sexta-feira, 1 de junho de 2007
OUTRAS POESIAS - Zeca Muniz
TRAÇOS DE ADVERTÊNCIAS
Muitas vezes no fulgor da vida
Damos murros em toco
Até parece que sobra energia
E nos deixa locos
E cantamos berrando e pulando
Que ficamos roucos
E se alguém tenta reclamar
Vai entrar no soco.
São impulsos deste corpo físico
Ao se avolumar
Que não tem ainda o bom senso
Pra se organizar
E se arroja sem olhar caminhos
Onde vão pisar
Buscam prazeres no álcool e nas drogas
E a bela vida vão esfacelar.
Nos alvores desta vida jovem
Que ilusões nos traz
Tantos sonhos e tanta esperança
Não somos capaz
De reter os trágicos impulsos
Que o instinto faz
E o ímpeto se não controlado
Estraga o rapaz
Hoje eu vejo o caminho certo
Tanta experiência
Não tem como desfazer os nós
Da adolescência
Que encharcaram toda minha estrada
Com más influencias
E aos oitentas refletindo os erros
Sinto até doença.
E quando vejo esta juventude
Sem experiência
Nos arroubos buscando prazeres
Sem abstinência
Não têm equilíbrio e vem o castigo
De uma dependência
Eu confesso nesta advertência
Pois sinto clemência.
Saúdo a juventude, na aurora da vida
È que faz belo ingresso
Vão com calma caçando o caminho
Que leve ao progresso
Com limites e moderação
Vem melhor sucesso
Com exageros e drogas em ação,
Teu brilho é engesso.
NOTAS DE UM FINAL
Venci o dois mil e sete,
Começa dois mil e oito
Se eu chegar ao fim de março
Vou ganhar mais um biscoito;
Estou vencendo a nostalgia
Os versos são-me, valia,
E o Velho se sente afoito
Quando jovem, um molengo,
Tudo me desanimava,
A falta de confiança
As forças, me deformava,
Buscava sempre o desvio
E tinha um curto pavio
E o desanimo me arrastava
Muitas vezes usava o álcool
Para me desinibir
Ultrapassava os limites
Onde eu devia ir,
Eram momentos de sonhos
Que faz palhaços risonhos
Sem assistência pra rir
E vivi quase sem rumo
Mas no final Deus me ampara
Os sentimentos de culpas
Me deram pisa de vara
A reflexão transformou-me
E a consciência mandou-me
Tomar vergonha na cara
Quem chega na minha idade
O físico ficou pra traz
Só da alma vem conforto
Se com fé, formos capaz
De olharmos para o alto,
Mesmo não sendo um arauto
Se alcança um pouco de paz
Com a paz a gente contempla
E descobre que o pensamento
È uma força motriz
Que faz revigoramento,
E saneia nossa memória
Mesmo uma mente simplória
Faz algo que traz alento.
FINAL DE UM RECADO
Quem observa a revolta
Que se mostra a natureza
Há de entender que é o mau
Que fazemos com frieza
E agora nestas quadrinhas
Vou terminar meu recado
Que Deus tenha piedade
Destes seres desalmados.
Que vivem cegos no mundo
E erram com ousadia
Gananciando riquezas,
Não tem paz nem alegria.
Nunca teve a humildade
Nem a sensibilidade
De zelar por esta terra
Que Deus nos deu como herdade.
Que O Criador ilumine
Os rumos dessa campanha
Que a Mãe Igreja enseja
E muita gente acompanha
Que surja a fraternidade
Faça nascer a vergonha
E a ambição desumana
Não mate a verde Amazônia.
ESSÊNCIA
Urdir poesia é um dom
Só o saber não dá não
É intuição da alma
Com a mente e o coração
Sublimando, é mais poético
Dizer senso e a emoção
Da essência se extrai o incenso
Do perfume, alma da flor
Poesia é essência da alma
Que com emoção faz primor
E o pensamento digita
Para os que sentem o amor
E para os que sentem a alma
Aflora a psicologia
E espelha notas distintas
Para se tecer poesias
Com um pouco de bom senso
O resto é estrategia
Pois se o senso é a alma
Do nosso ser corporal
Também manobra os sentidos
A visar belo ideal
Do senso vem o vislumbre
De algo emocional
Muitos tem luz e não enxergam
Esta sensibilidade
Deste dom que nasce d’alma
E pra os que não tem vaidade
Conforta e dá paz ao corpo
E pra alma traz sanidade
E hoje eu vejo o caminho
Na minha simplicidade
E procuro na paz do espírito
Regada pela humildade
E nesta visão colho flores
No jardim da minha idade.
A DERROTA DOS DESORDENADOS
É nos casais desunidos
Que vem a separação
Pobres filhos em desamparo
Sofrem a desunião
Ficam como que perdidos
Sem rumo sem direção.
Às vezes é a mulher
Que não topa o mal sujeito
Outras vezes é o marido
Que cria algum preconceito
E vão se digladiando
É o fim, e um lar desfeito.
Quem mais sofre são os filhos
Às vezes desamparados
Não pensam ainda na vida
Mesmo assim ficam arrasados
Falta a metade da fronde
De onde foram gerados
A árvore se esfacelou
A vida ficou vazia
Sem o aconchego do amor
Que no começo trazia
Descontentes vão levar
Seus dias de nostalgia
E os que estão mais crescidos
Se sentem até revoltados
Sem um roteiro de vida
Entram no caminho errado
E isso a gente vê muito
Nas ruas abandonado.
Alguém ele pede um pão
Se um dá outro diz não
Quer vender droga pra mim
Te dou comer de montão
Ele não tem outro jeito
E entra no tal vulcão
Logo o viciam em droga
Perder o medo da morte
Será que este coitado
Nasceu com essa má sorte
Mas das vezes são os pais
Que assinam o passaporte.
