MENSAGEM AOS PAIS QUE JÁ SE FORAM
Todos nós somos filhos de alguém, e muitos já não têm seu pai aqui na terra. Façamos a eles uma mensagem em súplica.
Ò SENHOR DEUS do universo, acolhe nossa humilde súplica que fazemos em favor dos nossos pais que se foram do nosso convívio, e neste dia que se contempla os pais da terra, nós te suplicamos, contempla também Senhor, os Pais que já foram para a eternidade, e por vossa infinita misericórdia, Senhor, daí-lhes a paz e o descanso eterno. Amem.
UMA ALERTA
Lembrem-se os educadores; a ciência sem Deus, não completa a educação; se foi de lá que veio a criação, a vida só se completa buscando este rumo, se bem desenvolvemos toda a capacidade deste corpo material, para o bem está destes dias terrenos, que é necessário, mas o final sem Deus é desolador.
A educação só é completa e perfeita, com os raios luminosos do sol que nos ilumina, que é O Autentico Regente do Universo e dono da vida, sem essa luz o caminho tem sempre tropeços; não tenham vergonha de apontar sempre, o nome de Deus nas vossas aulas, Ele é a luz que desenvolve a inteligência, se tudo veio de lá e pra lá temos que voltar.
È difícil se mudar os conceitos e o caráter de um adulto, e é por esta razão que os dirigentes do setor educacional, que só buscam ter, poder e riquezas, não pensam no ser, humildes e simples, e normalizam o ensino com o essencial para suas ganâncias, não pensem estes sem Deus, que esse exagero pelo poder e pela a riqueza lhes traz vida feliz e honrada, no vosso triunfo egoístico a vida passa e chega o fim sem esperança e desolado, galgastes por cima dos outros com o que aprendestes num currículo sem Deus, e o mesmo quereis passar aos infantes da tua raça, a levarem esta raça humana para o caos; que ao menos os professores e os mestres que tem a luz da fé, se ergam em beneficio das gerações novas, a inseminarem as lições de Cristo, que veio com tanto amor nos mostrar o sentido e o caminho da vida, para vivermos em paz e termos esperanças no fim da nossa missão terrena; contemplemos as Suas sabias palavras: Eu sou o caminho a verdade e a vida, e depois ao desperdice da humanidade; amai-vos como eu vos.amei.. Mas, quem não tem noção do que é o egoísmo rasteiro e arrogante, por quem vem as piores sementes do mal, estes não aceitam este caminho de verdade e amor, duas simples palavras, simples, mas cheias de valor e que confortam e traz dignidade e esperanças, e iluminam nosso caminho.
Que os pais, mães,professoras e professores e catequistas, tenham todo amor e zelo na missão nobre, que é formatar uma vida para brilhar no caminho do bem, da verdade e do amor.
Procurem com empenho, buscar esta luz nos ensinamentos de Cristo, já que Ele nos veio enviado pelo o amor do Pai, para nos mostrar o sentido e o caminho da vida, semeemos como base, Suas lições, autênticas e cristalinas, nas mentes inocentes das nossas crianças.
ONDE ESTÁ O PROGRESSO?
Muita gente, talvez, me dissesse que está na atividade do trabalho; isso é o começo, mais para o bom êxito do trabalho entra a técnica do conhecimento, para planejar e ordenar melhor o que fazemos.Aí entra o bom aprendizado, e onde buscamos estas lições? Com os mestres ou professores.
Um dia um grande escritor escreveu uma história fictícia que, na sua observação de mestre, enxergou as falhas humanas, e fez um cenário com a sua criatividade.
Dizia que o caos tinha desbaratado a humanidade com a insensibilidade e a falta de amor dos gananciosos e dos rebelados; então alguém teve a idéia de organizar um grupinho para planejar uma convenção, e neste evento seria convidada gente de todos paises do mundo, para juntos arrazoarem e planejarem uma saída para o progresso com paz e harmonia entre as nações. E, tudo planejado, enviaram convites pro mundo inteiro, dando preferência aos técnicos da ciência, da medicina, da justiça e das forças armadas; mas convidando também os representantes da imprensa, dos professores, dos pais de família e de todas as classes e raças. Tinha que ser um evento de abalar os alicerces da evolução da Humanidade, na busca de um tal objetivo que todos desejavam, mas não sabiam como fazer – a paz e a felicidade.
Pro local da recepção arranjaram um grande estádio, e com material barato e construtores também baratos, ergueram uma bonita torre com escadas de degraus para os oradores subirem e do alto discursarem suas idéias, por entre as guirlandas douradas que enfeitavam a frágil armadilha.
Chegou o dia marcado e o estádio se encheu: gente de todas as classes estava lá, numa só expectativa, que dali surgisse algum milagre, para que o mundo encontrasse a paz tão desejada. Cada classe ou organização tinha selecionado um bloco de homens de alto valor na ciência e na técnica para que mostrassem com brilhantismo suas idéias.
Tudo no ponto, o coordenador do grande evento se dirige ao centro do campo e intima os oradores a dissertarem suas idéias. A classe dos médicos escolheu um psiquiatra, que subiu só até o quarto degrau e sentindo que a famosa torre não era de confiar, virou-se pra platéia e começou o seu inflamado discurso. Falou da sua capacidade de tratar a mente humana e da medicina em geral, que se esforça na luta pela a saúde do mundo, e que julgava a classe dos médicos como zeladores da saúde humana, um forte esteia para o progresso.
Umas palmadinhas muito ralas e o psiquiatra calaram-se, pois viu que o seu discurso não fez sucesso.
O grupo dos magistrados fez subir um juiz de direito, famoso em oratória, que de cabeça erguida marchou lentamente com ares de dono da verdade e começa a subida. Era um senhor muito gordo e pesava pra resistência da torre que começou a dar seus tremeliques, e as pernas do doutor acompanharam o rojão, mas os que estavam ao redor da torre o animaram a subir, e de um lado falou uma negrona que tinha vindo lá das bandas das Antilhas, e disse em alta vós: vamos doutorzão, tá querendo estragar a festa? Suba mais uns degraus e diga pra que veio, que eu quero ouvir o seu lero-lero; pode confiar que eu agüento esta joça, sou acostumada da nó em furacão, quando voz mincê descer daí, vou achar quem toque um mambo, e dançar um remelexo com voça selença, que vai passar essa tremedeira. Todo mundo ria com o léro-léro da negrona, mas o tempo ia passando e o povo já pedia para a Negra parar a sua lengalenga para que o homem falasse. E o senhor juiz diante daquele imprevisto, não sabia se subia ou se descia, sentiu-se humilhado e ressentido pela ousadia da negra, mas resolveu subir mais dois degraus e ultrapassar o médico, que com o enfado da espera sentou no degrau. Então o juiz contemplou o horizonte e tentou se recompor do choque e começou seu discurso. Nós, como homens formados em direito, nas melhores universidades do mundo, somos o sustentáculo da justiça, somos os donos das leis para fazer e desordenar o progresso do mundo. Mas pra ser honesto, tem sempre alguns desvios, surgem às propinas gordas e quebram os preceitos e o rigor das leis, o nosso salário é uma merreca, e tem algum que não se agüentam diante de tão vultosas ofertas – quem não gosta de dinheiro? E começa pela polícia que se agarra com os traficantes e vão mamando boa parte do dinheiro sujo das drogas e de outras falcatruas, os pobres eles prendem por que não tem dinheiro pra pagar a liberdade, os ricos têm bons advogados que sempre acham algumas brechas nas leis, e nos induzem a entortarmos os rumos do direito.Falando baixinho pra vocês que estão aqui perto, as propinas são gordas não podemos dispensar não, mais a policia federal vai sempre descobrindo falcatruas de toda sorte, é furacões é navalhadas contrabandistas de alta capacidade que espalham suas redes criminosas por varias regiões do mundo, e vão coletando os desonestos que fazem parte da nossa classe, e vão descobrindo o seu criminoso comércio. E aí entra o caos que vocês estão vendo, mais a policia tá trabalhando, sempre prende os ladrões de galinha, os arruaceiros bêbados e os desordeiros, e alguns mais que não tem dinheiro; o dinheiro faz o mal, mas é a mola mestra do poder dos gananciosos, por isso eu vos afirmo, a justiça, mesmo com suas manjadas ta fazendo o progresso tem muito dinheiro em movimento, e os senhores banqueiros estão lavando a burra com este mercado sujo, mas o que vamos fazer, se os políticos são quem governam e fazem as leis com algumas vantagens a seu favor, como vocês vêem pela imprensa? De lá surgem as mais vergonhosas falcatruas com o dinheiro dos impostos exorbitantes, que é sempre os mais pobres que arcam, para aumentar os nossos astronômicos salários; o que podemos fazer?
Amontoar os processos nos arquivos, e esperar pelo fogo do fim do mundo. Só o Cristo pode dar um jeito neste montão de sentenças ferruginosas. Enquanto não chega este fim a humanidade vai caminhando para o caos, os pobres continuarão sofrendo as injustiças dos poderosos desonestos e dos traficantes desalmados. Que tristeza ver tanta ciência sendo desperdiçada nas mãos dos poderosos, dos gananciosos. O juiz fez uma pausa para reflexão e para tomar um fôlego, já que o discurso estava longo, e uma vós se ouviu do meio do povo – era um cearense da cabeça chata, lá das bandas do Quixeramobim, lavradorzinho sem letras, mais entendeu um pouco o que o juiz tinha explanado no seu discurso, e ousou dar seu pitaco. Doutor vós-mincê min perdoi, vós-mincê vê tantos erros da justiça, porque que não a endireita? É só prender estes malfeitores que voselença apontou com tanta coragem, lhe dou um bravo, pela sua atitude, embora não seja tudo, mas confirmou o que imprensa descobre.
Bravo, digo eu, disse o juiz, pela sua destimidez, mas para te esclarecer, tenho que ser franco, os desumanos, impetrados nas suas trapaças, na ganância do dinheiro e do poder, inspiram o terror e tentam amedrontar os que querem fazer justiça. No Brasil de vocês, por exemplo, nestes dois ou três anos, já mataram um punhado de juízes que tentaram fazer justiça limpa, daí a falência na nossa classe, se bem que tem alguns que estão se banqueteando.
E ao finalizar, onde está a negra que me enxovalhou? Quero dizer pra ela, diante de tal situação que vejo a justiça, vou desistir do meu alto posto, desiludido e envergonhado, e vou forjar uma pequena banda de rok, pra ir as Antilhas tocar um remelexo e ver o teu rebolado.
Obrigado ao povo e a negra que sustentou este tripé todo este tempo. E que me perdoem os companheiros de classe, que por certo estão machucados com o desvio do discurso, mas isso aqui não vai dar em nada, e eu falei com consciência, disse a verdade.
O terceiro que subiu foi mandado pelo o grupo das forças armadas, era um almirante, homem do mar, acostumado com balanço, teria mais equilíbrio na torre. Subiu, todo imponente com seus galões de alta patente, e as honrarias que lhe cobriam o peito, contemplou a multidão e começou seu discurso. Somos a defesa dos nossos países, na guerra como na paz, fazer guerra não está na nossa vontade são os nossos governantes quem nos dirigem e pelos regulamentos das leis de cada pais, temos deveres a cumprir.
Diz-se que se faz guerra buscando a paz, mas buscar paz pela força deixa sempre cinzas pra vinganças, alem da atrocidade do seu efeito, destruidor e desumano. No entanto cumprimos a cruel missão que nos cabe, pelos alvores do poder político, no comercio do material bélico que rende fabulosa verba para o progresso das nações ricas do mundo.
E com isso vamos matando os nossos jovens na flor da idade, e os inocentes que não tem nada a ver com o trágico comercio criminoso; dizem os gananciosos que o dinheiro traz força e progresso, honestamente, cá pra mim, a guerra só traz desolação e sofrimento.
Mas os homens não querem, não contemplam a vida, só pensam em dinheiro, poder de qualquer jeito e a tal ganância dos poderosos tá levando a humanidade pra um triste calabouço, bem disse o juiz, só O poder Criador pode dar jeito; que me perdoem os meus lideres, mas estou sendo honesto com minha consciência, e distorci o meu discurso.
As palavras sensatas do Almirante, fez o povão ovacioná-lo com uma grande salva de palmas, e os seus colegas de farda cabisbaixo resmungavam pelo o humilhante desfecho do
Seu discurso. Aí, o coordenador já decepcionado com o insucesso a vista, meio desdenhoso berrou: onde estão os professores, que não se manifestam?
Logo as câmeras os focaram no pé da torre no meio dos pais de família arrazoando o que disseram as grandes autoridades, e como não se dispuseram a falar o tal coordenador desfechou o seu desdém, e chamou-os de gentinha de meia tigela que na sua humildade se acovardavam diante dos progressistas.
Sem que os professores se dispusessem, um pai de família meio exaltado furou o bloqueio dos professores e falou, por que ofender a quem com tanta paciência e amor se dedica a ensinar os filhos de vocês? Sejam gratos e não insensatos, o orgulho de vocês é que esta levando a humanidade pro buraco.
Mas um dos que comandava o evento, se ergueu nas pontas dos pés porque era baixinho, e arremessou desdenhosamente contra o pai de família: as escolas de vocês hoje, quase nada valem, o computador tá sendo o melhor mestre, a meninada aprende rápido e ninguém gasta dinheiro com estas escolinhas mixurucas de vocês, e gritou: viva o computador e fora o professor. Aí, foi um trovão de palmas e os professores e pais de família se sentindo injuriados com a injusta manifestação, foram se afastando da famosa torre que começou a pender e a Negrona gritou, hei, eu sozinha não agüento este trem não! E alguém advertiu, então largue esse trem, a negra largou e deu mais um safanão, foi o fim da mal organizada armação, que representava o progresso dos poderosos e gananciosos.
Só se machucaram os três que estavam na torre, os que estavam em volta se defenderam, e enquanto retiravam os machucados, e a poeira foi baixando, saiu do meio do povo um homem personalizado no seu alto currículo de grande Educador; Era um catedrático famoso em ciência educacional, pediu um microfone e falou em alto e bom som: meus irmãos na educação, e todos que me ouvem, eu não vi nada de importante neste fracassado evento, mas, o pai de família apontou a verdade, e eu como professor e educador não devo me esquivar da minha missão e deixar estas chacotas sem respostas.
O computador é organizado por quem o manipula não tem uma mente psíquica e nem emoção, por isso não pode forjar caráter com virtudes, conclamo os educadores a criarem novas normas de currículo escolar, e idealizarem novos temas onde se mostrem os valores das virtudes para o caminho da vida; são elas que flexibilizam os impulsos de rebeldia que desordena a vida, e esgarça a paz. Portanto senhores ouvintes só com uma boa revolução nas escolas é que vamos modificar as novas gerações para o progresso que os sensatos almejam, de paz e felicidade.
Quando o Magnata do saber terminou de expor suas idéias, o estádio estava quase vazio, só que a famosa antilhana, morena filha de baianos, soltou seu apreço, e disse, óchen bixim, eu pensei que dessa derrocada não saía nada, mais este arguto homem cheio de sabedoria, com suas idéias, mostrou-nos as sementes para plantarmos e abrirmos novos caminhos, vamos plantá-las.
E com as palmas que deram pra Negra, termina minha historia.
E ao terminar este artigo, que termina com um sonho dourado, convido os professores, vamos botar este sonho em pratica, só vocês podem mudar o rumo construtivo do progresso, com uma educação bem projetada e bem aplicada; de gota em gota se faz um dilúvio de salvação, somos nós que fazemos o que temos, portanto façamos o bem que teremos a paz.
Cruz-CE, em 10-8-2007
EDU-CULTURAL
No meu tempo de menino, os professores usavam a palmatória para ensinar os rudes ou dormentes, como chamavam os menos inteligentes. A gente ficava tão nervoso que suava de medo, e de tanto pavor ficava perturbado e não aprendia quase nada, porque sem a calma é difícil se conciliar a mente; hoje a palmatória foi extinta, mais ainda tem alguns professores que se dizem mestres e usam a sua autoridade como a tal palmatória.
Será que com tanta abertura da ciência, não se busca com sensibilidade, maneiras sensatas de ensinar com flexibilidade e a afabilidade do amor? As atenções sempre atraem atenções, e o professor vai se armar de sensibilidade e afabilidade, e conseguir a atenção do seu aprendiz, que sensibilizado pelo afago, se sente apto a receber as instruções dadas, e o Professor aproveita melhor o efeito da sua missão.
Eu não sou professor, sou um mero estudioso, e pela televisão, observo alguma coisa sobre as escolas, e vejo pelas reportagens, nas classificações, as deficiências nas baixas notas do plano escolar; será os alunos que não querem aprender, ou os professores que não querem, ou não sabem ensinar? Acho que são os dois, mas com tática e amor se desperta uma atenção adormecida e rude, estimulando e incentivando com as virtudes que apontei antes. Mais vemos a educação no seu total; que devia ser projetada num plano geral, em todos seus tentáculos e nuances que desabrocham com a aprendizagem, e pesquisar as qualidades e tendências, na proporção que vão desenvolvendo o seu aprendizado; e mesmo que seja nas escolinhas rudimentares, descobrir e incentivar e aprimorarem seus dons, e aperfeiçoando-os, a passarem aos outros,o dom da voz, da musica, da poesia das artes e muitas outras tão necessárias, na evolução processual da vida
Caros professores e professoras, não rejeitem os apontamentos deste Velho, que não teve estudo e se põem a dar currículos para os Mestres, é que o pouco que aprendi eu usei, e contemplei as boas lições dos grandes mestres, e com a longa idade que já vivi, fui errando e apanhando e tirando algumas sementes do que plantei com os erros, é por isso que tento semear com tanto empenho estes rumos para o caminho da educação e da vida.
