sexta-feira, 1 de junho de 2007

DEVANEIOS - Paulo Roberlando


DEVANEIOS


Se te sobrevém
O medo que engasga tua alma,
Desperta – deixa-te reluzir,
Buscando o que não pode ter ou sentir,
E te esvai nos prantos
Que pareciam serem teus
No torpor da sensibilidade,
Quiçá tivesse alguma verdade
No erro que um dia nunca cometeu...

Então não sonhe,
Nem busque o contato
Do toque de tuas fantasias.
Abstrato devaneio que suprimia
Sem defesa,
A tua frágil razão...
Sonhos são pra se embriagar,
Sem que se queira contracenar
Com personagens de solidão...

Teus pés estão descalços,
Tua alma,
Bem mais nua;
Em vertentes da crua
Fragilidade alimentada
Que te envolve,
O medo da realização,
Que ainda seja ilusão
No canto surdo que ecoa, e te consome...

Por – Paulo Roberlando
Abril/2009

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