É o comércio do tráfico
Do tal vulcão horroroso
Que arrasta muitas vidas
Para o mundo tenebroso
Eis o abandono dos filhos
Do tal casal inditoso.
MENSAGEM A UM AMIGO
Ofertada ao Sr. João Marques de Freitas no dia da inauguração do CCC – Centro Cultural Cruzense
Estou pela primeira vez
Dentro deste belo instituto
Que almeja um salve conduto
Nos planos de quem o fez
Que de Deus venha as mercês
E o teu projeto floresça
Que dê muitos frutos e cresça
E a luz da comunidade
Concorra em fraternidade
E o teu belo plano alvoreça
É de boa aceitação
Mas precisa quem te ajude
Gente que tenha atitude
E uma certa projeção
A fazer explanação
No que vai oferecer,
Tem as que vão receber
E tem as que vão doar,
E se ninguém vacilar
Teu projeto irá crescer.
Com tua vivacidade
Soubestes fazer riqueza
Viveu vida de aspereza
Mais veio pra nossa cidade
Achastes a cara metade
E traçastes o bom roteiro.
Onde aplicastes o dinheiro
Tem aparência de um templo
Que alguém tome como exemplo
Teu CCC sobranceiro.
Agora meu caro amigo
Perdoe minha instrução
Sei que tens melhor visão
Não leve a mal o que digo
Pois seis que tens neste abrigo
A alma o e coração
Que essa tua heróica ação
Seja cheia de sucessos
E vai incluída nos versos
Minha humilde saudação.
HINO AO CCC – Centro Cultural Cruzense
Oh, Cruzense abracemos com a alma
Este grêmio que alguém projetou
E formemos na paz da unidade
Nossas dádivas de luz e amor
Pra que nossos esforços somados
Traga aos pobres um saber protetor
Trabalhemos sem ter presunção
E alegre cantemos nosso hino
E se capazes entremos em ação
Que o conforto virá do divino
E reanima nosso coração
No amor, mesmo um velho e menino
Corações fraternos que se abrem
A exercer uma bela missão
De ajudar no conforto dos pobres
Dando o pão e a educação
Quem tem luz que seja voluntário
E reparta o saber com o irmão.
Cristo disse que façam aos outros
Tudo aquilo que queres que vos façam
Se normas e idéias ensinarmos
Bons caminhos na vida eles traçam
Terão paz mais amor e alegria
E felizes da vida se abraçam.
Refrão:
Amor se sente com prazer e emoção,
Amor se faz com atitude e ação,
Arregacemos as mangas e ajudemos nosso irmão (bis)
CONTEMPLANDO A INTELIGÊNCIA
O homem surgiu com inteligência
No reino animal, é sua eminência,
Pro bem e pro mal trazia tendência
Alguns bem dotados tiveram ciência
Eram iluminados, e com sua essência
Espalharam a luz para procedência.
Mas a inteligência se expandiu pro mal
Também se espalhando no povo geral
Os que com ciência viram o irreal,
Trocando idéias acharam o ideal
Botar um valente que fosse legal
Pra organizar o povo a viver normal.
Este guerreiro foi o primeiro rei
Começou criando ditos e fazendo leis
A ganância e as maldades estavam no meio
Surgiram às guerras tudo ficou feio
E ideando armas inventaram meios
E com atrocidades conquistaram anseios.
Este ser humano hoje é civilizado
A selvageria não ficou no passado
Mesmo os padrões da ciência tão elevados
Não dominam o impulso destes malvados
A corrupção já exalta seu cruel mercado
E com chacotas, riem dos pobres coitados. .
Parece que o fermento do mal aumentou
E o efeito maligno a todos lesou
Até a justiça a rédea afrouxou
E o mundo hoje vive a lei do terror
O poder político virou um frozô
Se tiver consciente o rolo esmagou.
Reflito com dúvida se vale a ciência
Se pro lado mau é sempre propensa
Sem sabedoria ela é mais que pensa
Lhes falta a moral e a consciência
O homem lutou com a inteligência
E deixa em seu rastro triste negligência.
Ainda é tempo pra moral se reaver,
Mas os políticos são os donos do poder
São manobristas sabem nas leis remexer
E deixam brechas que deixa o erro valer
Os traficantes têm dinheiro a oferecer
E com os poderes tem sempre mercês.
E é nos poderes que o mal faz arroios;
Até na justiça tem lá seus trambôios,
Em qualquer classe trambiques e conloios
Na clandestinidade espalham seus comboios
Muitos perversos sempre têm apoio
E os pobres coitados tangidos com aboios.
Suas garras penetram nas religiões
E faz seu comércio, arrancando os milhões
Em nome de Deus prospectam ambições
Conquistam os incultos com belos sermões
Destes lobos, O Cristo, nos fez previsões
Que Deus se apiede destes tubarões.
Vou encerrar a triste contemplação
Visei o curso do mal em ação
Este ser inteligente não busca a razão
De viver em paz com os seus irmãos
A ganância lhes sega o coração
E o mal continua sua trágica missão.
DILEMA
De um belo sonho
Surgiu um poema
E fiz um esquema
Com tal melodia
Que o sonho trazia
Na minha ilusão,
E botei em ação
Urdindo na mente
Sem ser competente
Á cruz da visão
Julguei-me um artista
E pus mãos à obra
A mente desdobra
Em busca da pista
Rude desenhista
Mas com tato e zelo
Armei o modelo
Surge algum dilema
Mas o meu emblema
Eu arquitetei
Armei um tripé
De galvanizado
Na cruz foi soldado
Numa viga, o pé
E duas na ré
Incrustas nos braços
Está pronto meus traços
Só na forma botar
E para concretar
Usei um percalço
Já petrificada
Tentei na pintura
Fazendo mistura
Não bem requintada
Mas noutra passada
Ia concertando
Tentando, tentando,
Consigo acertar
Na vida é lutar
Até mesmo sonhando.