E as crianças são um sublime botão da vida que é o pano de fundo para se desenhar e embelezar ao desabrochar, com suas cores vivas e luzentes, a bela vivência nesta passagem sobre a terra; reflitamos e valorizemos a vida a começar pelas crianças, que livres de qualquer maldade ou preconceitos, acolherão com avidez as nossas boas instruções e os nossos bons exemplos, e se destras na luz do conhecimento, abrirem os caminhos e desabrocharem fluentes, de sucesso amor e paz. E que os Senhores Educadores sejam contemplativos, com as vidas que nasce com a criança. A contemplação amplia a visão, e faz criatividades.
Em resumo; o que temos de mais belo dentro do nosso ser é a emoção, quando bem ordenada para o bem, vamos estudá-la e incentivá-la nas escolas, só assim conseguiram dobrar as rebeldias, a interatividade e a ansiedade, e mostrar os caminhos da sensibilidade, do amor e da felicidade.
CONTINUAÇÃO DA VOVÓ
Cenário da história.
Os Coronéis e Capitães daqueles tempos não tinham espadas, mas se usavam bengalas como um apetrecha de adorno ou uma certa afirmação, e ambos estavam pobres não tinham mais regalias;
Um belo dia, quando já estavam velhos, o Capitão refletiu o passado de rusgas, e resolveu ir ao Coronel convidá-lo para fazerem um armistício de paz; mandou-lhe um aviso que tal dia ia a casa dele não pra brigar, mas pedir perdão e selar a paz entre os dois.
O Coronel ficou surpreso, mas como já tinha pensado na mesma idéia ficou aguardando o dia marcado pelo Capitão, que foi pontual, escorando num bengalão foi chegando e fazendo continência ao Coronel, que o esperava acomodado num cepo de pau e lhe correspondeu com a continência mesmo sentado, pois as suas forças estavam poucas para se erguer nas pernas, e logo mostrou um banquinho de pão para o Capitão que se agüentando na bengala foi se aboletando no banquinho de três pernas, e começaram os colóquios já como bons amigos.
O Capitão meio trêmulo começou o diálogo, desculpe-me o Senhor, Coronel vara torta, mas este é o nome que o Senhor tem hoje; o velho soltou um riso meio pela venta, fun,fun,fun, e o capitão continuou, acho que devemos derrubar o rósco das nossas rusgas com algumas pitadas de humor;
Mas, vamos ao que interessa, eu estive pensando nas loucuras que cometemos com o nosso orgulho maldito, e olhei pra nossa idade de fragilidade e pobreza,vi que chegamos no fim da picada,vamos dar as mãos e perdoar um ao outro e tirar o ferrugem o escabroso das richas que entravaram nossas vidas até agora, e selar a paz com um abraço.
O Coronel ouviu tudo bem atento e se convenceu que o seu, já amigo, tinha razão, e aceitou a idéia, mas convidou o capitão para que selassem a paz com um duelo no repente.
Aí refletiram um pouco e cruzaram as bengalas e começaram a peleja.
Cor, meu amigo capitão, Zé da vaquinha cotó
Veio brigar na minha casa, e apanhou de mororó
Agora me pede paz, e eu aceitei com dó.
Capitão ou coronel vara torta, você parece um socó
De tão velho entorta a vara, e ele mesmo deu o nó
E na bengala se firma, já lhe dói o mocotó.
Cor, ou meu caro Zé da vaca, não queira me provocar
Se vierem fazer as pazes, mudemos o linguaja
Pra que se acabe os rancores e a paz frutificar.
Capitão, concordo meu vara manca, com a sua opinião
A paz só será selada com o pedido de perdão
Tomemos essa atitude pra coroar nossa ação.
HISTORIAS DA VOVÓ
Dizia Ela, no tempo que já vai longe, os homens de posse eram chamados de capitão de alferes e coronéis, compravam patentes de acordo com suas riquezas, e ficavam ostentando sua autoridade na região, eram os manda chuva que todos respeitavam.
Numa certa região tinha dois ricos criadores senhores de muito gado, que era a riqueza daqueles tempos, e donos de escravos que eram os burros de carga no trabalho das fazendas; vamos chamar o Coronel de tal e o capitão Lalau, ambos donos de largas propriedades que se extremavam, nunca fizeram uma divisão oficial e por aí começaram as encrencas e viviam como dois inimigos ferrenhos, mas em quanto isso, caiu uma seca braba que durou dois anos e o gado dos dois acabou, ficaram pobres, o Coronel escapou um jegue que carregava as raízes de mucunã que os negros arrancavam pra ralar e tirar a goma pro grolado,e o Capitão ficou com uma vaquinha, como um astro de esperança;mas quando voltou a chuva recomeçaram no cultivo
da lavoura, e o Coronel mandou derrubar um roçado lá nas extremas e quando o legume já crescido a vaca do capitão deu uma chegada no legume do Coroné, imaginem o estrago;no outro dia o coroné foi olhá a roça e a cabruêra ia pra capinar,logo foram avistando a vaca que tinha chegado mais cedo,o velho coró ficou doido e gritou os negros, peguem esta desgraça que eu quero matá-la, mais a vaquinha cismou com o alvoroço do coroné e tratou de se mandar,um dos negros levava uma foice, e vendo que não dava pra alcançá-la, jogou a foice de rebolada que decepou-lhe o rabo, a vaca saiu deixando um rastro de sangue até a casa do dono que logo mandou um escravo achar onde tinha se dado o incidente,o cabra foi pelo o sangue e antes de chegar na roça avistou o coronel com sua cabroeira e se escondeu em quanto eles passavam,depois seguiu e chegou na roça e viu o desfecho do tal incidente; voltou e contou pro Capitão o que tinha visto e que o Coronel vinha saindo de lá com seus escravos sem duvida a roça era dele.
O capitão não se contentou com os informes do negro e juntou mais uns dois cabras e disse, faz tempo que não dou uma observada nas minhas extremas, vamos lá,quero me certificar do acontecido;ao chegarem lá, o capitão que já maldava,achou que o roçado estava na sua propriedade e ficou enfurecido,e disse aos escravos pra casa, amanhã muito cedo iremos na casa do coroné e ele vai me pagar o prejuízo ou o pão vai quebrar.
O Coronel tinha por certeza que o rabo da vaca ia dar rolo, ficou na espera da atitude do capitão que não tardou, e no outro dia cedinho bateu na porta do coroné e foi logo dizendo pra que vei;
Seu coroné orgulhoso vim lhe cobrar o rabo da minha vaca e a renda do roçado,com a inimizade
que temos devia me avisar antes e evitar estas provocações.
O Coronel que já tava soltando fumaça pela venta saltou pro meio do terreiro e bradou você, me arrespeite seu lalau da vaca cotó, tô lhe achando muito housado de chegar na minha casa com essa arrogança você é capitão eu sou coroné,intenda que sou seu superior, alem disso nem um de nós tem certeza dereito onde é a divisão das propriedades,o que é que vale o rabo duma vaquinha velha magra em vista o prejuízo que me deu, por isso vós mincê é qui tem dvida comigo.O capi-tão retrucou, nossas patentes nada mais valem, esqueceu que estamos pobres? Pra que pençar em patente que só lhe deu orgulho e arrogância, pense na vaquinha velha e magra {como você disse) que ficou sem o rabo pra espantar as muruãias e defeituosa, e a desfeita pesou mais pra mim pois já me apelidaram de zé da vaca cotó,e estou muito injuriado com a desfeita que me fez,por tanto ou me paga a desfeita ou nós vamos medir forças no pau.
O coronel desdenhou e fez um repente,
Do rabo da tua vaca eu fiz um chiqueradou,
Da vassoura do sedem eu fiz um espanadou
Se você veio pra brigar eu já preparado estou.
Ahi o capitão alertou os seus cabras que eram treinados no cacete,e logo invistiram contra os do coronel,e o pau cumeu,de longe se ouvia o pipocado, negro rolava pelo chão fazendo defesa outros eram desarmados de pausadas nas mãos, mas lutaram até cansar,e os dois chefes só observando e atiçando a negrada,mais quando viram que a luta não deu vitória pra ninguém, o Capitão gritou pro Coronel, agora é com nós seu velho arrogante;e armou-se de um cacete e marchou pra cima do inimigo que não tinha muito jeito no cacete e gritou,não seja covarde,eu estou desarmado demore que vou pegar a minha arma que era o chiqueradô feito do rabo da vaca, e saltou pro terreiro e disse, venhaaa...quando o capitão investiu antes que o alcansace o velho coronel já o abarcava com o rêlho e dava uma puxadinha que o capitão desequilibrava e com umas duas ou três Chico-lapadas o rêlho arrebentou,e o velho coroné mais que depressa correu e pegou uma vara de mororó verde, que tinha tirado pra pescar cará no riacho, e voltou para o seu contendô que tinha ficado meio tonto com as puxadas do chiquerador,meteu-lhe a vara, mais o capitão conheceu que não dava pra ele,pediu pro coronel parar que estava certo da derrota e voltou pra casa humilhado.
CONTEMPLANDO A EDUCAÇÃO.
Hoje, já no fim do caminho, olho para o trajeto que percorri, e só vejo erros e o desperdício da minha insensatez; e me ponho a contemplar a perfeição de uma vida bem forjada desde o início, com uma boa educação e sem drogas. Talvez muitos errassem, mas refletiriam e retomariam os preceitos e normas colhidas no tempo de criança; o que se ver e ouve quando infantis, fica incrustado pra toda vida, daí a incumbência dos pais e dos professores, no zelo e perfeição do ensino logo desde a mais tenra idade, implantando no seu caráter para o bom rumo, com detalhes de informações sobre o que temos de belo e importante nessa estrutura orgânica que carregamos, e, que só precisa adestrá-la, aproveitar o que temos de bom na nossa psique na nossa consciência e na nossa emoção.
A derrota é que os pais não pensam com os meus pensamentos, e os pobres coitados que nem se quer teem a noção do que é uma vida bem ordenada; e passam a carga para as professoras que nos rudimentos não se empenham, e algumas nem capacidade têm de semear algo mais elevado, a ir despertando-lhes a criatividade no geral da formação.
Incutir nos alunos, que eles podem fazer se quiserem, uma vida feliz fluente e florida, bem
conceituada com caráter e dignidade, e que, em vez de entrarem pelos caminhos tortuosos
dos vícios das drogas que estragam e matam a vida, busquem o caminho da ciência, das artes , da tecnologia, e das virtudes que estão no nosso consciente e na nossa visão sensata, que nasce da alma, e teremos uma vida florida com conforto Amor e Paz.
Que os senhores professores contemplem; a contemplação alarga a visão, e a visão traz o desejo de criar e educar com criatividade.
Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias.
CONCLUSÕES DE UM OBSERVADOR
Hoje, como de costume, levantei da cama as cinco e meia, e como era sábado, liguei a televisão; a visualizar o melhor programa da Globo,se não um dos melhores; os moralistas
e alguns políticos,criticam e até censuram os programas que os fere,principalmente o erotismo das novelas,mas o sexo é natural da vida, é certo que estimula, mas traz algumas orientações que vale na defesa da saúde, a se precaverem com os efeitos desordenados do excesso que nada tem de sadio. Que me perdoem os religiosos e os mais moralistas, digo isso sem paixão, pois, já passei dos 80, também não estou puxando saco dos que fazem os programas, só que vejo muita coisa meritória e valiosa na sua programação.
Mas vamos a conclusão, os primeiros três programas ao nascer do sol, Globo Ciência, o Globo Ecologia e o Ação do Serginho; são três aberturas para os caminhos da humanidade.
Vejamos na Ação, quanta doação dos que se dedicam a ajudar os outros a se guiarem por melhores caminhos e terem sucesso na vida, por certo estas apresentações vão influenciar alguns corações mais flexíveis, e vão engrossar as fileiras destes arautos que se dedicam com amor. O Serginho Groisman merece destaque por mostrar a dedicação primorosa de tantos voluntários que se dispõem a dar amor aos que não tem nada, que belo desprendimento; merece ser mostrado, para que os desocupados se mexam e sigam o exemplo de amor desses heróis que dão uma parcela de suas vidas em beneficio da humanidade. Estes estão cumprindo os mandamentos do amor, que o autor da vida nos ensinou, quando disse amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
Dedico esta manifestação as belas programações da Globo, e ao Serginho o apreço pela
Ação.
A IDADE DA INCÓGNITA.
Nas minhas reflexões sempre descubro os erros da vida, e hoje me veio à mente a idade jovem; que começa com a adolescência; e é nessa idade alvissareira da vida que sempre começa os descaminhos.
Parece que os anseios do crescimento lhes atraem a tudo que vêem e pensam, menos nas obrigações e os deveres que devem aprender como base para o bom caminho.
Mas, são ávidos e curiosos em descobrir tudo que lhe é proibido e recusado nessa idade pelos pais ou orientadores; e acolhem com empenho os ensinamentos dos desertores da vida que se transviaram para o mau, e querem erguer o seu lema desumano e cruel, catando os adolescentes e até as crianças de dez anos já são inseminadas no comercio das drogas; que vida vai levar esses pobres coitados, que vão viver de crimes e ameaças e ter a saúde destruída aos poucos sempre com doenças incuráveis, isso se um tiro não o tirar do ramo; que insensatez destes monstros em corpos humanos.
Quem já passou pela vida como eu, às vezes me pergunto: porque com tanta informação que temos hoje, nos meios de comunicação, (e todo mundo tem TV ou rádio,) de onde saem tantas reportagens e noticias ao vivo, e ninguém reflete e toma a coragem de se defender das barbáries de crueldades que nascem das drogas seja ela da espécie que for,traz distúrbios para o corpo para a mente e para a alma; tem certos usuários, que dominados pela paixão do prazer que busca, diz com toda naturalidade, se quem usa morre quem não usa também, por tanto eu não quero nem saber se faz mau, pra mim faz é bem e a vida só vale com prazer; a insensatez é tanta que troca a moral e a dignidade de um ser humano pelos instintos animalescos e se joga nos braços de uma cruel dependência que só Deus o pode tirar do buraco; o pior é que quem usa estes troços não quer nem saber de Deus; se agarra apenas no seu bel prazer, e o fim é desanimador e funesto; tem alguns com o sistema orgânico mais resistente ou que se adapta a certas drogas,que alonga mais o seu curso vicioso, mas se começou na adolescência, faz como eu, que levei uma vida adolescente até os oitenta, talvez por ser a bebida alcoólica menos extravagante e espaços sem uso, mas a paixão pela a tal coisa me atraia quando via os outros na folia, mas hoje estou livre da tal praga com a ajuda de Deus; e como sofri o atroz tormento da dependência e como é difícil se desligar dela, tomo certas decisões em alertar os que estão começando a vida, a não caírem em tal caminho, todas estas porcarias que nos alucinam sempre dá dependência e desorganizam a vida e traz transtornos e sofrimentos, não só pra quem usa como os seus familiares.
È isso meus caros jovens, meus caros adolescentes, meus garotos ainda meninos, de dês aos treze anos, que estão chegando na aurora da vida, busquem o caminho da escola com ânimo e com prazer, é lá que se abre as portas para a estrada da vida é lá que se acha a luz do saber e se planeja melhor o futuro e o caráter pra conquistar dignidade e uma vida saudável e meritória; mas se livrem daqueles que tentam lhes encaminhar para o mal,. não façam amizade com esses maus condutas, eles que sigam seus caminhos para sua própria desgraça, e sigam de cabeça erguida buscando na contemplação, o roteiro do sucesso e da paz.
DE ONDE NOS VEIO A CIÊNCIA?.
Alguém pode dizer, da inteligência dos homens; mas quem criou a vida com inteligência?
Reflitamos nos mistérios deste corpo humano; e de um sensato cientista, que abriu todas as portas para esta vida universalizada.
Desde os tempos imemoriais, o ser humano, com sua curiosidade, busca descobrir mais e mais sobre a ciência; e começou a desenhar sinais para comunicar-se e marcar algumas datas; hoje temos a comunicação escrita irradiada televisada e teleguiada; vejam o quanto o homem cresceu no desenvolvimento de sua inteligência, e conquistou a tecnologia que temos hoje.
Mas o ser humano é dotado de instintos, que lhes impulsionam e os levam a bagunça, porque tem os bons e os maus instintos, e eu acho que os maus, hoje estão predominando, e empurrando a maioria dos homens de ciência, com seus projetos tecnológicos, para os mais trágicos comércios
que matam a vida; aí está a derrocada da brilhante evolução que ganharam uns poucos; mas, muitos viraram loucos, pela ganância da riqueza e do poder, e desperdiçaram a bela chance que ganharam pra fazer o bem em favor da humanidade.
Olha insensato, talvez teu fim não seja as mil maravilhas que esperas; volta-te para O Dono da vida, enquanto tens condições de ajeitar teu miolo, que está engessado no mau; e busca na fé o
Caminho, da luz da justiça e da fraternidade; trilhando o caminho da paz e da dignidade pode ser que O Pai desta ciência que galgastes pretensiosamente te perdoe os erros nefastos que tecestes na vida deste universo, tão admirável e cheio de vida e belezas fantásticas que estão morrendo.
Volta, e voltem todos, que estão entrosados nos horrores do mau, a natureza já está se vingando de tanta burrice desta raça pervertida; e constantemente vem advertindo com efeitos catastróficos da terra e dos ares, é o que se ver quase diariamente pela TV. Incêndios nas regiões secas e inundações pelos fortes temporais que arrasam cidades e estradas, deixando uma multidão de sofredores e desesperados sem abrigo e sem alimento e sujeitos a endemias; tem ainda os trágicos sismos que abalam a terra a cada semana, apavorando engolindo alguns, e destruindo cidades e desmoronando milhares de vidas, e muitas inocentes que serão trapos de vidas frustradas, se continuarem vivendo.
