errada
Que vive na escravidão.


Foi descoberto que a mulher
Era escrava do marido
Se Lea falasse forte
Pegava mão no pé do ouvido
E lê dizia deste jeito
Você não tem direito
Nem de dar mesmo um gemido.

Mas a igreja católica
Que viu a situação
As mulheres sendo sujeitas
Aos seus maridos machões
Tentou libertá-las
Junto a elas tirá-las
Daquela escravidão.

Devido o apoio da igreja
Do civil e militares
As mulheres estão libertas
Nos seus devidos lugares
Hoje maridos não abusam
Outras estratégias usam
Comendo de se ferrarem.

Depois da mulher liberta
Ficou mais ruim para o homem
Não estou dizendo com todas
Mais não vou dizer o nome
Sabemos que tem mulher
Que pula e dar cangapé
E deixa o marido com fome.

Tem moças prostitutas
Dividido a libertinagem
Estrupas e etc.
Perdendo sua imagem
Vejo a maior derrota
Moça em garupa de moto
Pelas beiras de rodagem.

Aqui é que torne a falar
Sobre o pai de família
Que chega a situação
De ver isso em sua filha
Para ele é um desgosto
Comigo eu escondo o rosto
Em barra mole da ilha.

Como eu e outros mais
Que viu a seriedade
Vendo a libertação
Com essa tal liberdade
Uns acham certo outros errados
E eu fico dos dois lados
Pra não perder a amizade.

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