Falta autorização
Das autoridades
Pra enfrente a cidade
Erguer minha ação
E deixar com o povão
Uma singela imagem
Que enfeita a paisagem.
Já estou exausto
Mais fica este rastro
Da minha passagem
Mais chega a bonança
E eu vou fincar
E já marco o lugar
Da cruz da esperança
A persistência alcança
Mansa solução
Sonho é ilusão
Mas edifiquei
O sonho que amei
Simbólica visão.
FESTA DESDITOSA
Oh fumador de cigarros
Oh bebedor de cachaça
Oh fumador de maconha,
O teu prazer traz desgraça,
A portentosa cocaína
E outras que trazem morfina
A tal desgraça ultrapassa.
Lembrando minha mãezinha
Que não contava mentira
Uma vez me perguntou
O que Deus dá e o homem tira,
EU não soube responder
Mas Ela me fez saber,
É a cachaça, que delira.
Ela falou do juízo
Que controla o nosso ser,
Da mente a ponta dos dedos
Que Deus nos deu ao nascer
Quem bebe perde a cabeça
Leva uma vida travessa
E pode se perverter.
Das outras drogas não conto
Graças a Deus não usei
Depois que o cabra entra nelas
Paga uma descida sem frei
Dos vícios não se tem tédio
E vem um mal sem remédio
E a dependência é seu rei.
Um bêbado morreu de um porre
Chegou na porta do céu
Bateu e São Pedro abriu
E sentiu um bafo increl,
Volta pra lá lagartixa
Lá na terra tu te espicha
E derrama lá teu tonel.
Aqui não há nem uma vaga
Pra estes trastes viciados
Que exageram no prazer
E terminam desordenados,
Dançou, perdeu o juízo
E ficou no prejuízo,
Não tem perdão dos pecados.
LADAINHA DOS PROFESSORES
Professor ou professora
Contemplem o que vou ditar
Faça da educação um hino
E todos vivam a cantar
O canto sempre traz paz
Alegra e faz acalmar
Quem canta seu mal espanta
Tem um provérbio a avisar
Quem canta alivia a mente
Faz o bom censo brilhar
Do canto flui emoção
Que nos ensina a amar
Amor e cântico aos alunos
Faz algo desabrochar
Sensibilidade e emoção,
E falos-á contemplar,
Rebeldia e preconceitos
Vão esquecendo pra lá
E os que são inibidos
Destravam e vão se empolgar
Vão treinando e apurando
Os que têm um bom cantar
Ou uma voz maravilhosa
Que nos faz deliciar
Descobrirão muitos dons
E o padrão de um povo elevar
Cantar é arte que enleva
Nos faz amar e sonhar
Busquemos na poesia,
Versar também é cantar.
Na poesia se faz
Num texto mesmo sem rima
Com emoção e alta-estima
Com belas frases reais
Que surgem dos ideais
De quem já ganhou cultura
E vai criando estrutura
No caminho do saber
Seu dom vai desenvolver
Com criativa abertura.
Por voz, que já são mais cultos.
Busquem nesta ladainha
E tirem alguma flechinha
Para acalmar um tumulto
Sejam audazes e consultos
Pra novas vidas adestrar
Com recreio incentivar,
Da criança a jovem idade
Com amor e autenticidade
E sua missão coroar.
MAPEANDO O SER HUMANO
Um invólucro tão primoroso
Se bem gerado, ao nascer,
Pronto pra ser adestrado
Por quem compete o dever
E tenha capacidade
Um bom rumo oferecer
Logo ao iniciar a vida
E dignamente crescer
Os pais nem se preocupam
Tal vidinha organizar
Novinho só dar mingau
E as roupinhas trocar
Fazer-lhe algumas caricias
Os chorões os faz zangar
Não sabem ter paciência
E sua obra prima, zelar.
Zelo e aconchego amoroso
Com caricias de ternura
Completa, com os nutrientes
Forjar a desenvoltura
E fica como reforço
Em toda sua estrutura
Que vai levá-lo ao trajeto
Pra caminhada futura
É de novinho meus caros
Que cresce este ser humano
E bobeia, como eu.
Que já com 86 anos
E cometi tantos erros
Vivendo ao léu no engano
Nos livros achei uma luz
E estou pra vocês passando
Reflitam o primor da vida
Se for bem organizada,
E colham estes informes
Pras vidas por vós geradas
A vida é um livro em branco
Se suas folhas desenhadas
Mostrarão belas gravuras
Pra serem exemplificadas
.
Na era da Internet
O Homem é um animalesco
Parece que a civilidade
Distorceu para o grotesco
Não tem sensibilidade
E a rebeldia é seu preço
Amor consciência e emoção
Com a ciência, foi pro gesso.
Só teremos paz no mundo
Com uma nova geração
Bem ordenada e ciente
De cumprir bela missão
Nas famílias e nas escolas
Que englobem esta orientação
Pra evitar que o ser humano
Se apague, na desolação.
MENINO PRODÍGIO
Menino sofrido, que nasceu do acaso.
Viveu a reboque no meio do atraso
Com tantas desditas e em tão curto prazo
Infância de mudas, como fosses, um vaso.
Venceste a tormenta, com a sorte de um herói.
Tivestes suplícios, e um pau que te mói.
Sarastes e aos poucos, bom rumo constrói.
Cuidado: que as farras a vida destrói.
Os vícios engessam a vivacidade
Lesam a consciência e a criatividade
E pisam no brilho da sinceridade
E turva o caminho pro fim da idade
Menino, sofrido foste abençoado.