Tem ainda os horrores das guerras que não param, os homens querem guerras, com o seu orgulho pestilento mostrar seu poder e lucrar no seu comércio de material bélico, pois teem nas mãos a ciência e a tecnologia para o Fabrício das armas de destruição em massa, pra si e pra quem quiser comprar pra fazer matança; em menor escala, estão as guerrilhas que em grupos clandestinos atacam de surpresa, e com potentes artefatos entram sorrateiramente jogam-se com um transporte que dirige, explode com a trágica atitude, mais mata centenas e deixa outros tantos mutilados, mais morreu como herói terrorista, também fazendo a guerra santa, dizem eles.
Há anos um cantor dizia numa bela canção, que o homem é o pior dos animais; enxergou mais cedo que eu.
Um dia, respondendo o que lhe perguntaram sobre o fim, quando se acabaria o mundo; O Cristo respondeu, quando os homens quiserem. A natureza está avisando, mais os homens embrulhados no seu ostentoso orgulho, não se dobram a rever os seus erros, e seus dias estão no fim, mas seus filhos e seus netos irão prosseguir nos mesmos conceitos, se é que se pode chamar o tal anseio de matar só pelo prazer de acabar com a vida, de conceito; são a continuação dos bárbaros na era da civilização; só mesmo Deus pode dar um jeito nesses monstros vestidos de corpos humanos, a evolução da ciência pra esses só ajudou a desenvolver o seu espírito de feras humanas, e com mais volúpia e crueldade; são porcos que se deleitam na lama dos seus desvarios.
A VIDA COM AMOR
Nas minhas crônicas e poemas, sempre tenho apontado o amor, como base para uma vida estável e feliz. Mas, muita gente não sabe refletir, e organizar seus pensamentos e suas idéias, e prossegue só nos impulsos dos seus instintos, desordenadamente.
Necessitamos de paz e contemplação, precisamos de um pouco de conhecimento e orientação a traçarmos uma meta para o destino da nossa vida, se quisermos viver bem e feliz.
A derrota é que os pais nem sempre tem esta boa orientação pra dar as suas crianças;e é nessa idade que a vida mas necessita de orientação, para não enveredar pro caminho do mau, e viverem desastrosamente os seus dias sem amor, sem dignidade.
O processo é lento, mas é necessário; é o caminho da nossa existência, que se desordenada, vai trazer tropeços e amarguras em todo seu percurso, e não fica fácil reformular na idade avançada.
Portanto, nesta visão, conclamo os senhores pais as senhoras mães, que reflitam com todo amor na formação das vossas crianças, e vejam nelas o alvorecer de uma nova era, para se plantar o amor na vida dessa humanidade, que já perdeu a noção da inteligência que lhe foi doada, para viver bem, e hoje está atolada na iniqüidade.
Precisamos descobrir o que temos de bom dentro de nós; que são as virtudes da nossa alma e estão na mente e na emoção, com estes dons preciosos, busquemos a luz na boa leitura, e com quem pode nos orientar, e na serenidade catemos a sensibilidade e a compaixão, para praticar o amor e ter salvação. Esse é o lema e o fim, para o qual foi criada a vida; se não olharmos por este prisma, levaremos as trevas para eternidade, Que O Senhor da vida, tenha piedade.
CONCERTOS PARA JUVENTUDE
A formação de um bom caráter se faz com um bom comportamento
O bom comportamento exige boa dose de moderação e ponderação, exige um rumo bem planejado que nos dê segurança para um caminho de sucesso, exige honestidade; para vivermos em paz com os outros, com honestidade cumprimos a lei da justiça e praticamos o amor,e achamos a consciência e a compaixão, como base para um caráter comportamental; não ter orgulho, o orgulho gera o egoísmo pedante e intragável, que estraga o brio da vida e, faz até doença; sem baixezas: que são as atitudes e ações que nos derrubam a moral e a alta estima, sejamos altivos e firmes nos nossos propósitos, e a vida nos mostra o caminho.
Todo este ensaio, devia entrar num currículo escolar, já que muitos pais não têm esta noção, seria de bom alvitre se os professores pensassem nesta idéia, e incutissem na mente infantil, estas normas como base para os caminhos de tantas vidinhas, trilharem a estrada da paz e do amor; quantos vivem uma semi-vida por falta de uma instrução!
Com a visão que tenho hoje, vejo que a vida sempre prossegue com os hábitos que se aprende em criança, é o tempo que a nossa memória grava com facilidade o que se ouve e o que se ver, se os pais tivessem a noção do valor que tem a vida, adestrariam seus filhos pelo caminho da dignidade; o que se aprende quando criança, fica guardado na nossa mente, se um dia erramos depois de uma reflexão, voltamos ao nosso berço e encontramos a paz.
Meus caros jovens, a juventude nasce na adolescência; e é nos arroubos desta idade critica, que precisamos de firmeza de caráter, ( de vergonha como dizia meu pai,) pra não cair no canto da sereia; é nesta aurora ditosa da vida fogosa, que devemos aproveitar as energias alvissareiras para o trajeto da nossa existência; as ilusões sempre nos guiam pros erros; brinquemos, a mocidade traz espírito pra diversão,mas tenhamos sempre em mente, as normas do nosso comportamento, tudo tem limites, e o exagero desmorona o bom caráter; refuguem os cambalachos daqueles que entram nos vícios das drogas, como o fumo o álcool, e outras mais extravagantes, que estão sempre nos frozores da macacada sem rumo; tenham precaução com os vícios, eles trazem um dos grandes males do mundo, e está levando muita gente a loucura e ao suicídio, e grande parte fica numa cruel dependência, que traz doenças incuráveis e a morte prematura; é o triste resultado que ganham os que se esbaldam no exagero do prazer pelo prazer.
Para terminar, vou dar-lhes um testemunho; eu já estou beirando os noventas, posso dizer que pascei por todas etapas da vida; só que no meu tempo de menino a disciplina era rigorosa, até os dezoitos ninguém tinha liberdade de sair pras festas, sem a escolha e a licença dos pais,mas as vezes eu dava minhas fugidas, e como fui sempre um inibido, tinha alguns amigos para me incentivar o uso da bebida alcoólica, para destravar a timidez; e aí eu me soltava na gandaia, e me habituei na branquinha, virou vicio, e eu controlei até uma certa idade, mais no longo dos anos a dependência me pegou pra valer, já não tinha mais forças pra vencer a compulsão que me arrastava ao trágico habito, e cheguei no fundo do poço, com a presença da morte breve,não me restava nem uma fibra de animo para vencer o tal monstro, que eu tinha criado ao meu bel prazer, buscando vida no copo. Salvei-me porque clamei aos Céus, e Deus enviou alguém que me deu a mão; com essa ajuda miraculosa, nasci para nova vida, sem as mazelas que deixa o alcoolismo, e nestes oitos anos que estou vivendo, mesmo na velhice, estou feliz, porque com as
boas leituras aprendi a descartar o adolescente que vivi toda minha idade, e descobri o sentido da vida; é por isso que vos contei como alerta, o meu testemunho; e por muitas outras causas que vi e aprendi, sinto clemência por estes pobres coitados que entram nas drogas sem pensarem no efeito funesto e degradante que elas trazem.
Deixa-me pasmo; diante de tanta informação da Televisão, e hoje todo mundo tem Televisão; por que a onda avassaladora do maldito tráfico, cada vez aumenta mais, Parece que estes seres vestidos de humanos, são os emissários do diabo, arrebanhando os viventes, para acabar com a criação que Deus botou na terra, para povoar o céu. Que loucos!.
Tenho dó das crianças indefesas, que esses frios criminosos incentivam no trágico comercio do crime e da morte certa, quantas vidas são ceifadas por essas porcarias que por um momento de prazer, alguém faz tanto mal. Não cabe na sensibilidade de um ser humano inteligente, tão cruel iniqüidade, quando olhamos pra evolução da ciência e a tecnologia, e vemos a humanidade na ganância pelo poder da riqueza e da dominação, sem sensibilidade, sem piedade.
Vejam o mau que os desordenados, por falta de um bom comportamento geram no mundo!
Ó MULHER
Se tu soubesses te contemplar como obra prima da Natureza; serias uma deusa na terra.
Foste criada para a mais bela missão sobre a vida, de ti nasceram Reis. Dentre vós O Rei do Universo, escolheu uma, pura e santa, para nos mostrar o seu mistério de amor.
Já imaginaram se não tivesse a Mulher...? O mundo não valia quase nada, a vida não teria muito efeito, não tinha prazer nem gloria.
Nas minhas contemplações mulher: te considero uma pérola preciosa, com os dons e as qualidades com que foste formada pelo Criador da vida.
Èis o cursor da raça humana, por ti é dada a reprodução da humanidade, de ti nascem os rebentos da vida. È por ti que os homens, por mais durões que sejam, se amolecem e se quedam atraídos pelos dotes de belezas, que não são só do corpo físico, mas da sensibilidade da alma; que clama pelo amor natural destes corpos cheios de vivacidade e vigor, na busca do prazer natural com que somos gerados. És, portanto, a mola da reprodução e do amor, que no frescor da juventude já anseia pela metade que te falta para completar a vida, e gerar teus rebentos; se fores sensata saberás sublimar estas qualidades para educar teus pimpolhos no caminho do bem, para teres os méritos e glorias, se cumprida tua sublime missão, desta vida tão bem aquinhoada que recebeste do Criador da natureza.
Sigam sempre as normas naturais dadas pela natureza, e nesta bela trajetória, vocês transformarão a humanidade, que já se afoga no mar da iniqüidade, na ganância das riquezas e do poder, e com drogas e armas estão matando a paz e a vida da nossa bela natureza.
E já que os homens estão tentando acabar com a vida e a paz na terra, sejam vocês as heroínas na salvação do mundo, com sensibilidade e o amor que lhe é peculiar, dedicarem-se na educação e formação da nova geração, a partir dos vossos filhos; incutindo-lhes bons sentimentos e caráter, que normalizam a vida, incluindo o plano espiritual, pois sem Deus é impossível uma vida plausível e feliz. Este ser inteligente não se completa sem esse rumo. O Pai criador, por meio de homens inspirados nos apontou caminhos desde os primórdios, e depois nos mandou seu dito bendito Filho, para nos abrir a inteligência, e buscar na fé, preceitos e normas que completam nossa vivência na terra; assim, temos preceitos e deveres a cumprir nesta missão terrena, e temos que botar em atividade os nossos sentidos e a nossa mente, que são o nosso leme de direção, para singrarmos bom roteiro no mar da vida; e se soubermos manobrar este leme com a sensibilidade do amor, chegaremos a bom porto, para o qual fomos criados.
O PENSAMENTO CURSA A VIDA
Já imaginaram a vida sem pensamento?...
Seríamos como um boi ou outro bicho qualquer, que não sabe raciocinar e idealizar; mas os irracionais têm seus instintos, e sabem buscar seu alimento e suas defesas.
O homem surgiu na terra, com o sublime don do pensamento, ganhou esta patente de superioridade na vida da matéria; para com sua inteligência dirigir esta parte universal da qual fazemos parte; que é o planeta terra.
Algumas perguntas: onde está a reflexão? Está no pensamento, que nos leva aos confins do Universo; onde está a consciência? Está na mente e na sensibilidade; como vemos, o pensamento é o cursor do nosso consciente, para idealizar e arrazoar este trajeto vivência.
Quando temos um choque forte perdemos os sentidos, logo se diz: ficou inconsciente; quando voltamos a vida se diz: está consciente. Neste lapso de tempo perdemos os sentidos e a mente não gerou pensamento, ficamos sem ação e sem normas, sem entender nada, ao voltar o equilíbrio o pensamento toma seu curso miraculoso; reflitam neste processo mágico, um misto de matéria e espírito que governa e ostenta a vida deste corpo mortal, mas com algo de espiritual, pois nessas primícias apontadas, está a alma que é a essência da vida espiritual que nos liga ao Senhor do Universo.
Belo destaque, criado pela mente pensante e reflexiva. Quanta potência maravilhosa possuímos neste corpo, à imagem e semelhança de Deus, e tantos que usam estas primícias tão somente para amaldiçoar a vida e a natureza, não sabem governar seus pensamentos nem domar seus maus instintos e vivem como se fossem irracionais, na lama do mau que eles mesmos praticam, mesmo os que têm a mente aberta com algum aprendizado não vêem o sentido da vida, e galgam por cima dos outros buscando poder e riquezas, esfacelam a paz e matam a vida e a natureza.
Que me perdoem estes insensatos, suplico a Deus, que os ilumine com a luz da fé, para que vejam o valor que ganharam e o jogaram no abismo do mal. Sejam filhos da luz para escapar das trevas!
OS MILAGRES DA INTELIGENCIA
Num relance de vista, visei um caricato parente, sobejo do álcool e do fumo, enganchado num resto de bicicleta. E lembrei-me do chupa cabra que criaram a tempos atrás, por alguns lugares do nosso Brasil.
Refleti um pouco, e surgiram-me algumas comparações; e expandiu-se tanto a minha visualização que cheguei perto ao cume da tecnologia da Eletrônica; em certo momento lembrei uma pecinha minúscula que capta toda carga de um computador em poucos minutos, e pensei: valeu a pena terem criado esta frase, mesmo fictícia. Ela vai colar nesta pecinha tão pequena e tão valiosa, para os que se dedicam a escrita e a pesquisa; vão ter como guardarem grandes volumes em pequenos depósitos, a ficarem para a historia da humanidade.
Vejam quanto vale a vida, se bem formulada e adestrada no seu desenvolvimento primoroso e seqüente na evolução da vida, homens que souberam pensar e idealizar e criar tantas maravilhas engenhosas com a abertura que a ciência lhes deu.
E refletindo nestas criações fantásticas, lembrei os espíritos maus que destroçam e matam a vida por tão pouco...! Quanta insensatez destes bestiais seres dotados de inteligência que se perverteram na maldade e na ganância de serem donos do mundo, são os chupas cabras da paz e da Natureza em geral, e irão sofrer a indigestão dos seus erros e falcatruas, até o fim dos seus dias, sem paz e sem amor. Viverão buscando a felicidade aonde nunca encontra, e terão uma morte aterrorizante e sem esperança, é o lucro dos pervertidos que julgam serem o dono da vida.
Mas voltando ao chupa cabra; quantos temos em nosso meio, começando pelo alto, temos os donos do poder, que são os chupões, onde está o grosso da dinheirama e das falcatruas, é lá que está a alta capacidade pra desonestidade, se bem que ainda tem alguns que zelam pela a sua dignidade, mais a metade são uns mãos de seda, e por debaixo do pano, vão fazendo camuflagens de toda sorte pra estufar riqueza e poder; maldita ganância, que estraga tantas vidas que podiam serem briosas e beneficentes para o progresso e o bem está social.
Mas tem também os chupas da classe média, que invejam os grandes e dizem, se os que nos comandam nos dão o exemplo, se as leis não valem pra eles, que as fazem, por que vamos nós nos preocupar com moral com justiça ética e sei lá o que mais, vamos sugar os trouxas, que só sabem dá o voto pra nos erguer e ter mais chance pra mamata.
Mas não pensem que os pés sujos também não dá chupa, dá e estes é que são os brabos, primeiro chupam ou cheiram as malditas drogas, que vem sempre camuflada,mais vem; e depois transformado num ser irracional e larga a fazer barbaridades de toda sorte, mata por qualquer vinte minréis, e muitos morrem na flor da idade, alguns a policia prende quando não querem dividir com eles o lucro do funesto comercio.
Mas tem também os que mesmo sem drogas, não tiveram uma orientação razoável e não gostam de trabalhar, são os chupões parasitas vivem nas costas dos outros, e destes malandros tem muitos, para o repudio dos que vivem honestamente.
Eis aí meus leitores, o desfecho deste Velho observador da vida.
O VOVÔ CONTA UMA HISTÓRIA
O MISTÉRIO DA VIDA
É bem interessante e necessário contemplar a vida, de onde veio e como surgiu. No princípio era a existência Espiritual, ou a verdadeira vida. Quando o Mestre da Vida passou pela terra disse com muita autoridade: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Portanto, veio de lá, do etéreo esta palavra que dá título a toda existência que nasce, cresce e se reproduz.
Por certo, quando o Engenheiro Celeste contemplou no universo, esse bloco de coisa que hoje se chama terra, viu nele o lugar ideal para criar esta vida material. A tal coisa era uma grande bola de matéria em constante ebulição, onde não era possível germinar nada em tais condições. E deu ordens para que chovesse copiosamente e esfriasse a crosta superficial daquele globo escaldante. E assim, fez-se os mares e formaram-se os continentes.
E Deus soprou o espírito de vida sobre esta superfície. Deste sopro espiritual formou-se uma brisa que formou o oxigênio, esse coadjuvante da vida que respiramos até hoje. E o Senhor disse: faça-se a vida. Que os mares germinem grandes variedades de peixes e animais marinhos. E que a terra germine árvores de todas as espécies – árvores frutíferas e arbustos que dê flores – para enfeitar esse paraíso, que vai ser a terra.
Depois de longo período Deus voltou à terra novamente para vê como estava a sua nova criação. Encontrou já algumas árvores esparsas, mas bem viçosas; arvoredos com belas flores, algumas perfumadas; frutas se estragando, pois não tinha quem as comesse. E então, planejou criar os animais na terra firme. Assim mandou que a terra germinasse animais de todas as raças e variedades, e pássaros e aves. E também germinasse gramíneas para alimento dos ruminantes, já que os carnívoros se alimentariam da bicharada miúda. Deu ainda uma olhada para aquelas flores e árvores dispersas e pensou: ainda falta colocar umas palmeiras e uns bambus; então, ordenou ainda, à terra, que germinasse centenas de variedades e que as palmeiras dessem cocos, grandes e pequenos, que serviriam de alimento aos viventes da nova criação. Depois disso voltou ao Céu onde preparou um grupo de anjos para a terceira volta. Seriam seus emissários para qualificar e dar nome aos viventes da terra.
Depois de um certo tempo, tudo pronto, o Rei do Universo entrega seu governo ao anjo Lúcifer para ficar como seu substituto, enquanto ficasse na terra. O que fez este? Sentiu-se poderoso e, envenenado pelo orgulho, tramou se apoderar do Reino Divino. Ele já sabia como Deus fazia os anjos e largou a fazê-los de montão, preparando-se para enfrentar o seu Senhor, ao voltar.
Enquanto isso, o Rei Celeste, com seu grupo cá na terra, chamava pelos animais e eles vinham receber o nome. A certo momento chega uma potranca e o anjo lhe chamou de égua. Cadê teu companheiro? Ela respondeu: não tenho companheiro. E este filhote que vem atrás de ti? Este moleque preto, é filho de jegue; danado de emperrado, e coiça que só burro. E o anjo disse: pois burro vai ser seu nome. E por ser burro não vai reproduzir, ficará sempre solteirão até o fim dos tempos.
Mas, Deus queria a sua criação feliz, e disse: vamos fazer o companheiro da égua que se chamará cavalo e será um dócil animal para montaria dos reis da terra. Ainda vieram muitos outros animais sem o seu par e foi reformulado tudo o que estava incompleto, pois cada raça ou espécie tinha que ter machos e fêmeas, para uma franca reprodução que enchesse a terra. Na incessante busca por vivente chegaram na beira do mar, numa bela praia de areias brancas. E viram um animal cascudo e desajeitado se debatendo a caminhar com as nadadeiras para chegar a água. E um anjo disse: demora aí, peixe cascão, que é que vieste fazer em terra? Já que tens nadadeiras, por certo és peixe. Ela prontamente respondeu: seu moço, eu sou uma coisa de sangue quente mas, me fizeram com estes pés molengos, só dá para nadar, e na água fiz meu habitat; só que todos os anos tenho que fazer este sacrifício de sair para depositar uma bela ninhada de ovos para a mãe-terra chocá-los. Já que me deram o prazer da reprodução estou cumprindo meu dever de mãe. Os anjos ficaram quase abismados com aquela história e disseram: falaste bem, tartaruga; vai tomar teu banho. E saíram, beira praia, admirando a grandeza do mar e a engenhosa criação da vida. Nesse instante chega o Senhor, que andava por outros trechos a rever o que faltava para completar o seu trabalho, e convidou-os a voltar pra tenda, já que o dia estava terminando. Nesse caminho, de volta à tenda, um dos anjos mais chegados ao Senhor, perguntou-lhe: Senhor, quem vão ser os reis da terra – que o Senhor falou, quando criou o cavalo? O Senhor respondeu: amanhã saberás.
Iam passando por um terreno argiloso e o Senhor disse-lhes: é aqui que vamos fazer o último trabalho da viagem. Amanhã cedo todos prontos para meter a mão no barro. A noite passou e a aurora brilhou e um dos anjos adiantou-se dizendo, que bela aurora tem a terra, Senhor! Aparenta-se ao nosso paraíso, ao que o Senhor respondeu: é Miguel, essa aurora é a luz do céu que enfeita a terra, despertando os viventes a lutarem pela vida. Luta essa que vai ser constante em busca da subsistência. Mas vamos ao trabalho. E os anjos iam se perguntando: o que será este trabalho com barro? Só o Senhor sabia, e acharam um local com barro úmido, capaz de fazer moldagem. E Deus mandou recolherem um pouco e fazerem um montículo e amassarem até pegar liga.
Enquanto amassavam o barro chega, de surpresa, um emissário celeste e curvou-se diante do Senhor num gesto de respeito e pediu permissão para falar. O Senhor disse-lhe: fala, a que vens? O emissário responde: trago um recado do Gabriel; é para o Senhor se preparar para uma guerra no céu, pois o Lúcifer já fabricou um batalhão de anjos de má conduta e está pronto a brigar pelo poder. Quer se igualar ao Senhor. Deus, calmamente, disse: ouviste essa, Miguel? Vai te preparando para enfrentar esse pervertido, quando voltarmos. Mas vamos ao trabalho. E disse para os seus trabalhadores: vamos começar por vocês a arte de fazer estátua – que vai se aperfeiçoar nas imagens dos meus santos nas Igrejas do futuro, pelos filhos que vão surgir deste monte de barro. Por isso quero uma modelagem perfeita.
Coitados dos anjos, sem muita habilidade no barro, tiveram que bancar de oleiros, em obediência ao Senhor. Feito o tronco, fizeram as pernas, com pés e dedos e os braços. O Senhor que olhava com atenção ia dando as dimensões. E a cabeça ele se dispôs a pegar no barro e disse: aqui tem ciência, deixem que eu mesmo faço. E modelou a parte facial com perfeição e mandou que os anjos fizessem ainda o pescoço. E um anjo, que observava o trabalho do Mestre, disse: Senhor, ta faltando a venta; e o Senhor respondeu: é nariz, seu bobo, e eu já estou fazendo. Traz-me um graveto de galho seco e vão colando as pernas, os braços e o pescoço. E enquanto colava o nariz fez os furos nasais, e os ouvidos, com a lasquinha do graveto. Estava pronta aquela misteriosa e engenhosa cabeça que iria dá origem a raça humana. Enquanto colava a cabeça na moldura disse para os anjos, seus ajudantes: vou fazer desta moldura um ser humano vivo, que se chamará homem, cheio de inteligência, à nossa semelhança para que com sua capacidade governe e zele pela vida criada neste planeta que será chamado Planeta Terra.
Este homem vai dominar povos e nações com normas e deveres que lhe passarei. Dizendo isso, soprou do seu espírito, naquele corpo pré-desenhado que tomou vida. E Deus mandou que os anjos buscassem água para banhá-lo, e era muita água. Os anjos não tinham vasilhas e cataram conchas das palmeiras e lhe jogaram água até encharcá-lo. Assim, a superfície daquele barro, que já era corpo, ia se transformando numa pele sedosa e dando pelagem que nascia mais vigorosa em algumas partes do corpo. Mas, o Poderoso Senhor e artífice da vida, tinha que dá mais alguns sopros e gerar e formular a aparelhagem orgânica de base para aquela vida corpórea. Ao soprar-lhe nos ouvidos viu que tinha esquecido as orelhas. Mais que depressa pegou duas folhas redondas, cobriu-as de lama e colou-as aos ouvidos, que já tinha furado, quando furou o nariz. Logo que coladas as folhinhas tomaram consistência e se transformaram em belas captadoras do som. Então um sopro em cada ouvido e aquele corpo se estremeceu. É que este sopro divino lhe percorreu todo o corpo, que foi como um choque elétrico na formação do centro nervoso, que é o condutor da engenhosa obra. E o Senhor dá mais um sopro, agora no nariz e enche-lhe os pulmões do ar que purifica o sangue. E fez o coração pulsar e acordá-lo para a vida. E Deus disse: acorda, filho da terra! És também meu filho pois te gerei da terra com o sopro do meu espírito. Te encharquei com água para o bom funcionamento do teu organismo corporal. Te soprei o juízo e o ar nos pulmões e fiz teu coração bater, para uma vida ativa e cheia de alegria. Teu corpo está se dividindo em órgãos e partes diferentes; e cada órgão e cada célula irão cumprir a ordem natural da vida até o fim dos teus dias. Abre os olhos para ver a luz do sol. Enquanto isso, os anjos extasiados com aquela engenhoca humana, já se mexendo, lembraram ao mestre: Senhor, o dia está terminando, e dissestes que hoje mesmo voltaríamos ao céu. E ele respondeu. O que está faltando? É só levarem este homem lá para a tenda e ele é que vai se virar, até que aprenda a se firmar nos próprios pés. Dito isso, Deus olhou para o homem e viu que ele tinha aberto os olhos. Então lhe perguntou: o que tens a me dizer? Ele só fazia rum... rum... o Senhor falou: abre a boca, enche os pulmões de ar e solta um grito de vitória pela vida. O bicho abriu um bocão muito desajeitado e berrou. Um berro tão feio que se os anjos tivessem medo teriam morrido de susto. O Senhor esboçou um riso e falou: um bom sinal. Ele vai aprender a falar.
Terminada a missão Deus falou para os ajudantes: é preciso que fique um de vocês com ele até que eu venha. Ele precisa de informação e defesa, senão a onça pode comê-lo. De começo ele não sabe de nada e precisa de um mestre dedicado que lhe ensine com amor. Logo, o anjo que veio enviado pelo Gabriel se prontificou, pois tinha ficado empolgado com as maravilhas que viu na terra. Tudo acertado Deus com seus anjos bateram a poeira da terra e subiram ao céu, já pronto para expulsar o egoísta Lúcifer. Mas, para saber desta batalha, busque nas histórias da antiguidade.
A minha história é sobre a vida que foi entregue ao anjo professor, isto é, o treinador da vida, já que não se nasce sabendo é lógico que precisa ter quem nos ensine. E foi a solene missão que Deus deu para se seguir nesta maravilhosa vida cheia de mistérios. A noite passou e o anjo deu uma revistada na criatura que tinha passado a noite esturrando e se debatendo como quem queria se mover. Notou que o pobre coitado estava todo lambrecado de lama e urina, ainda bem que não fedia. Não tinha comido nada, era só a sobra do barro e da água que restou da completa formação orgânica. Então o anjo pegou novamente a concha de palmeira e foi buscar água para dar-lhe outro banho. No caminho viu um ramoso maxixão de bucha e pegou uma já seca para esfregá-lo. Logo que começou o asseio, não é que o marmanjo começou a rir. Só fazia han! han! E o anjo surpreso disse: han... han..! Tá ficando alegre, hein!? Daqui a pouco vou lhe botar para trabalhar estes braços e estas pernas. Tem que botar esta máquina pra rodar. Terminado o asseio começou a aula de física. Com a paciência de uma mãe começou o trabalho de flexão e distensão das pernas e dos braços e na cabeça fazia rotação para amolecer as articulações. E o corpão, ainda cheirando a barro, era só han! han! han! O anjo movimentando as pernas separou uma da outra e tentou sentá-lo. Pegou as mãos dele flexionando-as e gritou: levanta a cabeça que eu te ajudo a sentar. Vamos, força, você precisa desenvolver estes músculos. Vamos, força! Até que enfim o besuntão ficou sentado, meio desequilibrado e o anjo o advertiu: use os braços como escora. Ele firmou-se nos braços, olhou para o anjo e fez, novamente, o “han... han... han...”, enquanto torcia a cabeça olhando para os lados; quando o anjo viu que ele estava se enfadando da posição, juntou novamente as pernas e deitou-o e logo o pôs de bruços. Agora você vai nadar no seco. Escanchou-se por cima dele e movimentou-lhe os braços como quem nada. Depois virou-se para os pés e ensinou-lhe a tomar impulso para frente forçando os pés no chão. Impulsione este corpão e o anjo o ajudava com a sua força. E nessa luta acabou por fazê-lo se arrastar. Aí, o anjo já exausto disse consigo: que luta estafante para levantar este marmanjo, por hoje chega. Amanhã vais aprender engatinhar. Aí lembrou-se que precisava alimentá-lo, foi até uma baixada onde tinha bananeiras e trouxe umas bananas maduras e lhe fez comer. O cara estava com tanta fome que, ao comer a primeira já estirou a mão pedindo outra. Admirado o anjo lhe deu uma com casca para ensiná-lo a descascar. Aprendendo, aos pouco.
O anjo não imaginava, que Deus lá do céu, estava observando o sacrifício dele e tinha lhe tocado na hora que pensou em alimentá-lo. É que, movimentando a boca, mastigando e engolindo ele soltou a língua. E quando o dia amanheceu o marmanjo já pedia “manana”, porque ao alimentá-lo no dia anterior o anjo lhe disse: “comer banana”. Quando o anjo o viu falando disse: milagre da vida. Vendo a evolução saiu voando para as bananeiras. Chegando lá viu um grupo de macacos numa gritaria ensurdecedora. Ele pensou ser uma festa dos bichinhos. Depois viu que era as bananas que eles estavam comendo. E agora, pensou ele! Mas, afugentou os macacos e catou ainda algumas meio duras.
Chegando na tenda que surpresa! O marmanjão já estava de cócoras na porta, esperando. O anjo falou: isso tudo é fome, rapaz? Graças a Deus que não vai ser preciso dar a aula de hoje pois se te firmaste nas pernas ao acocorasse breve estarás de pé. Amassou um pouco as bananas e ao descascá-las o sujeito já estava querendo pegá-las. O anjo disse: espera um pouco, precisa tirar a casca para não engasgar. Vá aprendendo estas lições, tens que aprender muita coisa pra viver bem aqui na terra e depois ver a glória no céu. Quando o anjo disse isso ele repetiu “céu”. O anjo folgou de alegria por vê-lo pronunciar céu. Mais outra banana e quando ele engoliu o anjo disse: fala papai do céu. E ele, prontamente, falou. O anjo pegou-lhe pelas mãos e disse: levanta-te e ele levantou-se. O anjo ficou empolgado e disse: fala graças e louvores ao Deus que me criou. E o homem já saltou num fraseado de mestre: graças ao Deus que me criou e deu entendimento, pois já entendo o milagre da vida. O anjo todo contente disse: agora vi que já és um homem perfeito pois estás consciente do que dizes. Já não és mais barro, mas carne e espírito. E foi o espírito que deu essa evolução ao teu corpo material. Começa já, a caminhar com teus pés, pois já tens o equilíbrio necessário para palmilhar nesta terra maravilhosa. O Criador da vida de dará o comando de tudo que tem sobre ela. Prepara-te que a vida é bela mas traz seqüela. E logo saíram em caminhada pelos campos. Enquanto conversavam o anjo ia mostrando os animais e dando-lhe os nomes. Os pássaros esvoaçavam pelos ares e trinavam e com seu canto louvavam o criador dos viventes. E a brisa mansa soprava o ar puro e enchia-lhe os pulmões recém-formados dando-lhe saúde e vigor, para enfrentar a longa jornada da missão que tinha a cumprir, como pai da raça humana.
Passou-se mais uns dias e o Senhor Celeste voltou à terra e avistou-lhes andando pelos campos observando a bicharada, enquanto o anjo lhe ensinava quais os que dava para domesticar e quais os perigosos e venenosos para que se defendesse. Então o Senhor se apresentou e disse: já vi que trabalhaste bem, anjo dileto. Vais ganhar uma promoção ao voltar ao meu reino, fizeste teu trabalho, agora é comigo. Virou-se para o homem e disse: não fizeste nenhuma genuflexão ao teu Criador? Ao que o anjo ordenou: baixa a cabeça e faz um gesto com a mão direita. Ele baixou a cabeça e ficou olhando para as mãos, sem saber qual a direita, mas o anjo ensinou. Então o Senhor começou um longo colóquio com o cabeça da espécie que ia se chamar de raça humana. Passou a mão pela sua cabeça e disse: estou notando que estás lúcido. De ora em diante irás entendendo melhor os caminhos da vida, e aprender é o que tens que fazer para viver bem. Te darei algumas normas e limites para cumprires como deveres; o resto tirarás das tuas idéias, pois tens liberdade para fazer o que melhor te aprouver.
Mas, me conta, o que vistes de interessante na visão que já tiveste da terra, com todas as informações que o meu anjo te deu? Estás contente, com tudo que viste e aprendeste? Sim meu Senhor, estou contente. Estou vendo a fogosa exuberância da mãe terra. Vejo que viceja o que semeastes com teu sopro espiritual. Vejo nas árvores e palmeiras com suas folhas e palmas a farfalhar com a brisa; vejo nas flores a perfeição da vida, que com suas belas tonalidades e exalando o seu perfume incensam e aromatizam o ar que respiramos. Enfim, tudo é belo e exalta e glorifica o seu Criador. E a bicharada, perguntou Deus? Na bicharada tudo ou quase tudo é belo, com exceção de alguns, que são feios de arrepiar. Mas tem os animais que são dóceis e domesticáveis e os que são perigosos. Acho que deviam ser separados pois tem bicho comendo os outros. O Senhor acha isto certo? E Deus, quase admirado com tamanha desenvoltura, disse-lhe: mas tem que ser assim mesmo. Os pequenos são comida dos grandes. E que me dizes da passarada, das aves e dos voadores? A passarada Senhor é a beleza que enfeita a terra e o ar sobre nossas cabeças. Com seus vôos mostram como a vida ganha as alturas voando. Na terra, os que têm plumagem mas não voam, como a grande avestruz, que dotada de pernas longas e fortes ganha a corrida com os predadores que lhe perseguem; e uma infinidade de pássaros e passarinhos que com sua variedade de cores e trinados enchem a terra de vida e alegria. Ainda pergunta o Senhor, e o convívio dessa bicharada toda, que é animal o que me dizes? Como vive como se relaciona? E ele respondeu: Senhor, meu tempo de observação é ainda muito curto, mas, tenho notado algo que ainda não compreendi. Não é que eu queira me meter no seu projeto mas, vejo sempre os animais se acasalando e criando seus filhotes, os pássaros fazendo seus ninhos e alimentando seus pequeninos filhos nascidos de ovos. Isto é um mistério que não entendo, e mais, vivem sempre em casais. Os animais se lambendo, os pássaros se bicando, como que sejam dois bons companheiros e eu, vou viver só?