E do rude começo subiste ao tablado
No teatro da vida já estais avançados
Faz base segura pra ficar firmado
Moral e caráter, e diz pra que veio.
E que com bom senso teus dias semeei
Pois foi dos meus erros que te projetei
Menino prodígio, pro alto te erguei.
Da fé vem o amor à luz e a paz
Que impulso ao labor e o bem nos apraz
Prazeres são fúlgidos, cedo se desfaz.
Caminha com fé, veja como faz.
MISSÃO EM FLOR
Professorinha animada
Estais no alvorecer
Teus dotes te deram brilho
E impulso pelo saber
Pra ser boa educadora
Ainda tens muito a aprender.
Não pense só no salário
Não seja gananciosa
Pense na nobre missão
Que é árdua mais é honrosa
De ministrar pras crianças
Uma vida primorosa.
Busca na mente o roteiro
Pro caminho do sucesso
Sensível arguta e altiva
Bem amorosa ao processo
De formatar tenras vidas
Para um brilhante progresso.
Saúdo-te professorinha
Tu és a ciência flor
Espelha nas criancinhas
Sementes do teu vigor
Educar não tem só letras,
Mostra a emoção, e o amor.
NA ÂNSIA DE ABARCAR.
Quem busca a felicidade
Tirando dos outros com deslealdade,
Tem muitos que assim praticam!
Com suas trapaças e até crueldades,
Não julguem que suas riquezas
Feitas com espertezas e desonestidade,
Na terra satisfaz ganâncias,
E a desesperança para eternidade.
Na era da idade da pedra
O ser sub-humano usava o poder
E lutava com o poder das feras
Numa vida austera pra sobreviver,
E hoje tem civilidade
Usa de maldades pra enriquecer,
E num instinto de selvageria
Toma a ousadia de os outros torcer.
Fizeram a ordem invertida,
Os seres humanos feitos de emoção,
Mataram os bons sentimentos
E fizeram excremento a civilização,
Buscando nas suas quimeras
Tornaram-se feras dos tempos de então,
Não sabem contemplar a vida,
Que na despedida tem condenação.
Busquemos o valor da vida,
Revendo os mistérios de quem nos criou,
O sentido e os caminhos retos
Seu Filho dileto veio e nos ensinou,
Depois O Seu santo espírito
Com amor bendito nos iluminou,
Foram graças pra esta raça humana
Viver bem bacana a vida do Amor.
OS GOZADORES
Quem vive em busca do gozo
Nem sempre acha repouso
A ânsia o faz inditoso, transtornos traz da orgia
Quem anda compenetrado
Pensa e não cai em pecado
Está com Deus ao seu lado tem paz e tem alegria.
Quem trilha a libertinagem
Rebaixa a sua imagem
E estraga a sua viagem até para eternidade
Se jovem é aventura
Mas leva a vida madura
E no fim é só amargura nem paz nem felicidade.
Em cada circulo da vida
Tenhamos a mente erguida
Nossa missão ser cumprida com normas de bom proceder
Buscando sempre o bom norte
Bons ventos nos trazem sorte
E quando chegar a morte nos brilha o alvorecer.
REPULSA
As ricas, pobres madames!
Parecem não ter visão
E buscam na vaidade
O conforto, ter filhos não.
E trocam por cães e gatos
Pra sua desilusão
E as cruéis mães assassinas
Que fazem os filhos abortar
Outros que deixam nascer
E vão no lixo jogar
Outras vão matando aos poucos
Pra ninguém desconfiar
Isso se faz aos milhares
Buscando a felicidade
São frias sem coração
Nem de um filho tem piedade
O remorso não paga o requinte
De tanta perversidade
Pensem nas que são forçadas
Por seus belos malandrões
Só quero você meu bem
Filho só traz confusões
E trocam o amor dos filhos
Por suas trágicas paixões
Está chegando o fim dos tempos
O mundo vai ser queimado
Mas a alma dos malditos
Leva o peso dos pecados
E na eternidade sem fim
Com penas serão purgados
Tais barbáries chegam aos céus
Do senhor do universo
Que teceu com tanto amor
Estes seres tão perversos
Sinto a alma contristada
Ao concluir estes versos
SONHANDO COM A VIDA
Eu hoje acordei sonhando
Que esta vida velha já quer se mandar
Não seio quantos dias mais
Meus passos na terra, inda vou marcar
Só sei que, as ilusões
Ficaram pra traz, nem quero lembrar
E busco, nas contemplações
A luz das virtudes para me guiar.
A paz e a serenidade
Sempre rogo a Deus pra me conectar
Amor pro meu coração,
E a sombra das culpas, desanuviar
Paciência e resignação,
E um pouco de estimulo pra me conformar
E buscar com a mente sã
Algumas lições e aos outros passar.
Fiz, um pequeno roteiro
Com minhas sugestas e com o meu versar,
São notas que trazem sentidos
Para os que lêem e sabem contemplar,
São flores do jardim da alma
Que com a mente frágil eu quero ofertar
A todos irmãos desta terra
E que ninguém desista de se aperfeiçoar.
SONHOS QUE TRAZEM CAMINHOS
Caminhos que desalentam
Ninguém consegue acertar
Visões de apavorar
Mais algumas nos alentam
E até as que nos contentam
Vem nosso senso alegrar
E pra quem sabe aproveitar
Tira algumas conclusões
E das doces ilusões
Faz algo se completar
Nos dizem alguns escritores
Devemos sempre sonhar
Com algo a poder criar,
E se a vida é feita de amores
Dos bons façamos primores.
Com saga e com ousadia
Se tece uma melodia
Ou um ideal venturoso
E ergue um projeto honroso
Que a viva a nossa alegria
Tem muitos que quebram a testa
Pois vivem sonhando em vão
Faz castelo de ilusão
E com o pensamento festa
Trabalho que é bom detesta
Só pensam em vida mole
Não planeja não se bole.
Não bota a mente a treinar
E ainda tenta se arfar
Quando toma o triste gole
Certo é que sempre sonhamos
Dormindo ou mesmo acordado
Ou que é por nós engendrado
Quando dormimos visamos
Sempre o que não planejamos
É a visão do nosso senso
Que desdobra como um lenço
Por tanto não iludamos
Os sonhos são nossos planos
Depende o nosso bom senso
Eu sempre quero sonhar
Sonho bom alegra a vida
E traz alguma guarida
Pra vida continuar
Tendência de melhorar
A esperança me arrima
Com abraço de auto estima,
E até que o lume da mente
Me mostre a bela semente
Semeio poesia em rima
E entrosando o meu bedelho
Quem quiser ter mente ativa
E dias de vida mais viva
Neste verso o meu conselho
E se mirem nesse espelho,
Vá idealizando e criando
Mesmo que seja sonhando
O exercício sana a dor
E o corpo ganha vigor
Com a circulação ativando.
SÚPLICA DE GRATIDÃO
A pesar da longa idade
Mas não estou tão demente
Contemplo a luta dos médicos
Com os raios fuscos da mente
No zelo que estão doando
Pra minha mulher doente.
Agradeço de antemão,
Esta atenção condolente
Cuidarem com tanto empenho
De um pobre ser impotente,
Pela fé busca esperança
Nas mãos de bons competentes.
Espero um qualquer dia
De vê-los pessoalmente
Mostrar-vos a emoção
Deste velho penitente
Que pede pela saúde
Da companheira vivente.
Que vossas mãos benfazejas
E vossas aguçadas mentes,
Recebam das mãos divinas
Luzes e graças fluentes,
E salvem minha mulherzinha
Deste mal tão inclemente.
VASSALOS.
Se ao nascer nada sabemos
Somos da vida vassalos
Do saber muitos não querem
Mas buscam sempre o regalo
Ao findar sombras negritas
Na consciência desdita
Dos erros lhes doem os calos
Muitos não visam o valor
Do saber, para adestrá-lo
Outros não tiveram pais
Pro bom caminho guiá-los
Criados só com a ração
Sem nem uma educação
E com o castigo do talo.
E na triste situação
Inteligência foi pro ralo
Cresceu sem informação
E sem estimulo pra animá-lo
Sem prazer sem emoção
Entrou na vida de cão
E das drogas fez seu cavalo.
Hoje não se quer mais filhos
Pelo medo de criá-los
Se alguém arrisca uns dois
Nas emissões tem embalos
Tv e computadores
Na Internet são senhores
E dos erros serão vassalos
Essa vida sem virtudes
Não tem Deus pra abençoá-lo
Pois os pais nem sempre ensinam
O rumo para buscá-lo
E com mania de grandeza
Levam pro final asperezas
E seus erros é quem vão julgá-lo.
Estou no fim dos meus dias
Pensar em erros, me calo
Clamo sempre por perdão
E com o consciente falo
Se a vida está na mente
Irei fazendo repente
E o senso é o meu badalo.
VIDA DE CRIANÇA
Devia ser preciosa
A vida de uma criança
Criada com tanto zelo
Como uma jóia de herança
Só que a jóia é valor morto
A criança traz conforto
Alegra e traz esperança
E é nossa semelhança
Pra vida continuar
Tudo na vida traz luta
Pra quem quer realizar
E a família é a premissa
E tem que ser com carícia
Com a criança, a ensinar.
Criança é coisinha frágil
Pra quem olha a tenra idade,
Mais já traz psicologia
Sabe sentir a maldade
De alguém que lhe causa dor
Mas também sente o amor
De um aconchego de verdade.
Quando vejo uma mãe
Em criança dar palmadas
A pobrezinha chorando
E cala desconsolada
Olha pra mãe com tristeza
Como quem diz ou pobreza
Se ainda não sei de nada.
Se os casais ao se unirem
Pensassem neste dever
E fizessem um curso, os dois
Para melhor entender
Trilhar melhor o caminho
Dar todo zelo e carinho
Quando seu filho nascer.
Vamos zelar as crianças
São o fruto da nossa vida,
Merecem todo nosso zelo
Se de nós foram nascidas
Sejamos pais responsáveis
E na educação amáveis
Que serão agradecidas.
Criança é a planta da vida
Que nasce na terra do amor
Entre o carinho e o zelo
Do pai e da mãe no calor
E traz o perfume da rosa
E tiver vida ditosa,
È grata a quem lhe criou.
VIVER É LUTAR
Dizia um poeta Viver é lutar
Á luta é combate que os fracos abate
Que os fortes e bravos só pode exaltar
Mas quem é soneca não sabe se erguer
Não busca resgate e tudo lhe abate
Se torna um escravo do nada saber
E quantos lelecas, não querem o saber
Em nada se bate, não pesa um quilate
A vida é um travo, tende a esmorecer
Este velho Zeca não soube vencer
Mais nos arremates no estudo fez arte
Rimar fez um alvo, tem versos a valer
Se algo me impacta, poesia fazer
Que minha alma exalte com o brilho do esmalte
A luz que destravo, com o pouco saber
Se a mente coleta, pra os versos tecer
Que a pena retrate, e ninguém descarte
Até mesmo um eslavo que os queira ler
Não fico um pateta sem me remexer
Fui até mascate, e fazia debate
Por alguns centavos, a alguém convencer
A prosa está completa com o que pude arcar
Que ninguém delete o que está em disquete
Valem mel em favos, pra quem quiser cantar.