Depois dessa descrição, o Senhor admirado, disse-lhe: estou te achando bem esperto; já tá querendo até companheira, vejam só. E o anjo que ouvia tudo de perto falou: já vi ele bem animado com as macacas. Ao que o Senhor respondeu. Não pode, as macacas são dos macacos. Daqui a alguns dias eu volto e te darei uma companheira. Por enquanto vá aprendendo com os animais, como criam os filhos e amansar algumas vacas, aprender a tirar leite delas para se alimentar; plantar um sítio de boas frutas e trabalhar pra arranjar o que comer que a vida é luta. Não é só olhar as flores e ouvir o canto da passarada não, entendeu? Sim, Senhor! Entendi, mas volte logo, para fazer minha mulher. E o Senhor falou para ele: aprenda a ter paciência que meus dias são longos mas um belo dia voltarei para cumprir a minha promessa. E deu um até a volta e chamando o anjo subiu ao céu. O restante da história procure no Gênese.
Resta-me pedir perdão para o meu Criador. Não sei se lhe ofendi com esta brincadeira, com as conjecturas e piadas que engendrei. São intuições para despertar os meus bisnetos. Ao contá-las, quem sabe, não colhem algum conhecimento a levarem pela vida afora.
UMA CANÇÃO A VIDA
Ó vida, que surges tão bela,
Se não traz seqüela
És pérola a brilhar
Que traz inocente alegria
E muita extasia
Seus pais e seu lar.
Que nasce como um brotozinho
Com o zelo e o carinho
Da mãe e do pai
E tenta seguir seu caminho
Firma seus pezinhos
Num levanta e cai.
Na vida se começa assim,
E do começo ao fim
É luta aguerrida
Da luta nasce o proceder
E quem busca o saber
Faz sua jazida.
Ao crescer vem a adolescência
Só que advertências
Não quer de ninguém
E seguem caminhos inversos
Quase sem progressos
E não encontram o bem.
Busquem a luz do conhecimento
Horizonte lento
Pra vida brilhar
É o caminho para se ganhar metas
E algumas setas
Pra se encaminhar.
Ciências, complexo e mistério,
Nasce com o critério
De quem buscar, tente,
Sozinhos, vem um lusco-fusca
Só quem ganha busca
No onipotente.
Às vezes temos variedades
Mas felicidades
Só pra quem faz o bem.
Pautemos a vida em primores
Tecendo valores
A levar pro além.
Minha mente já em reboliço
Por este serviço
Pequeno que fiz
Semeiem, se aprendeu se adestre
E mesmo sendo mestre
Se faça aprendiz.
Poucas pessoas contemplam a vida no seu plano total, de onde veio, como veio e pra que veio. Por certo alguém me responderá: pra ser vivida, ora bolas. Sim, veio pra ser vivida mas a maior parte dos humanos não sabe como vivê-la bem. Pensa que é só comer, beber e farrear buscando prazer carnal ou material. E muitas vezes prejudicando seus irmãos, usurpando-os, caluniando, assaltando, injuriando e até matando-os. E isso é mau; isso não é a vida que o poderoso Criador planejou para essa raça humana. Deus, esse ser invisível e autêntico, que com seus mistérios criou e governa matematicamente este grande e misterioso universo, com um globo luminoso que atrai a si um sem número de planetas e estrelas que giram ao seu redor, como corpos que são comandados por um maestro que com sua batuta rege e ritma uma grande orquestra, e todos lhe obedecem num ritmo certíssimo. E nós, seres humanos, que fomos criados com inteligência e entendimento vamos botar pra funcionar estes predicados para uma contemplação sobre a nossa vida que também é um mistério. Contemplemos, por exemplo, a continuação da vida. O autor da criação nos deu o dom do milagre, não só a nós humanos como a todo ser vivo, que é o milagre da fecundação.
Vamos perscrutar como se dá a geração humana. O autor celeste, quando criou esta vida material na terra, pensou na ampliação ou multiplicação e sabendo que as coisas materiais têm vida curta, logo se deteriora e tem um final, os criou machos e fêmeas para se acasalarem, viverem juntos e gerarem outras vidas. Para tanto os dotou com órgãos diferentes. E é destes órgãos que dotados de uma energia vital nos impulsiona para o milagre da fecundação. Vamos contemplar com carinho a nova vida que germina com a fecundação, voltemos um pouco e pensemos na criação.
O Criador Celeste devotou todo carinho e perícia nessa engenhosa máquina viva que é o nosso corpo. Já pensaram na formação dessa estrutura complicada, que se forma vagarosamente no útero materno, sem que ninguém mova um dedo para a sua formação e desenvolvimento, a não ser os nutrientes que absorve da mãe? Pensem nesse milagre, para constatarem e acreditarem no poderoso Senhor da vida e verem a vida na sua integralidade.
Mas comecemos do início, aquele minúsculo óvulo que foi fecundado pelo pequeníssimo fragmento vivo que foi expelido pelo homem. Imaginem o esforço de um fragmento tão pequenino - que é invisível ao olho nu -, a avançar no escuro em busca de um alvo que não sabia onde estava. Tudo é milagre; mas, encontrou e penetrou a película que guardava a gema preciosa onde estava a semente da vida. Se falasse teria dito: a luta foi quase insana, mas ganhei a corrida. E os dois se tornaram, uma microscópica célula e criou vida. O pequenino óvulo se fez carne e colou na parede uterina enquanto a celulazinha se dividia simultaneamente por centenas de milhares de divisões até se formar um bloco de coisa sem aparência mas que se avolumava e foi se formando o corpo, com cabeça, braços e pernas. Do quarto ao quinto mês já dá sinal de vida, a mamãe já sente mexidinhas muito suaves e se alegra por sentir aquela vidinha muito tenra dentro do seu ventre. Isto as que têm o espírito de amor pela sua missão de mãe porque hoje tem muitas que só querem o prazer do sexo, e umas até matam seus filhinhos inocentes e indefesos, ainda no ventre. Que mães desnaturadas! Mas tem muitas que deixam nascer e jogam na lata do lixo como se isso lhe aliviasse o crime. Só que nesse caso, se alguém o encontrar pode salvar sua vida, como tem acontecido algumas vezes. E tem mais maldades feitas às crianças no começo de suas vidinhas indefesas. Criadas por pais ignorantes, sem normas e sem regras, não sabem o que é dever, nem sequer o que é a vida. Jogam a vida inocente das crianças num mar de crueldade e desencanto a levarem por toda a vida. Isso se não morrerem de maus tratos. Como é cruel este ser humano que toma o rumo dos animais selvagens! Mesmo as feras selvagens sabem amar seus filhotes quando pequenos. Coitados dos pequenitos, forjados no amor do pai Criador para admirarem e gozarem do amor de quem os gerou, que não sabem amar e zelar aquela vida que nasceu deles. E é preciso crescer na paz e conforto de um lar que lhe desenvolva para ter vida feliz e próspera. Os pais são a luz dos filhos no início de suas vidas.
Voltemos ao corpinho tenro formado no útero. Esse pequeno ser que ninguém tocou nele, durante esse processo oculto, foi tecido com uma perícia incalculável pela mão divina. Temos que crer nessa verdade natural que prossegue na continuação da vida. Olhemos com carinho para este mistério que o eterno autor legou aos seres viventes para a continuação da vida. E usemos todo empenho no zelo pelas nossas crianças, elas são a alegria da vida.
Enquanto estou ditando estas conclusões tem algum nenê crescendo no ventre de sua mãe, sendo aperfeiçoado na formação corpórea e já chutando a mamãe para soltá-lo para a luz do mundo. Bonequinho vivo que só sente mas ainda não sabe pensar. Não sabe o que o espera no desconhecido caminho que vai palmilhar. Ao abrir seus olhinhos, só vê cara estranha e chora. Chorar é o que sabe fazer para pedir socorro ou proteção. Sente na sua tênue epiderme a mudança de temperatura a que está habituado, sente o desenlace do corpo quente que lhe carregou por nove longos meses. Enfim, sentiu-se em terra estranha, mas ao ser acolhido nos braços afáveis da mãe que lhe afaga junto ao peito, aquela pequena vida se acalma. Ao sentir o pulsar do coração materno que lhe era habitual na vida intra-uterina sente-se amado pela mamãe que lhe oferece o alimento protetor para crescer e desenvolver seu organismo com exuberância. Exuberância porque a vida humana traz em si um engenhoso e enigmático feixe de ciências que nem os mais estudiosos cientistas que já temos conseguiram deslindar totalmente a misteriosa ciência da vida que tange este corpo material.
Temos que pensar naquele sopro divino que deu vida a terra e que estes seres que vivem e se movem, amam, geram e se reproduzem, trazem em si um pouco do seu Criador. E é este misto de Deus e matéria que gera tantas nuances e facetas que trazem emoções, sensações, intuições, sonhos e impulsos para os ideais de uma vida exuberante. É necessário que aprendamos a conhecer estas premissas e ir instruindo as nossas crianças desde a mais tenra idade, abrindo o horizonte obscuro que tem base na sua cabecinha e no seu emocional e que vai se abrindo com os gestos e os exemplos dos pais; se forem bons estes exemplos em vez de espinhos plantem flores, no jardim da infância.
ADOLESCENTES
Meus caros meninos, há se eu de cima dos meus oitenta e cinco anos, pudesse levar os conhecimentos que hoje eu tenho da vida e voltar aos dez anos! Reformularia esse colosso que é a nossa vida. Mas como é impossível realizar esse desejo vou tentar dar-lhes algumas noções para a confusa adolescência (idade que um alguém chamou “idade de cachorro doido) que para alguns cabe bem essa classificação, mas para os mais sensatos é a aurora da vida que vai crescer e se estruturar para a vida de adulto.
É nesta idade, dos 10 aos 12 ou 13 anos, que começam os anseios de ser homem, ou mulher, que vão surgindo os primeiros lampejos da exuberância falada atrás. É uma explosão de energia que surge com o crescimento do nosso corpo; são os preciosos neurônios que se formam aos milhões; são os nossos órgãos que se desenvolvem ao tamanho natural; são os nossos nervos que crescem e se dilatam para o desenvolvimento da musculatura e da delicada pele que transparece a juventude na brilhante aurora. Essa aurora nos traz tantas magias, sonhos, sensações e impulsos que nos deixam confusos, quase sem direção. Queremos ser homens, ou mulheres, mas não somos ainda, precisa um pouco de paciência e bom senso ao atravessarmos esta fase fogosa da transformação, para chegarmos ao bom termo para uma vida estável. Não se entreguem às ilusões que elas nos tiram do rumo certo, procuremos desenvolver o intelecto que tem base na mentalidade. Desenvolvam suas mentes estudando, é no estudo que aprendemos abrir as portas da ciência. E é sendo ciente de conhecimentos que vemos com mais clareza os caminhos que nos levam a uma vivência organizada e mais feliz. Não sejam desobedientes a vossos pais, eles vos amam, há não ser alguns muito cruéis. Não busquem no álcool e nas drogas os prazeres desenfreados pois eu tenho experiência destas coisas e vos digo: estraguei boa parte da minha vida buscando prazeres e vida empolgante e terminei caído pelas tabernas, sem moral, sem prestígio e quase sem vida por causa da dependência da bebida. Por isso lhes peço com amor: não entrem nessa que a canoa é furada, principalmente na idade em formação. O álcool e as drogas fazem um arraso no corpo jovem que não está ainda totalmente completo na sua estrutura de adulto. Em qualquer tempo ou idade faz mal, muito mal, só traz desgraça e sofrimento para a vida de quem usa e muito antes de ele sofrer já fez sofrer seus familiares. Tenham um caráter firme e se livrem dos maus amigos que tentam incentivá-los por estes caminhos macabros e vivam a autêntica norma do bom senso que a vida é cheia de maravilhas para levarem para a vossa procedência. Buscai sempre o caminho da paz e o amor florescerá pois só o amor constrói uma vida feliz e cheia de sucessos. Paz e amor para todos.
Terminando a advertência aos meus jovens e adolescentes vou tentar uns traços pelo curso da vida até onde cheguei. A aurora radiante da adolescência lampeja mais ou menos até os 25 anos, depois a compreensão que se vai ganhando faz diminuir as ilusões e começa-se a pensar no futuro já que nessa idade sempre já tem casamento ou filhos e a responsabilidade reclama o dever e o trabalho exige tempo. Não há mais tanta disponibilidade para os folguedos e a vaidade; aos poucos vamos aprendendo a ver a vida de outras maneiras. Vão chegando os filhos, vai pesando a carga de responsabilidade, mas os filhos nos recompensam enquanto pequenos porque quando adolescentes, Nossa Senhora! Mais isso está no curso da vida. E os moleques e as molecas vão crescendo e ganhando estatura, a natureza lhes deu energia de adultos, só que não sabem controlar. Temos que ter paciência com eles e devíamos tê-los preparado antes como ficou dito atrás. O melhor remédio é prevenir é melhor que remediar, provérbio certíssimo. Contudo a vida de um lar, se soubermos organizar é maravilhosa. Os filhos crescendo, estudando, ganhando conhecimentos e vivacidade, tudo nos empolga e traz momentos de felicidade, mas a vida vai passando e, aos 45 já começa a decair o vigor jovem e vem sempre o indesejável desânimo. As forças começam a diminuir devagarinho, às vezes vem a depressão - a doença misteriosa da época - muitas vezes ficam tão agudas que viram a cruel síndrome do pânico, a “doença do medo”, foi o meu caso, morri um pouco nessa idade. Mas tal doença é feita por nós mesmos é psicológica e é difícil de tratá-la. É preciso buscar conhecimentos e descobrir as forças que temos ocultas dentro de nós.
Dados esses informes vamos aos sessenta. Olhamos para os netos e pensamos, estou ficando velho! E o desânimo aumenta. Mas, ao pensar na aposentadoria sentimos um pouco de esperança para o conforto da velhice, o que pouco traz para aliviar o peso dos anos. Têm alguns que se erguem, nas pernas trêmulas, fazendo pabulagem que eu sou isso, fui aquilo, numa atitude de quem não se entrega a velhice. Têm outros que se relaxam, se abandonam e ficam mais abandonados pelos outros. É triste a vida quando não se tem mais auto- estima, mas a vida foi feita pra ter este curso, cada etapa tem suas mazelas. Temos é que aprender a viver nossa velhice e buscar nas forças da alma que encontramos luzes Naquele que nos criou e que nos conforta se o procurarmos com amor. O amor é o sentimento chave para a auto-estima e este amor gostoso não morre com a velhice. Vejam só: dias atrás, sonhei com uma linda moça me oferecendo uma flor, mesmo no sonho eu pensei, mas não são os homens que dão flores para as suas amadas? O certo é que acordei apaixonado, como um adolescente. Come é belo o amor!
Busquemos o amor e acharemos a saída para as nossas mazelas. Sondemos os caminhos do Mestre Jesus; Ele, ao despedir-se de seus amigos disse: eu sou o caminho a verdade e a vida, depois disse ainda, amai-vos como eu vos amei; e se Ele nos dá essa amostra tão bela e tão amável vamos a Ele com fé e amor. É a única esperança que temos para remediar nossas dores, busquemos com a alma, ela tem forças para o amor e nos ensina a perdoar, vamos logo porque o sol desta vida pode está chegando no final do dia e precisamos de uma esperança ao deixarmos este corpo velho cansado. Falo para os idosos mas serve também para os novos, a vida desta terra é breve e inconstante, estejamos sempre alerta para estas verdades. Às vezes sinto vontade de cantar mas, como a voz já não me ajuda canto com a alma, para o meu conforto interior. Termino minha história com uma poesia.
Ò SENHOR DEUS do universo, acolhe nossa humilde súplica que fazemos em favor dos nossos pais que se foram do nosso convívio, e neste dia que se contempla os pais da terra, nós te suplicamos, contempla também Senhor, os Pais que já foram para a eternidade, e por vossa infinita misericórdia, Senhor, daí-lhes a paz e o descanso eterno. Amem.
UMA ALERTA
Lembrem-se os educadores; a ciência sem Deus, não completa a educação; se foi de lá que veio a criação, a vida só se completa buscando este rumo, se bem desenvolvemos toda a capacidade deste corpo material, para o bem está destes dias terrenos, que é necessário, mas o final sem Deus é desolador.
A educação só é completa e perfeita, com os raios luminosos do sol que nos ilumina, que é O Autentico Regente do Universo e dono da vida, sem essa luz o caminho tem sempre tropeços; não tenham vergonha de apontar sempre, o nome de Deus nas vossas aulas, Ele é a luz que desenvolve a inteligência, se tudo veio de lá e pra lá temos que voltar.
È difícil se mudar os conceitos e o caráter de um adulto, e é por esta razão que os dirigentes do setor educacional, que só buscam ter, poder e riquezas, não pensam no ser, humildes e simples, e normalizam o ensino com o essencial para suas ganâncias, não pensem estes sem Deus, que esse exagero pelo poder e pela a riqueza lhes traz vida feliz e honrada, no vosso triunfo egoístico a vida passa e chega o fim sem esperança e desolado, galgastes por cima dos outros com o que aprendestes num currículo sem Deus, e o mesmo quereis passar aos infantes da tua raça, a levarem esta raça humana para o caos; que ao menos os professores e os mestres que tem a luz da fé, se ergam em beneficio das gerações novas, a inseminarem as lições de Cristo, que veio com tanto amor nos mostrar o sentido e o caminho da vida, para vivermos em paz e termos esperanças no fim da nossa missão terrena; contemplemos as Suas sabias palavras: Eu sou o caminho a verdade e a vida, e depois ao desperdice da humanidade; amai-vos como eu vos.amei.. Mas, quem não tem noção do que é o egoísmo rasteiro e arrogante, por quem vem as piores sementes do mal, estes não aceitam este caminho de verdade e amor, duas simples palavras, simples, mas cheias de valor e que confortam e traz dignidade e esperanças, e iluminam nosso caminho.
Que os pais, mães,professoras e professores e catequistas, tenham todo amor e zelo na missão nobre, que é formatar uma vida para brilhar no caminho do bem, da verdade e do amor.
Procurem com empenho, buscar esta luz nos ensinamentos de Cristo, já que Ele nos veio enviado pelo o amor do Pai, para nos mostrar o sentido e o caminho da vida, semeemos como base, Suas lições, autênticas e cristalinas, nas mentes inocentes das nossas crianças.