A ESCOLA
Na escola a gente ver
A ciência alvorecer
Mas precisa persistência
Pra muita coisa aprender
Escola não é só letras
Que devemos oferecer
Tem um ideal de vida
Pra mente desenvolver
È abrir janelas pra vida
Desligando alguns impasses
E com a mente e a emoção
Encontramos belas fasces
Um mestre observador
Deve sempre descobrir
Nos seus alunos, tendências
De algo a o evoluir
E estimulá-lo ir em frente
O animo lhe faz ativo
E tenta aperfeiçoar-se
Por causa de um incentivo
Estas festas trazem efeitos
È o rumo pra perfeição
E sensibilizam os alunos
Pra uma continuação.
Se a alma não é pequena
O cenário a gente cria
A emoção nos enleva
E se engendra uma poesia.
A FALTA DE OBJETIVO
Por falta de objetivo
Muita gente entra no cano
Não sabe se organizar
E vive como um insano
Mas sempre cata prazeres
Faz hábitos como deveres
Cai no caminho do engano
Alerto aos senhores pais
Da Santa necessidade
De formatarem seus filhos
A partir da tenra idade
Amoldando estas vidinhas
Pra terem um rumo que alinha
Progresso e dignidade
Coitado dos pais sem ordens
Que nunca aprenderam nada
Com pouca noção da vida
Sua visão é minguada
Pois seus filhos seguirão
Sem rumo e orientação
Seguindo na mesma estrada
São cegos por geração
Não vêem o rumo da vida
Muitos nem vêem na escola
O caminho pra saída
E se o filho mostra empenho
Têm alguns que com desdenho
Desmontam aquela investida
Sem incentivo é difícil
Qualquer criança aprender
Quanto mais quando seus pais
Ajudam a esmorecer
Elas não têm um propósito
E vão ficar no deposito
Dos que vivem sem saber
Mas hoje, temos uma chance,
O estatuto da criança
Que traz para meninada
Alguns traços de esperança
Busquem com objetivo
Na escola o lenitivo
Pra sair da velha herança
Pois é um dever sagrado,
Os pais, aos filhos ensinar
Se não sabem levem-nos a escola
Para com as letras enxergar
A bela estrada da vida
Onde vai achar saída,
Pra melhor se organizar
A FONTE QUE NOS GUIA
As vezes reflito
E fico a pensar
Como idealizar
e sair de um conflito
sem ficar aflito,
e neste momento
vem ao pensamento
te acalma rapaz
com calma se faz
reajustamento
Alento é atitude
Que nasce da mente
E abre vertente
Algo nos alude
Como por virtude
Surge um invento
São nossos talentos
Que nos oferecem
As luzes que tecem
Nossos pensamentos
Vejam quanto vale
Esta força oculta
Que a mente indulta,
Nem que a gente cale
Oh mesmo que fale,
È triste é risonho
È belo é medonho
E faz nosso arquivo
Está sempre ativo
Até em nosso sonho
Quando bem usado
Com regulamentos
Tem bom seguimento
Se bem informado
Faz sempre aprovado
Tudo tem bom rumo
E um belo resumo,
Os que não o respeitam
A vida não ajeitam
E vão entrar no fumo.
È o guia da vida
Para o bem ou pro mal
Que sensacional
Ter essa guarida
Se bem dirigida
Traz luz a contento
Nos vem bom alento
Pra viver o amor
E nesse calor, vale o pensamento.
Se pensar pro bem
Nos vale um milhão
Nos toca a emoção
E nos leva ao alem
E lembramos alguém
Que nos deu amor
E neste calor
Vem contentamento
Pois o pensamento
Foi longo e buscou
È pobre infeliz
Quem não tem noção
Da áurea visão
E na orgia quis
Tentar ser feliz,
Chega-lhe o momento
Que já sem alento
Fica a revelia
Porque não valia
O seu pensamento
Não fez reflexão
No valor que tem
Cedo ficou sem
Boa formação
E sem educação
Não tem bom assento
Seu viver é lento,
Só prazer buscou
E não adestrou
O seu pensamento
Contemplem esta rima
Tirem a conclusão
Escolham a visão
Olhando pra cima
Nossa mente anima
Bom procedimento
Nos organizar
E fazer brilhar
Nosso pensamento
Para bem usar
Esta força viva
E ter vida ativa
Tem que estudar
Pra desabrochar
O seu pensamento
Em algum momento
Vai reconhecer
Que para empreender
Ele é o elemento.
A FORÇA DO PENSAMENTO
O pensamento firme, e bem orientado
Traz senso e idéias, pra bom resultado
O pensamento acha a luz do bom senso
E sempre a pensar, nós somos propensos
Pensando tracemos, um belo caminho
Urdindo com idéias, confortável ninho
A mente e a emoção, mostram a consciência
Amor e a razão, nos dão a prudência
A sensibilidade nos aprimora o gosto
Justiça a honestidade, e a paz faz o rosto
Quem pensa pro bem, nunca faz maldade
Pensar revoltado, traz infelicidade
Quem busca na luz, do conhecimento
Faz um ideário e vive a contento
Pensemos na paz, pensemos no amor
Que o nosso caminho, se torna um primor.
A RECÉM-NASCIDA
Bonequinha viva
Tão pequenininha
Que nasceu chorando
E a mãe acarinha
Não pensa nem fala
Não sabe de nada
Só pede o sustento
Na doce mamada
Só dorme, só chora.
Só quer ser amada
Se lhe abandonam
Clama com chorada
Se a mãe carinhosa
Lhe afaga no seio
Se apraz em silencio
Ganhou seu anseio
A vida é problema
No afã de brilhar
A vida é trabalho
Viver é lutar
Tem horas alegres
E momentos de dores
Plantem nesta luta
Arvores que dêem flores
O amor de Mãe, é
Uma viva chama
No choro ou no riso
Seu rebento ama
Que a luz do Natal
Te traga saúde
E que Jesus menino
Na vida te ajude.
A TERRA É NOSSO ALICERCE
A Terra é nosso alicerce;
Do espaço vem a luz
E nuvens que se condensam
Chove e a terra produz
Sol e vento ar e água
A terra gera e conduz.
È um primor de grandeza
Que os vivos não podem fazer
Mas, o ser inteligente,
A quem Deus, deu pra viver
Em vez de zelar destrói
E o mal faz arrefecer.
E a bela Natureza
Está mostrando sua estrofe
Enquanto os Homens a desmontam
E enchem de grana seus cofres
Ela mostra seu poder
Toda humanidade sofre.
Cheios de inteligência
Mas tem bicho em corpo humano
Aprendeu, buscou ciência,
Mas mergulhou no engano
Ganhou riqueza e orgulho
Tornou-se um monstro tirano.
Este infeliz não reflete
Que um dia esta vida acaba
E quando daqui sair
Vai voar sem uma aba
E nos últimos estertores
Cassa, e não acha uma taba
A VIDA SE BUSCA
A vida perde a esperança
Quando a gente cansa
E não quer mais sonhar,
Ou quando o sujeito é mole
Que em nada se bole
Pra algo arranjar
Moleza não leva pra frente
Busquem algum repente
Pra vida alegrar
Quem rima ganha alta estima
A mente ilumina
E faz reanimar
Relembro minha mocidade
Que de vaidade
Caminhava a loa
No tempo da aprendizagem
Eu só fiz visagem
E vivi a toa
Regido aos impulsos da vida
Buscava guarida
No que dá prazer
Sofri, a cegueira atormenta,
E só aos oitenta
Vim reconhecer
Mas, Deus deu-me vida longa.
E a velha araponga
Aprendeu cantar
Eu não, minha alma canta,
A tristeza espanta
E faz-me confortar
Se o Criador nos deu vida
È pra ser vivida
Até acabar
Lutar Contra esta moleza
E vencer a fraqueza
O bem praticar
Mesmo caído, de cama,
A consciência clama
Por algum perdão
Aprendam a envelhecer
E que Deus nos dê
Sua salvação.
AMOR VIRTUAL
Tenho um Filho inteligente
Mas no amor inda é moleque
E tenta catar amores
Pelos ramos da Internet
Me pede uma poesia
Pra enfeitar com magia
E mandar pra sua vedete
Já estou fora de forma
Pras ilusões do amor
E falar pra Mulher jovem
Precisa de incenso e flor
Mas como é virtual
Clamo na luz do Natal
Vão devagar com o andor.
As ilusões nos enlaçam
Até por telepatia
E os anseios por prazeres
Raramente nos saciam
As amizades são berços
Para fazermos o preço
Pra convivência sadia
È bom a constatação
Num passeio a conhecer
Visarem olho no olho
Se da pro amor florescer
Então que venha a paixão
Se unam de coração
E cresça este bem querer
O virtual é indeciso
Só um lampejo de luz
E se vivemos de anseios
Algo sempre nos induz
Buscar o que nos faz bem
Que os Anjos digam amem
Neste Natal de Jesus.
DEPOIS DO FINAL
O homem pensou
E algo ideou
Fez evolução
Mais tudo estragou
O homem pensou
E o mau gerou
E pra destruição
O mundo levou
O homem pensou
Mas não arrazoou
E ao seu irmão
Em nada ajudou
O homem pensou
Errou e pecou
Bela Natureza
Ele emporcalhou
Com seu pensamento
A terra explorou
E com sua maldade
A vida turvou
O Rei dos mistérios
Que tudo criou
Ficou descontente
E o mundo acabou
GOTAS UNIVERSICAS
Tudo no Universo é vida
Faz parte da natureza
Quem comanda esta grandeza
Também está nela embutida
Ao sopro do seu comando
Na terra a vida surgiu
Ninguém nunca descobriu
Nem viu seu Autor falando
Divino Ser tão potente
È espírito, é imortal,
Criou na terra, o mortal
Com o don do espírito, a mente
Este ser mortal da terra
Dotado de inteligência
Não pensa nesta ciência
Que a alma no corpo encerra
Encerra esta ligação
Com o sopro do Alto Deus
Que com os pensamentos seus
Julgava a mais bela ação
Que foi a tal criação
Deste homem inteligente
Ganhou ciência e patente
Na materialização.
CAMINHOS DA TERNURA
Muitos caminhos nos levam
A trilhar a lei do amor
São sensações virtuosas
Que nos desperta um sensor
De afagarmos com carinho
A alguém que nos procurou
Quantas vezes dispensamos
Um Anjo que nos procura
Com tanta amabilidade
E fazemos cara dura
Perdemos uma bela chance
Pra sanar nossa amargura
Já avistando os noventa
Reflito e faço um refis
Vejo a marca dos meus rastros
E os desacertos que fiz
Estou sofrendo as agruras
Mas mesmo assim estou feliz
Apesar da minha idade
Ainda contemplo o amor
O que seria de nós
Se não sentíssemos este ardor
Pra arrastarmos este final
Cheio de fraqueza e dor
Com o amor se gera a vida
Que pra nascer traz a dor
Mas também traz esperanças
E se tiver bom instrutor
Será expansiva e bela
Se a cultivarmos com amor
CAMINHOS DA VIDA
Engendro esta poesia
Pro velho Zeca Muniz
Que viveu desnorteado
E usou de muitos perfis
Ao chegar o fim da vida
Achei a luz, me refis.