ONDE ESTÁ O PROGRESSO?
Muita gente, talvez, me dissesse que está na atividade do trabalho; isso é o começo, mais para o bom êxito do trabalho entra a técnica do conhecimento, para planejar e ordenar melhor o que fazemos.Aí entra o bom aprendizado, e onde buscamos estas lições? Com os mestres ou professores.
Um dia um grande escritor escreveu uma história fictícia que, na sua observação de mestre, enxergou as falhas humanas, e fez um cenário com a sua criatividade.
Dizia que o caos tinha desbaratado a humanidade com a insensibilidade e a falta de amor dos gananciosos e dos rebelados; então alguém teve a idéia de organizar um grupinho para planejar uma convenção, e neste evento seria convidada gente de todos paises do mundo, para juntos arrazoarem e planejarem uma saída para o progresso com paz e harmonia entre as nações. E, tudo planejado, enviaram convites pro mundo inteiro, dando preferência aos técnicos da ciência, da medicina, da justiça e das forças armadas; mas convidando também os representantes da imprensa, dos professores, dos pais de família e de todas as classes e raças. Tinha que ser um evento de abalar os alicerces da evolução da Humanidade, na busca de um tal objetivo que todos desejavam, mas não sabiam como fazer – a paz e a felicidade.
Pro local da recepção arranjaram um grande estádio, e com material barato e construtores também baratos, ergueram uma bonita torre com escadas de degraus para os oradores subirem e do alto discursarem suas idéias, por entre as guirlandas douradas que enfeitavam a frágil armadilha.
Chegou o dia marcado e o estádio se encheu: gente de todas as classes estava lá, numa só expectativa, que dali surgisse algum milagre, para que o mundo encontrasse a paz tão desejada. Cada classe ou organização tinha selecionado um bloco de homens de alto valor na ciência e na técnica para que mostrassem com brilhantismo suas idéias.
Tudo no ponto, o coordenador do grande evento se dirige ao centro do campo e intima os oradores a dissertarem suas idéias. A classe dos médicos escolheu um psiquiatra, que subiu só até o quarto degrau e sentindo que a famosa torre não era de confiar, virou-se pra platéia e começou o seu inflamado discurso. Falou da sua capacidade de tratar a mente humana e da medicina em geral, que se esforça na luta pela a saúde do mundo, e que julgava a classe dos médicos como zeladores da saúde humana, um forte esteia para o progresso.
Umas palmadinhas muito ralas e o psiquiatra calaram-se, pois viu que o seu discurso não fez sucesso.
O grupo dos magistrados fez subir um juiz de direito, famoso em oratória, que de cabeça erguida marchou lentamente com ares de dono da verdade e começa a subida. Era um senhor muito gordo e pesava pra resistência da torre que começou a dar seus tremeliques, e as pernas do doutor acompanharam o rojão, mas os que estavam ao redor da torre o animaram a subir, e de um lado falou uma negrona que tinha vindo lá das bandas das Antilhas, e disse em alta vós: vamos doutorzão, tá querendo estragar a festa? Suba mais uns degraus e diga pra que veio, que eu quero ouvir o seu lero-lero; pode confiar que eu agüento esta joça, sou acostumada da nó em furacão, quando voz mincê descer daí, vou achar quem toque um mambo, e dançar um remelexo com voça selença, que vai passar essa tremedeira. Todo mundo ria com o léro-léro da negrona, mas o tempo ia passando e o povo já pedia para a Negra parar a sua lengalenga para que o homem falasse. E o senhor juiz diante daquele imprevisto, não sabia se subia ou se descia, sentiu-se humilhado e ressentido pela ousadia da negra, mas resolveu subir mais dois degraus e ultrapassar o médico, que com o enfado da espera sentou no degrau. Então o juiz contemplou o horizonte e tentou se recompor do choque e começou seu discurso. Nós, como homens formados em direito, nas melhores universidades do mundo, somos o sustentáculo da justiça, somos os donos das leis para fazer e desordenar o progresso do mundo. Mas pra ser honesto, tem sempre alguns desvios, surgem às propinas gordas e quebram os preceitos e o rigor das leis, o nosso salário é uma merreca, e tem algum que não se agüentam diante de tão vultosas ofertas – quem não gosta de dinheiro? E começa pela polícia que se agarra com os traficantes e vão mamando boa parte do dinheiro sujo das drogas e de outras falcatruas, os pobres eles prendem por que não tem dinheiro pra pagar a liberdade, os ricos têm bons advogados que sempre acham algumas brechas nas leis, e nos induzem a entortarmos os rumos do direito.Falando baixinho pra vocês que estão aqui perto, as propinas são gordas não podemos dispensar não, mais a policia federal vai sempre descobrindo falcatruas de toda sorte, é furacões é navalhadas contrabandistas de alta capacidade que espalham suas redes criminosas por varias regiões do mundo, e vão coletando os desonestos que fazem parte da nossa classe, e vão descobrindo o seu criminoso comércio. E aí entra o caos que vocês estão vendo, mais a policia tá trabalhando, sempre prende os ladrões de galinha, os arruaceiros bêbados e os desordeiros, e alguns mais que não tem dinheiro; o dinheiro faz o mal, mas é a mola mestra do poder dos gananciosos, por isso eu vos afirmo, a justiça, mesmo com suas manjadas ta fazendo o progresso tem muito dinheiro em movimento, e os senhores banqueiros estão lavando a burra com este mercado sujo, mas o que vamos fazer, se os políticos são quem governam e fazem as leis com algumas vantagens a seu favor, como vocês vêem pela imprensa? De lá surgem as mais vergonhosas falcatruas com o dinheiro dos impostos exorbitantes, que é sempre os mais pobres que arcam, para aumentar os nossos astronômicos salários; o que podemos fazer?
Amontoar os processos nos arquivos, e esperar pelo fogo do fim do mundo. Só o Cristo pode dar um jeito neste montão de sentenças ferruginosas. Enquanto não chega este fim a humanidade vai caminhando para o caos, os pobres continuarão sofrendo as injustiças dos poderosos desonestos e dos traficantes desalmados. Que tristeza ver tanta ciência sendo desperdiçada nas mãos dos poderosos, dos gananciosos. O juiz fez uma pausa para reflexão e para tomar um fôlego, já que o discurso estava longo, e uma vós se ouviu do meio do povo – era um cearense da cabeça chata, lá das bandas do Quixeramobim, lavradorzinho sem letras, mais entendeu um pouco o que o juiz tinha explanado no seu discurso, e ousou dar seu pitaco. Doutor vós-mincê min perdoi, vós-mincê vê tantos erros da justiça, porque que não a endireita? É só prender estes malfeitores que voselença apontou com tanta coragem, lhe dou um bravo, pela sua atitude, embora não seja tudo, mas confirmou o que imprensa descobre.
Bravo, digo eu, disse o juiz, pela sua destimidez, mas para te esclarecer, tenho que ser franco, os desumanos, impetrados nas suas trapaças, na ganância do dinheiro e do poder, inspiram o terror e tentam amedrontar os que querem fazer justiça. No Brasil de vocês, por exemplo, nestes dois ou três anos, já mataram um punhado de juízes que tentaram fazer justiça limpa, daí a falência na nossa classe, se bem que tem alguns que estão se banqueteando.
E ao finalizar, onde está a negra que me enxovalhou? Quero dizer pra ela, diante de tal situação que vejo a justiça, vou desistir do meu alto posto, desiludido e envergonhado, e vou forjar uma pequena banda de rok, pra ir as Antilhas tocar um remelexo e ver o teu rebolado.
Obrigado ao povo e a negra que sustentou este tripé todo este tempo. E que me perdoem os companheiros de classe, que por certo estão machucados com o desvio do discurso, mas isso aqui não vai dar em nada, e eu falei com consciência, disse a verdade.
O terceiro que subiu foi mandado pelo o grupo das forças armadas, era um almirante, homem do mar, acostumado com balanço, teria mais equilíbrio na torre. Subiu, todo imponente com seus galões de alta patente, e as honrarias que lhe cobriam o peito, contemplou a multidão e começou seu discurso. Somos a defesa dos nossos países, na guerra como na paz, fazer guerra não está na nossa vontade são os nossos governantes quem nos dirigem e pelos regulamentos das leis de cada pais, temos deveres a cumprir.
Diz-se que se faz guerra buscando a paz, mas buscar paz pela força deixa sempre cinzas pra vinganças, alem da atrocidade do seu efeito, destruidor e desumano. No entanto cumprimos a cruel missão que nos cabe, pelos alvores do poder político, no comercio do material bélico que rende fabulosa verba para o progresso das nações ricas do mundo.
E com isso vamos matando os nossos jovens na flor da idade, e os inocentes que não tem nada a ver com o trágico comercio criminoso; dizem os gananciosos que o dinheiro traz força e progresso, honestamente, cá pra mim, a guerra só traz desolação e sofrimento.
Mas os homens não querem, não contemplam a vida, só pensam em dinheiro, poder de qualquer jeito e a tal ganância dos poderosos tá levando a humanidade pra um triste calabouço, bem disse o juiz, só O poder Criador pode dar jeito; que me perdoem os meus lideres, mas estou sendo honesto com minha consciência, e distorci o meu discurso.
As palavras sensatas do Almirante, fez o povão ovacioná-lo com uma grande salva de palmas, e os seus colegas de farda cabisbaixo resmungavam pelo o humilhante desfecho do
Seu discurso. Aí, o coordenador já decepcionado com o insucesso a vista, meio desdenhoso berrou: onde estão os professores, que não se manifestam?
Logo as câmeras os focaram no pé da torre no meio dos pais de família arrazoando o que disseram as grandes autoridades, e como não se dispuseram a falar o tal coordenador desfechou o seu desdém, e chamou-os de gentinha de meia tigela que na sua humildade se acovardavam diante dos progressistas.
Sem que os professores se dispusessem, um pai de família meio exaltado furou o bloqueio dos professores e falou, por que ofender a quem com tanta paciência e amor se dedica a ensinar os filhos de vocês? Sejam gratos e não insensatos, o orgulho de vocês é que esta levando a humanidade pro buraco.
Mas um dos que comandava o evento, se ergueu nas pontas dos pés porque era baixinho, e arremessou desdenhosamente contra o pai de família: as escolas de vocês hoje, quase nada valem, o computador tá sendo o melhor mestre, a meninada aprende rápido e ninguém gasta dinheiro com estas escolinhas mixurucas de vocês, e gritou: viva o computador e fora o professor. Aí, foi um trovão de palmas e os professores e pais de família se sentindo injuriados com a injusta manifestação, foram se afastando da famosa torre que começou a pender e a Negrona gritou, hei, eu sozinha não agüento este trem não! E alguém advertiu, então largue esse trem, a negra largou e deu mais um safanão, foi o fim da mal organizada armação, que representava o progresso dos poderosos e gananciosos.
Só se machucaram os três que estavam na torre, os que estavam em volta se defenderam, e enquanto retiravam os machucados, e a poeira foi baixando, saiu do meio do povo um homem personalizado no seu alto currículo de grande Educador; Era um catedrático famoso em ciência educacional, pediu um microfone e falou em alto e bom som: meus irmãos na educação, e todos que me ouvem, eu não vi nada de importante neste fracassado evento, mas, o pai de família apontou a verdade, e eu como professor e educador não devo me esquivar da minha missão e deixar estas chacotas sem respostas.
O computador é organizado por quem o manipula não tem uma mente psíquica e nem emoção, por isso não pode forjar caráter com virtudes, conclamo os educadores a criarem novas normas de currículo escolar, e idealizarem novos temas onde se mostrem os valores das virtudes para o caminho da vida; são elas que flexibilizam os impulsos de rebeldia que desordena a vida, e esgarça a paz. Portanto senhores ouvintes só com uma boa revolução nas escolas é que vamos modificar as novas gerações para o progresso que os sensatos almejam, de paz e felicidade.
Quando o Magnata do saber terminou de expor suas idéias, o estádio estava quase vazio, só que a famosa antilhana, morena filha de baianos, soltou seu apreço, e disse, óchen bixim, eu pensei que dessa derrocada não saía nada, mais este arguto homem cheio de sabedoria, com suas idéias, mostrou-nos as sementes para plantarmos e abrirmos novos caminhos, vamos plantá-las.
E com as palmas que deram pra Negra, termina minha historia.
E ao terminar este artigo, que termina com um sonho dourado, convido os professores, vamos botar este sonho em pratica, só vocês podem mudar o rumo construtivo do progresso, com uma educação bem projetada e bem aplicada; de gota em gota se faz um dilúvio de salvação, somos nós que fazemos o que temos, portanto façamos o bem que teremos a paz.
Cruz-CE, em 10-8-2007
EDU-CULTURAL
No meu tempo de menino, os professores usavam a palmatória para ensinar os rudes ou dormentes, como chamavam os menos inteligentes. A gente ficava tão nervoso que suava de medo, e de tanto pavor ficava perturbado e não aprendia quase nada, porque sem a calma é difícil se conciliar a mente; hoje a palmatória foi extinta, mais ainda tem alguns professores que se dizem mestres e usam a sua autoridade como a tal palmatória.
Será que com tanta abertura da ciência, não se busca com sensibilidade, maneiras sensatas de ensinar com flexibilidade e a afabilidade do amor? As atenções sempre atraem atenções, e o professor vai se armar de sensibilidade e afabilidade, e conseguir a atenção do seu aprendiz, que sensibilizado pelo afago, se sente apto a receber as instruções dadas, e o Professor aproveita melhor o efeito da sua missão.
Eu não sou professor, sou um mero estudioso, e pela televisão, observo alguma coisa sobre as escolas, e vejo pelas reportagens, nas classificações, as deficiências nas baixas notas do plano escolar; será os alunos que não querem aprender, ou os professores que não querem, ou não sabem ensinar? Acho que são os dois, mas com tática e amor se desperta uma atenção adormecida e rude, estimulando e incentivando com as virtudes que apontei antes. Mais vemos a educação no seu total; que devia ser projetada num plano geral, em todos seus tentáculos e nuances que desabrocham com a aprendizagem, e pesquisar as qualidades e tendências, na proporção que vão desenvolvendo o seu aprendizado; e mesmo que seja nas escolinhas rudimentares, descobrir e incentivar e aprimorarem seus dons, e aperfeiçoando-os, a passarem aos outros,o dom da voz, da musica, da poesia das artes e muitas outras tão necessárias, na evolução processual da vida
Caros professores e professoras, não rejeitem os apontamentos deste Velho, que não teve estudo e se põem a dar currículos para os Mestres, é que o pouco que aprendi eu usei, e contemplei as boas lições dos grandes mestres, e com a longa idade que já vivi, fui errando e apanhando e tirando algumas sementes do que plantei com os erros, é por isso que tento semear com tanto empenho estes rumos para o caminho da educação e da vida.
E as crianças são um sublime botão da vida que é o pano de fundo para se desenhar e embelezar ao desabrochar, com suas cores vivas e luzentes, a bela vivência nesta passagem sobre a terra; reflitamos e valorizemos a vida a começar pelas crianças, que livres de qualquer maldade ou preconceitos, acolherão com avidez as nossas boas instruções e os nossos bons exemplos, e se destras na luz do conhecimento, abrirem os caminhos e desabrocharem fluentes, de sucesso amor e paz. E que os Senhores Educadores sejam contemplativos, com as vidas que nasce com a criança. A contemplação amplia a visão, e faz criatividades.
Em resumo; o que temos de mais belo dentro do nosso ser é a emoção, quando bem ordenada para o bem, vamos estudá-la e incentivá-la nas escolas, só assim conseguiram dobrar as rebeldias, a interatividade e a ansiedade, e mostrar os caminhos da sensibilidade, do amor e da felicidade.
CONTINUAÇÃO DA VOVÓ
Cenário da história.
Os Coronéis e Capitães daqueles tempos não tinham espadas, mas se usavam bengalas como um apetrecha de adorno ou uma certa afirmação, e ambos estavam pobres não tinham mais regalias;
Um belo dia, quando já estavam velhos, o Capitão refletiu o passado de rusgas, e resolveu ir ao Coronel convidá-lo para fazerem um armistício de paz; mandou-lhe um aviso que tal dia ia a casa dele não pra brigar, mas pedir perdão e selar a paz entre os dois.
O Coronel ficou surpreso, mas como já tinha pensado na mesma idéia ficou aguardando o dia marcado pelo Capitão, que foi pontual, escorando num bengalão foi chegando e fazendo continência ao Coronel, que o esperava acomodado num cepo de pau e lhe correspondeu com a continência mesmo sentado, pois as suas forças estavam poucas para se erguer nas pernas, e logo mostrou um banquinho de pão para o Capitão que se agüentando na bengala foi se aboletando no banquinho de três pernas, e começaram os colóquios já como bons amigos.
O Capitão meio trêmulo começou o diálogo, desculpe-me o Senhor, Coronel vara torta, mas este é o nome que o Senhor tem hoje; o velho soltou um riso meio pela venta, fun,fun,fun, e o capitão continuou, acho que devemos derrubar o rósco das nossas rusgas com algumas pitadas de humor;
Mas, vamos ao que interessa, eu estive pensando nas loucuras que cometemos com o nosso orgulho maldito, e olhei pra nossa idade de fragilidade e pobreza,vi que chegamos no fim da picada,vamos dar as mãos e perdoar um ao outro e tirar o ferrugem o escabroso das richas que entravaram nossas vidas até agora, e selar a paz com um abraço.
O Coronel ouviu tudo bem atento e se convenceu que o seu, já amigo, tinha razão, e aceitou a idéia, mas convidou o capitão para que selassem a paz com um duelo no repente.
Aí refletiram um pouco e cruzaram as bengalas e começaram a peleja.