Algum conceito alcancei
Nos livros busquei leitura
Que me fez contemplativo
E do meio das minhas agruras
Eu levantei a cabeça,
Busquei visões nas alturas
Vi o sentido real
Da vida que não vivi
Senti lampejos da alma
Poemas eu escrevi
Que me fez reanimado
E um pouquinho, me ergui
Dou graças ao Criador
Que tantos anos, me deu,
Espero no fim da historia
A graça do perdão seu
Aos amigos um abraço
Mais o velho não morreu
Estou bem vivo, e o repente,
A qualquer hora tem rima
A emoção está latente
E a paz de espírito me anima
O corpo está inconseqüente
Mais a alma me ilumina
Frágil, mas estimulado,
Não é grande coisa o que fiz
Algum reconhecimento
Alegra-me e faz feliz
E desanuvia as sombras
Dos erros deste Muniz
Quanto vale um incentivo
Para nos reanimar
E elevar nossa alta estima
E algum sucesso alcançar
O amor valoriza a vida
E a alma, e nos faz, sonhar.
O FIM DE UMA MISSÃO
A vida é uma viagem
Sem camaradagem não dá pra fazer
A vida deve ter miragem
Sem boa sondagem vamos nos perder
Sem bússola e mapa de imagem
Nos falta a coragem, tende esmorecer
Ao nascermos nos chamam crianças
Nos dão esperanças e, criamos ilusões
Quando jovens vivemos de ânsias
Fulgor com fartansa e impulsos aos montões
Nos prazeres arroubos e ganâncias
E com arrogâncias ficamos turrões
Sem limites e sem objetivos
O bom senso é o crivo, mas não querem não
Bem poucos, dos que mais ativos,
E mais sensitivos que buscam a razão
E fazem com tino apreensivo
Algum lenitivo pro fim da missão
Revejo, nas minhas agruras,
Dos erros a tortura, pelo mau que se faz
Se Deus não tiver a ternura
De olhar com brandura o que ficou pra traz!
Mais somos vossas criaturas
Que em nossa ruptura nos conceda a paz
Um alerta, na mensagem, ouso,
Falar do repouso, do corpo, ao findar,
Fomos feitos seres primorosos
E um Deus amoroso veio nos resgatar
Cavalguemos, com amor operoso
Pra um lugar de gozo, eterno, alcançar
UMA SAUDAÇÃO
Meu caro mano Albuquerque
Devo-te boas atenções
Mentalizando entendi
Nas minhas reflexões
E vou tecer nestes versos
Nos sentimentos diversos
Que nos une o coração
Desde cedo te admiro
No roteiro do teu plano
Relembro a tua saída
E do meu pai o desengano
Que disse não o verei mais
Eu disse é jovem e se faz
E pode voltar qualquer ano
Soubestes te erguer com prumo
Nas letras buscastes a luz
Lutastes por árduos caminhos
E a graduação te produz
As promoções deram o brilho
Que passastes aos teus filhos
E o teu roteiro reluz
E hoje estabilizado
Confias na mansa vida
E comemoras num passeio
Um cinqüenta, marca a saída
E deixas um rastro honroso
Com o exposto criterioso
De uma entrevista cedida
Relembro tua mão de ajuda
Tiraste-me de um degredo
Depois me levastes a ousar
Onde a floresta da medo
Depois um trágico acidente
Tive-te como assistente,
Guardo comigo este enredo
SE A GENTE SE CONHESCESSE
A vida tinha outro rumo
Se a gente se conhecesse
Teria em tudo harmonia
Se a razão prevalecesse
Se não explorássemos os outros
Talvez o amor florescesse
E esse amor revertesse
contaminando o irmão
Aos poucos se avolumava
Uma família em ação
De espelhar seus conceitos
Viver em santa união
Quão bela era esta existência
Que a Natureza trazia
Mas o ser inteligente
Pensou com má ousadia
Lesou sua consciência
E leva a vida a revelia
Muitos caem na rebeldia
Sem normas pra obedecer
Outros estouram egoísmo
E se julgam com o poder
Outros rasgam de invejas
Não quer ver o irmão crescer
Não sabem usar o que tem
Para vida planejar
Vive lerdo de preguiça
Só quer nos outros sugar
E ainda lamenta a sorte,
Vive a expraguejar.
Estes amargos caminhos
Começam na formação
Os pais que são preguiçosos
Não dão orientação
E a criança vai crescendo
Sem ter da vida noção.
Se os pais não sabem ensinar
Apelemos pra escola
Mostrar o roteiro pra vida
Pra que guardem na cachola
Quem cresce bem planejado
Nem sempre, pisa na bola.
XAROPADA MALIGNA
Se a ciência veio de Deus
Porque ela tanto erra?
Se somos inteligentes
Que até voamos da terra;
O homem virou um lobo
E na ganância se aferra
Inveja e ambiciona
A consciência ele enterra
E quando tem a chefia
Avança fazendo guerra.
Este ser inteligente
Não sabe usar a razão
Talvez muitos insensatos
Tiveram má formação
Mas mesmo os bem educados
Cresceram na ambição
Quem não usa honestidade
Carrega um pouco de cão
E o tal mal também domina
Os que se dizem cristãos.
Quem semeou tanto mau
Pra vida o rumo entortar?
Parece um poder maligno
Que se espalhou pelo ar
E tenta a humanidade
Para ao inferno arrastar,
E eu creio que tal existe
E é aonde estes vão parar
Quem tange tanta miséria
Não pode ter bom lugar.
Dá dó tanta inteligência
Que Deus nos deu para amar
E o egoísmo e ambição
Fez seu bom senso engessar
Seguiram a seta do mau
Cegos não podem enxergar
Que a morte é o seu futuro
E que nada podem levar
E a montanha de barbáries
As portas do céu vão fechar
Sua vã gloria é na terra
Não quiseram salvação
Tantas vezes advertidos
Por Cristo, dando a lição,
Mas nos impulsos da carne
Fizeram sua paixão
E no tortuoso caminho
Caíram na perdição
Na morte serão puxados
Pelo o cabresto do cão.
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