Cor, meu amigo capitão, Zé da vaquinha cotó
Veio brigar na minha casa, e apanhou de mororó
Agora me pede paz, e eu aceitei com dó.
Capitão ou coronel vara torta, você parece um socó
De tão velho entorta a vara, e ele mesmo deu o nó
E na bengala se firma, já lhe dói o mocotó.
Cor, ou meu caro Zé da vaca, não queira me provocar
Se vierem fazer as pazes, mudemos o linguaja
Pra que se acabe os rancores e a paz frutificar.
Capitão, concordo meu vara manca, com a sua opinião
A paz só será selada com o pedido de perdão
Tomemos essa atitude pra coroar nossa ação.
HISTORIAS DA VOVÓ
Dizia Ela, no tempo que já vai longe, os homens de posse eram chamados de capitão de alferes e coronéis, compravam patentes de acordo com suas riquezas, e ficavam ostentando sua autoridade na região, eram os manda chuva que todos respeitavam.
Numa certa região tinha dois ricos criadores senhores de muito gado, que era a riqueza daqueles tempos, e donos de escravos que eram os burros de carga no trabalho das fazendas; vamos chamar o Coronel de tal e o capitão Lalau, ambos donos de largas propriedades que se extremavam, nunca fizeram uma divisão oficial e por aí começaram as encrencas e viviam como dois inimigos ferrenhos, mas em quanto isso, caiu uma seca braba que durou dois anos e o gado dos dois acabou, ficaram pobres, o Coronel escapou um jegue que carregava as raízes de mucunã que os negros arrancavam pra ralar e tirar a goma pro grolado,e o Capitão ficou com uma vaquinha, como um astro de esperança;mas quando voltou a chuva recomeçaram no cultivo
da lavoura, e o Coronel mandou derrubar um roçado lá nas extremas e quando o legume já crescido a vaca do capitão deu uma chegada no legume do Coroné, imaginem o estrago;no outro dia o coroné foi olhá a roça e a cabruêra ia pra capinar,logo foram avistando a vaca que tinha chegado mais cedo,o velho coró ficou doido e gritou os negros, peguem esta desgraça que eu quero matá-la, mais a vaquinha cismou com o alvoroço do coroné e tratou de se mandar,um dos negros levava uma foice, e vendo que não dava pra alcançá-la, jogou a foice de rebolada que decepou-lhe o rabo, a vaca saiu deixando um rastro de sangue até a casa do dono que logo mandou um escravo achar onde tinha se dado o incidente,o cabra foi pelo o sangue e antes de chegar na roça avistou o coronel com sua cabroeira e se escondeu em quanto eles passavam,depois seguiu e chegou na roça e viu o desfecho do tal incidente; voltou e contou pro Capitão o que tinha visto e que o Coronel vinha saindo de lá com seus escravos sem duvida a roça era dele.
O capitão não se contentou com os informes do negro e juntou mais uns dois cabras e disse, faz tempo que não dou uma observada nas minhas extremas, vamos lá,quero me certificar do acontecido;ao chegarem lá, o capitão que já maldava,achou que o roçado estava na sua propriedade e ficou enfurecido,e disse aos escravos pra casa, amanhã muito cedo iremos na casa do coroné e ele vai me pagar o prejuízo ou o pão vai quebrar.
O Coronel tinha por certeza que o rabo da vaca ia dar rolo, ficou na espera da atitude do capitão que não tardou, e no outro dia cedinho bateu na porta do coroné e foi logo dizendo pra que vei;
Seu coroné orgulhoso vim lhe cobrar o rabo da minha vaca e a renda do roçado,com a inimizade
que temos devia me avisar antes e evitar estas provocações.
O Coronel que já tava soltando fumaça pela venta saltou pro meio do terreiro e bradou você, me arrespeite seu lalau da vaca cotó, tô lhe achando muito housado de chegar na minha casa com essa arrogança você é capitão eu sou coroné,intenda que sou seu superior, alem disso nem um de nós tem certeza dereito onde é a divisão das propriedades,o que é que vale o rabo duma vaquinha velha magra em vista o prejuízo que me deu, por isso vós mincê é qui tem dvida comigo.O capi-tão retrucou, nossas patentes nada mais valem, esqueceu que estamos pobres? Pra que pençar em patente que só lhe deu orgulho e arrogância, pense na vaquinha velha e magra {como você disse) que ficou sem o rabo pra espantar as muruãias e defeituosa, e a desfeita pesou mais pra mim pois já me apelidaram de zé da vaca cotó,e estou muito injuriado com a desfeita que me fez,por tanto ou me paga a desfeita ou nós vamos medir forças no pau.
O coronel desdenhou e fez um repente,
Do rabo da tua vaca eu fiz um chiqueradou,
Da vassoura do sedem eu fiz um espanadou
Se você veio pra brigar eu já preparado estou.
Ahi o capitão alertou os seus cabras que eram treinados no cacete,e logo invistiram contra os do coronel,e o pau cumeu,de longe se ouvia o pipocado, negro rolava pelo chão fazendo defesa outros eram desarmados de pausadas nas mãos, mas lutaram até cansar,e os dois chefes só observando e atiçando a negrada,mais quando viram que a luta não deu vitória pra ninguém, o Capitão gritou pro Coronel, agora é com nós seu velho arrogante;e armou-se de um cacete e marchou pra cima do inimigo que não tinha muito jeito no cacete e gritou,não seja covarde,eu estou desarmado demore que vou pegar a minha arma que era o chiqueradô feito do rabo da vaca, e saltou pro terreiro e disse, venhaaa...quando o capitão investiu antes que o alcansace o velho coronel já o abarcava com o rêlho e dava uma puxadinha que o capitão desequilibrava e com umas duas ou três Chico-lapadas o rêlho arrebentou,e o velho coroné mais que depressa correu e pegou uma vara de mororó verde, que tinha tirado pra pescar cará no riacho, e voltou para o seu contendô que tinha ficado meio tonto com as puxadas do chiquerador,meteu-lhe a vara, mais o capitão conheceu que não dava pra ele,pediu pro coronel parar que estava certo da derrota e voltou pra casa humilhado.
CONTEMPLANDO A EDUCAÇÃO.
Hoje, já no fim do caminho, olho para o trajeto que percorri, e só vejo erros e o desperdício da minha insensatez; e me ponho a contemplar a perfeição de uma vida bem forjada desde o início, com uma boa educação e sem drogas. Talvez muitos errassem, mas refletiriam e retomariam os preceitos e normas colhidas no tempo de criança; o que se ver e ouve quando infantis, fica incrustado pra toda vida, daí a incumbência dos pais e dos professores, no zelo e perfeição do ensino logo desde a mais tenra idade, implantando no seu caráter para o bom rumo, com detalhes de informações sobre o que temos de belo e importante nessa estrutura orgânica que carregamos, e, que só precisa adestrá-la, aproveitar o que temos de bom na nossa psique na nossa consciência e na nossa emoção.
A derrota é que os pais não pensam com os meus pensamentos, e os pobres coitados que nem se quer teem a noção do que é uma vida bem ordenada; e passam a carga para as professoras que nos rudimentos não se empenham, e algumas nem capacidade têm de semear algo mais elevado, a ir despertando-lhes a criatividade no geral da formação.
Incutir nos alunos, que eles podem fazer se quiserem, uma vida feliz fluente e florida, bem
conceituada com caráter e dignidade, e que, em vez de entrarem pelos caminhos tortuosos
dos vícios das drogas que estragam e matam a vida, busquem o caminho da ciência, das artes , da tecnologia, e das virtudes que estão no nosso consciente e na nossa visão sensata, que nasce da alma, e teremos uma vida florida com conforto Amor e Paz.
Que os senhores professores contemplem; a contemplação alarga a visão, e a visão traz o desejo de criar e educar com criatividade.
Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias.
CONCLUSÕES DE UM OBSERVADOR
Hoje, como de costume, levantei da cama as cinco e meia, e como era sábado, liguei a televisão; a visualizar o melhor programa da Globo,se não um dos melhores; os moralistas
e alguns políticos,criticam e até censuram os programas que os fere,principalmente o erotismo das novelas,mas o sexo é natural da vida, é certo que estimula, mas traz algumas orientações que vale na defesa da saúde, a se precaverem com os efeitos desordenados do excesso que nada tem de sadio. Que me perdoem os religiosos e os mais moralistas, digo isso sem paixão, pois, já passei dos 80, também não estou puxando saco dos que fazem os programas, só que vejo muita coisa meritória e valiosa na sua programação.
Mas vamos a conclusão, os primeiros três programas ao nascer do sol, Globo Ciência, o Globo Ecologia e o Ação do Serginho; são três aberturas para os caminhos da humanidade.
Vejamos na Ação, quanta doação dos que se dedicam a ajudar os outros a se guiarem por melhores caminhos e terem sucesso na vida, por certo estas apresentações vão influenciar alguns corações mais flexíveis, e vão engrossar as fileiras destes arautos que se dedicam com amor. O Serginho Groisman merece destaque por mostrar a dedicação primorosa de tantos voluntários que se dispõem a dar amor aos que não tem nada, que belo desprendimento; merece ser mostrado, para que os desocupados se mexam e sigam o exemplo de amor desses heróis que dão uma parcela de suas vidas em beneficio da humanidade. Estes estão cumprindo os mandamentos do amor, que o autor da vida nos ensinou, quando disse amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
Dedico esta manifestação as belas programações da Globo, e ao Serginho o apreço pela
Ação.
A IDADE DA INCÓGNITA.
Nas minhas reflexões sempre descubro os erros da vida, e hoje me veio à mente a idade jovem; que começa com a adolescência; e é nessa idade alvissareira da vida que sempre começa os descaminhos.
Parece que os anseios do crescimento lhes atraem a tudo que vêem e pensam, menos nas obrigações e os deveres que devem aprender como base para o bom caminho.
Mas, são ávidos e curiosos em descobrir tudo que lhe é proibido e recusado nessa idade pelos pais ou orientadores; e acolhem com empenho os ensinamentos dos desertores da vida que se transviaram para o mau, e querem erguer o seu lema desumano e cruel, catando os adolescentes e até as crianças de dez anos já são inseminadas no comercio das drogas; que vida vai levar esses pobres coitados, que vão viver de crimes e ameaças e ter a saúde destruída aos poucos sempre com doenças incuráveis, isso se um tiro não o tirar do ramo; que insensatez destes monstros em corpos humanos.
Quem já passou pela vida como eu, às vezes me pergunto: porque com tanta informação que temos hoje, nos meios de comunicação, (e todo mundo tem TV ou rádio,) de onde saem tantas reportagens e noticias ao vivo, e ninguém reflete e toma a coragem de se defender das barbáries de crueldades que nascem das drogas seja ela da espécie que for,traz distúrbios para o corpo para a mente e para a alma; tem certos usuários, que dominados pela paixão do prazer que busca, diz com toda naturalidade, se quem usa morre quem não usa também, por tanto eu não quero nem saber se faz mau, pra mim faz é bem e a vida só vale com prazer; a insensatez é tanta que troca a moral e a dignidade de um ser humano pelos instintos animalescos e se joga nos braços de uma cruel dependência que só Deus o pode tirar do buraco; o pior é que quem usa estes troços não quer nem saber de Deus; se agarra apenas no seu bel prazer, e o fim é desanimador e funesto; tem alguns com o sistema orgânico mais resistente ou que se adapta a certas drogas,que alonga mais o seu curso vicioso, mas se começou na adolescência, faz como eu, que levei uma vida adolescente até os oitenta, talvez por ser a bebida alcoólica menos extravagante e espaços sem uso, mas a paixão pela a tal coisa me atraia quando via os outros na folia, mas hoje estou livre da tal praga com a ajuda de Deus; e como sofri o atroz tormento da dependência e como é difícil se desligar dela, tomo certas decisões em alertar os que estão começando a vida, a não caírem em tal caminho, todas estas porcarias que nos alucinam sempre dá dependência e desorganizam a vida e traz transtornos e sofrimentos, não só pra quem usa como os seus familiares.
È isso meus caros jovens, meus caros adolescentes, meus garotos ainda meninos, de dês aos treze anos, que estão chegando na aurora da vida, busquem o caminho da escola com ânimo e com prazer, é lá que se abre as portas para a estrada da vida é lá que se acha a luz do saber e se planeja melhor o futuro e o caráter pra conquistar dignidade e uma vida saudável e meritória; mas se livrem daqueles que tentam lhes encaminhar para o mal,. não façam amizade com esses maus condutas, eles que sigam seus caminhos para sua própria desgraça, e sigam de cabeça erguida buscando na contemplação, o roteiro do sucesso e da paz.
DE ONDE NOS VEIO A CIÊNCIA?.
Alguém pode dizer, da inteligência dos homens; mas quem criou a vida com inteligência?
Reflitamos nos mistérios deste corpo humano; e de um sensato cientista, que abriu todas as portas para esta vida universalizada.
Desde os tempos imemoriais, o ser humano, com sua curiosidade, busca descobrir mais e mais sobre a ciência; e começou a desenhar sinais para comunicar-se e marcar algumas datas; hoje temos a comunicação escrita irradiada televisada e teleguiada; vejam o quanto o homem cresceu no desenvolvimento de sua inteligência, e conquistou a tecnologia que temos hoje.
Mas o ser humano é dotado de instintos, que lhes impulsionam e os levam a bagunça, porque tem os bons e os maus instintos, e eu acho que os maus, hoje estão predominando, e empurrando a maioria dos homens de ciência, com seus projetos tecnológicos, para os mais trágicos comércios
que matam a vida; aí está a derrocada da brilhante evolução que ganharam uns poucos; mas, muitos viraram loucos, pela ganância da riqueza e do poder, e desperdiçaram a bela chance que ganharam pra fazer o bem em favor da humanidade.
Olha insensato, talvez teu fim não seja as mil maravilhas que esperas; volta-te para O Dono da vida, enquanto tens condições de ajeitar teu miolo, que está engessado no mau; e busca na fé o
Caminho, da luz da justiça e da fraternidade; trilhando o caminho da paz e da dignidade pode ser que O Pai desta ciência que galgastes pretensiosamente te perdoe os erros nefastos que tecestes na vida deste universo, tão admirável e cheio de vida e belezas fantásticas que estão morrendo.
Volta, e voltem todos, que estão entrosados nos horrores do mau, a natureza já está se vingando de tanta burrice desta raça pervertida; e constantemente vem advertindo com efeitos catastróficos da terra e dos ares, é o que se ver quase diariamente pela TV. Incêndios nas regiões secas e inundações pelos fortes temporais que arrasam cidades e estradas, deixando uma multidão de sofredores e desesperados sem abrigo e sem alimento e sujeitos a endemias; tem ainda os trágicos sismos que abalam a terra a cada semana, apavorando engolindo alguns, e destruindo cidades e desmoronando milhares de vidas, e muitas inocentes que serão trapos de vidas frustradas, se continuarem vivendo.
Tem ainda os horrores das guerras que não param, os homens querem guerras, com o seu orgulho pestilento mostrar seu poder e lucrar no seu comércio de material bélico, pois teem nas mãos a ciência e a tecnologia para o Fabrício das armas de destruição em massa, pra si e pra quem quiser comprar pra fazer matança; em menor escala, estão as guerrilhas que em grupos clandestinos atacam de surpresa, e com potentes artefatos entram sorrateiramente jogam-se com um transporte que dirige, explode com a trágica atitude, mais mata centenas e deixa outros tantos mutilados, mais morreu como herói terrorista, também fazendo a guerra santa, dizem eles.
Há anos um cantor dizia numa bela canção, que o homem é o pior dos animais; enxergou mais cedo que eu.
Um dia, respondendo o que lhe perguntaram sobre o fim, quando se acabaria o mundo; O Cristo respondeu, quando os homens quiserem. A natureza está avisando, mais os homens embrulhados no seu ostentoso orgulho, não se dobram a rever os seus erros, e seus dias estão no fim, mas seus filhos e seus netos irão prosseguir nos mesmos conceitos, se é que se pode chamar o tal anseio de matar só pelo prazer de acabar com a vida, de conceito; são a continuação dos bárbaros na era da civilização; só mesmo Deus pode dar um jeito nesses monstros vestidos de corpos humanos, a evolução da ciência pra esses só ajudou a desenvolver o seu espírito de feras humanas, e com mais volúpia e crueldade; são porcos que se deleitam na lama dos seus desvarios.
A VIDA COM AMOR
Nas minhas crônicas e poemas, sempre tenho apontado o amor, como base para uma vida estável e feliz. Mas, muita gente não sabe refletir, e organizar seus pensamentos e suas idéias, e prossegue só nos impulsos dos seus instintos, desordenadamente.
Necessitamos de paz e contemplação, precisamos de um pouco de conhecimento e orientação a traçarmos uma meta para o destino da nossa vida, se quisermos viver bem e feliz.
A derrota é que os pais nem sempre tem esta boa orientação pra dar as suas crianças;e é nessa idade que a vida mas necessita de orientação, para não enveredar pro caminho do mau, e viverem desastrosamente os seus dias sem amor, sem dignidade.
O processo é lento, mas é necessário; é o caminho da nossa existência, que se desordenada, vai trazer tropeços e amarguras em todo seu percurso, e não fica fácil reformular na idade avançada.
Portanto, nesta visão, conclamo os senhores pais as senhoras mães, que reflitam com todo amor na formação das vossas crianças, e vejam nelas o alvorecer de uma nova era, para se plantar o amor na vida dessa humanidade, que já perdeu a noção da inteligência que lhe foi doada, para viver bem, e hoje está atolada na iniqüidade.
Precisamos descobrir o que temos de bom dentro de nós; que são as virtudes da nossa alma e estão na mente e na emoção, com estes dons preciosos, busquemos a luz na boa leitura, e com quem pode nos orientar, e na serenidade catemos a sensibilidade e a compaixão, para praticar o amor e ter salvação. Esse é o lema e o fim, para o qual foi criada a vida; se não olharmos por este prisma, levaremos as trevas para eternidade, Que O Senhor da vida, tenha piedade.
CONCERTOS PARA JUVENTUDE
A formação de um bom caráter se faz com um bom comportamento
O bom comportamento exige boa dose de moderação e ponderação, exige um rumo bem planejado que nos dê segurança para um caminho de sucesso, exige honestidade; para vivermos em paz com os outros, com honestidade cumprimos a lei da justiça e praticamos o amor,e achamos a consciência e a compaixão, como base para um caráter comportamental; não ter orgulho, o orgulho gera o egoísmo pedante e intragável, que estraga o brio da vida e, faz até doença; sem baixezas: que são as atitudes e ações que nos derrubam a moral e a alta estima, sejamos altivos e firmes nos nossos propósitos, e a vida nos mostra o caminho.
Todo este ensaio, devia entrar num currículo escolar, já que muitos pais não têm esta noção, seria de bom alvitre se os professores pensassem nesta idéia, e incutissem na mente infantil, estas normas como base para os caminhos de tantas vidinhas, trilharem a estrada da paz e do amor; quantos vivem uma semi-vida por falta de uma instrução!
Com a visão que tenho hoje, vejo que a vida sempre prossegue com os hábitos que se aprende em criança, é o tempo que a nossa memória grava com facilidade o que se ouve e o que se ver, se os pais tivessem a noção do valor que tem a vida, adestrariam seus filhos pelo caminho da dignidade; o que se aprende quando criança, fica guardado na nossa mente, se um dia erramos depois de uma reflexão, voltamos ao nosso berço e encontramos a paz.
Meus caros jovens, a juventude nasce na adolescência; e é nos arroubos desta idade critica, que precisamos de firmeza de caráter, ( de vergonha como dizia meu pai,) pra não cair no canto da sereia; é nesta aurora ditosa da vida fogosa, que devemos aproveitar as energias alvissareiras para o trajeto da nossa existência; as ilusões sempre nos guiam pros erros; brinquemos, a mocidade traz espírito pra diversão,mas tenhamos sempre em mente, as normas do nosso comportamento, tudo tem limites, e o exagero desmorona o bom caráter; refuguem os cambalachos daqueles que entram nos vícios das drogas, como o fumo o álcool, e outras mais extravagantes, que estão sempre nos frozores da macacada sem rumo; tenham precaução com os vícios, eles trazem um dos grandes males do mundo, e está levando muita gente a loucura e ao suicídio, e grande parte fica numa cruel dependência, que traz doenças incuráveis e a morte prematura; é o triste resultado que ganham os que se esbaldam no exagero do prazer pelo prazer.
Para terminar, vou dar-lhes um testemunho; eu já estou beirando os noventas, posso dizer que pascei por todas etapas da vida; só que no meu tempo de menino a disciplina era rigorosa, até os dezoitos ninguém tinha liberdade de sair pras festas, sem a escolha e a licença dos pais,mas as vezes eu dava minhas fugidas, e como fui sempre um inibido, tinha alguns amigos para me incentivar o uso da bebida alcoólica, para destravar a timidez; e aí eu me soltava na gandaia, e me habituei na branquinha, virou vicio, e eu controlei até uma certa idade, mais no longo dos anos a dependência me pegou pra valer, já não tinha mais forças pra vencer a compulsão que me arrastava ao trágico habito, e cheguei no fundo do poço, com a presença da morte breve,não me restava nem uma fibra de animo para vencer o tal monstro, que eu tinha criado ao meu bel prazer, buscando vida no copo. Salvei-me porque clamei aos Céus, e Deus enviou alguém que me deu a mão; com essa ajuda miraculosa, nasci para nova vida, sem as mazelas que deixa o alcoolismo, e nestes oitos anos que estou vivendo, mesmo na velhice, estou feliz, porque com as
boas leituras aprendi a descartar o adolescente que vivi toda minha idade, e descobri o sentido da vida; é por isso que vos contei como alerta, o meu testemunho; e por muitas outras causas que vi e aprendi, sinto clemência por estes pobres coitados que entram nas drogas sem pensarem no efeito funesto e degradante que elas trazem.
Deixa-me pasmo; diante de tanta informação da Televisão, e hoje todo mundo tem Televisão; por que a onda avassaladora do maldito tráfico, cada vez aumenta mais, Parece que estes seres vestidos de humanos, são os emissários do diabo, arrebanhando os viventes, para acabar com a criação que Deus botou na terra, para povoar o céu. Que loucos!.
Tenho dó das crianças indefesas, que esses frios criminosos incentivam no trágico comercio do crime e da morte certa, quantas vidas são ceifadas por essas porcarias que por um momento de prazer, alguém faz tanto mal. Não cabe na sensibilidade de um ser humano inteligente, tão cruel iniqüidade, quando olhamos pra evolução da ciência e a tecnologia, e vemos a humanidade na ganância pelo poder da riqueza e da dominação, sem sensibilidade, sem piedade.
Vejam o mau que os desordenados, por falta de um bom comportamento geram no mundo!
Ó MULHER
Se tu soubesses te contemplar como obra prima da Natureza; serias uma deusa na terra.
Foste criada para a mais bela missão sobre a vida, de ti nasceram Reis. Dentre vós O Rei do Universo, escolheu uma, pura e santa, para nos mostrar o seu mistério de amor.
Já imaginaram se não tivesse a Mulher...? O mundo não valia quase nada, a vida não teria muito efeito, não tinha prazer nem gloria.
Nas minhas contemplações mulher: te considero uma pérola preciosa, com os dons e as qualidades com que foste formada pelo Criador da vida.
Èis o cursor da raça humana, por ti é dada a reprodução da humanidade, de ti nascem os rebentos da vida. È por ti que os homens, por mais durões que sejam, se amolecem e se quedam atraídos pelos dotes de belezas, que não são só do corpo físico, mas da sensibilidade da alma; que clama pelo amor natural destes corpos cheios de vivacidade e vigor, na busca do prazer natural com que somos gerados. És, portanto, a mola da reprodução e do amor, que no frescor da juventude já anseia pela metade que te falta para completar a vida, e gerar teus rebentos; se fores sensata saberás sublimar estas qualidades para educar teus pimpolhos no caminho do bem, para teres os méritos e glorias, se cumprida tua sublime missão, desta vida tão bem aquinhoada que recebeste do Criador da natureza.
Sigam sempre as normas naturais dadas pela natureza, e nesta bela trajetória, vocês transformarão a humanidade, que já se afoga no mar da iniqüidade, na ganância das riquezas e do poder, e com drogas e armas estão matando a paz e a vida da nossa bela natureza.
E já que os homens estão tentando acabar com a vida e a paz na terra, sejam vocês as heroínas na salvação do mundo, com sensibilidade e o amor que lhe é peculiar, dedicarem-se na educação e formação da nova geração, a partir dos vossos filhos; incutindo-lhes bons sentimentos e caráter, que normalizam a vida, incluindo o plano espiritual, pois sem Deus é impossível uma vida plausível e feliz. Este ser inteligente não se completa sem esse rumo. O Pai criador, por meio de homens inspirados nos apontou caminhos desde os primórdios, e depois nos mandou seu dito bendito Filho, para nos abrir a inteligência, e buscar na fé, preceitos e normas que completam nossa vivência na terra; assim, temos preceitos e deveres a cumprir nesta missão terrena, e temos que botar em atividade os nossos sentidos e a nossa mente, que são o nosso leme de direção, para singrarmos bom roteiro no mar da vida; e se soubermos manobrar este leme com a sensibilidade do amor, chegaremos a bom porto, para o qual fomos criados.
O PENSAMENTO CURSA A VIDA
Já imaginaram a vida sem pensamento?...
Seríamos como um boi ou outro bicho qualquer, que não sabe raciocinar e idealizar; mas os irracionais têm seus instintos, e sabem buscar seu alimento e suas defesas.
O homem surgiu na terra, com o sublime don do pensamento, ganhou esta patente de superioridade na vida da matéria; para com sua inteligência dirigir esta parte universal da qual fazemos parte; que é o planeta terra.
Algumas perguntas: onde está a reflexão? Está no pensamento, que nos leva aos confins do Universo; onde está a consciência? Está na mente e na sensibilidade; como vemos, o pensamento é o cursor do nosso consciente, para idealizar e arrazoar este trajeto vivência.
Quando temos um choque forte perdemos os sentidos, logo se diz: ficou inconsciente; quando voltamos a vida se diz: está consciente. Neste lapso de tempo perdemos os sentidos e a mente não gerou pensamento, ficamos sem ação e sem normas, sem entender nada, ao voltar o equilíbrio o pensamento toma seu curso miraculoso; reflitam neste processo mágico, um misto de matéria e espírito que governa e ostenta a vida deste corpo mortal, mas com algo de espiritual, pois nessas primícias apontadas, está a alma que é a essência da vida espiritual que nos liga ao Senhor do Universo.
Belo destaque, criado pela mente pensante e reflexiva. Quanta potência maravilhosa possuímos neste corpo, à imagem e semelhança de Deus, e tantos que usam estas primícias tão somente para amaldiçoar a vida e a natureza, não sabem governar seus pensamentos nem domar seus maus instintos e vivem como se fossem irracionais, na lama do mau que eles mesmos praticam, mesmo os que têm a mente aberta com algum aprendizado não vêem o sentido da vida, e galgam por cima dos outros buscando poder e riquezas, esfacelam a paz e matam a vida e a natureza.
Que me perdoem estes insensatos, suplico a Deus, que os ilumine com a luz da fé, para que vejam o valor que ganharam e o jogaram no abismo do mal. Sejam filhos da luz para escapar das trevas!
OS MILAGRES DA INTELIGENCIA
Num relance de vista, visei um caricato parente, sobejo do álcool e do fumo, enganchado num resto de bicicleta. E lembrei-me do chupa cabra que criaram a tempos atrás, por alguns lugares do nosso Brasil.
Refleti um pouco, e surgiram-me algumas comparações; e expandiu-se tanto a minha visualização que cheguei perto ao cume da tecnologia da Eletrônica; em certo momento lembrei uma pecinha minúscula que capta toda carga de um computador em poucos minutos, e pensei: valeu a pena terem criado esta frase, mesmo fictícia. Ela vai colar nesta pecinha tão pequena e tão valiosa, para os que se dedicam a escrita e a pesquisa; vão ter como guardarem grandes volumes em pequenos depósitos, a ficarem para a historia da humanidade.
Vejam quanto vale a vida, se bem formulada e adestrada no seu desenvolvimento primoroso e seqüente na evolução da vida, homens que souberam pensar e idealizar e criar tantas maravilhas engenhosas com a abertura que a ciência lhes deu.
E refletindo nestas criações fantásticas, lembrei os espíritos maus que destroçam e matam a vida por tão pouco...! Quanta insensatez destes bestiais seres dotados de inteligência que se perverteram na maldade e na ganância de serem donos do mundo, são os chupas cabras da paz e da Natureza em geral, e irão sofrer a indigestão dos seus erros e falcatruas, até o fim dos seus dias, sem paz e sem amor. Viverão buscando a felicidade aonde nunca encontra, e terão uma morte aterrorizante e sem esperança, é o lucro dos pervertidos que julgam serem o dono da vida.
Mas voltando ao chupa cabra; quantos temos em nosso meio, começando pelo alto, temos os donos do poder, que são os chupões, onde está o grosso da dinheirama e das falcatruas, é lá que está a alta capacidade pra desonestidade, se bem que ainda tem alguns que zelam pela a sua dignidade, mais a metade são uns mãos de seda, e por debaixo do pano, vão fazendo camuflagens de toda sorte pra estufar riqueza e poder; maldita ganância, que estraga tantas vidas que podiam serem briosas e beneficentes para o progresso e o bem está social.
Mas tem também os chupas da classe média, que invejam os grandes e dizem, se os que nos comandam nos dão o exemplo, se as leis não valem pra eles, que as fazem, por que vamos nós nos preocupar com moral com justiça ética e sei lá o que mais, vamos sugar os trouxas, que só sabem dá o voto pra nos erguer e ter mais chance pra mamata.
Mas não pensem que os pés sujos também não dá chupa, dá e estes é que são os brabos, primeiro chupam ou cheiram as malditas drogas, que vem sempre camuflada,mais vem; e depois transformado num ser irracional e larga a fazer barbaridades de toda sorte, mata por qualquer vinte minréis, e muitos morrem na flor da idade, alguns a policia prende quando não querem dividir com eles o lucro do funesto comercio.
Mas tem também os que mesmo sem drogas, não tiveram uma orientação razoável e não gostam de trabalhar, são os chupões parasitas vivem nas costas dos outros, e destes malandros tem muitos, para o repudio dos que vivem honestamente.
Eis aí meus leitores, o desfecho deste Velho observador da vida.
O VOVÔ CONTA UMA HISTÓRIA
O MISTÉRIO DA VIDA
É bem interessante e necessário contemplar a vida, de onde veio e como surgiu. No princípio era a existência Espiritual, ou a verdadeira vida. Quando o Mestre da Vida passou pela terra disse com muita autoridade: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Portanto, veio de lá, do etéreo esta palavra que dá título a toda existência que nasce, cresce e se reproduz.
Por certo, quando o Engenheiro Celeste contemplou no universo, esse bloco de coisa que hoje se chama terra, viu nele o lugar ideal para criar esta vida material. A tal coisa era uma grande bola de matéria em constante ebulição, onde não era possível germinar nada em tais condições. E deu ordens para que chovesse copiosamente e esfriasse a crosta superficial daquele globo escaldante. E assim, fez-se os mares e formaram-se os continentes.
E Deus soprou o espírito de vida sobre esta superfície. Deste sopro espiritual formou-se uma brisa que formou o oxigênio, esse coadjuvante da vida que respiramos até hoje. E o Senhor disse: faça-se a vida. Que os mares germinem grandes variedades de peixes e animais marinhos. E que a terra germine árvores de todas as espécies – árvores frutíferas e arbustos que dê flores – para enfeitar esse paraíso, que vai ser a terra.
Depois de longo período Deus voltou à terra novamente para vê como estava a sua nova criação. Encontrou já algumas árvores esparsas, mas bem viçosas; arvoredos com belas flores, algumas perfumadas; frutas se estragando, pois não tinha quem as comesse. E então, planejou criar os animais na terra firme. Assim mandou que a terra germinasse animais de todas as raças e variedades, e pássaros e aves. E também germinasse gramíneas para alimento dos ruminantes, já que os carnívoros se alimentariam da bicharada miúda. Deu ainda uma olhada para aquelas flores e árvores dispersas e pensou: ainda falta colocar umas palmeiras e uns bambus; então, ordenou ainda, à terra, que germinasse centenas de variedades e que as palmeiras dessem cocos, grandes e pequenos, que serviriam de alimento aos viventes da nova criação. Depois disso voltou ao Céu onde preparou um grupo de anjos para a terceira volta. Seriam seus emissários para qualificar e dar nome aos viventes da terra.
Depois de um certo tempo, tudo pronto, o Rei do Universo entrega seu governo ao anjo Lúcifer para ficar como seu substituto, enquanto ficasse na terra. O que fez este? Sentiu-se poderoso e, envenenado pelo orgulho, tramou se apoderar do Reino Divino. Ele já sabia como Deus fazia os anjos e largou a fazê-los de montão, preparando-se para enfrentar o seu Senhor, ao voltar.
Enquanto isso, o Rei Celeste, com seu grupo cá na terra, chamava pelos animais e eles vinham receber o nome. A certo momento chega uma potranca e o anjo lhe chamou de égua. Cadê teu companheiro? Ela respondeu: não tenho companheiro. E este filhote que vem atrás de ti? Este moleque preto, é filho de jegue; danado de emperrado, e coiça que só burro. E o anjo disse: pois burro vai ser seu nome. E por ser burro não vai reproduzir, ficará sempre solteirão até o fim dos tempos.
Mas, Deus queria a sua criação feliz, e disse: vamos fazer o companheiro da égua que se chamará cavalo e será um dócil animal para montaria dos reis da terra. Ainda vieram muitos outros animais sem o seu par e foi reformulado tudo o que estava incompleto, pois cada raça ou espécie tinha que ter machos e fêmeas, para uma franca reprodução que enchesse a terra. Na incessante busca por vivente chegaram na beira do mar, numa bela praia de areias brancas. E viram um animal cascudo e desajeitado se debatendo a caminhar com as nadadeiras para chegar a água. E um anjo disse: demora aí, peixe cascão, que é que vieste fazer em terra? Já que tens nadadeiras, por certo és peixe. Ela prontamente respondeu: seu moço, eu sou uma coisa de sangue quente mas, me fizeram com estes pés molengos, só dá para nadar, e na água fiz meu habitat; só que todos os anos tenho que fazer este sacrifício de sair para depositar uma bela ninhada de ovos para a mãe-terra chocá-los. Já que me deram o prazer da reprodução estou cumprindo meu dever de mãe. Os anjos ficaram quase abismados com aquela história e disseram: falaste bem, tartaruga; vai tomar teu banho. E saíram, beira praia, admirando a grandeza do mar e a engenhosa criação da vida. Nesse instante chega o Senhor, que andava por outros trechos a rever o que faltava para completar o seu trabalho, e convidou-os a voltar pra tenda, já que o dia estava terminando. Nesse caminho, de volta à tenda, um dos anjos mais chegados ao Senhor, perguntou-lhe: Senhor, quem vão ser os reis da terra – que o Senhor falou, quando criou o cavalo? O Senhor respondeu: amanhã saberás.
Iam passando por um terreno argiloso e o Senhor disse-lhes: é aqui que vamos fazer o último trabalho da viagem. Amanhã cedo todos prontos para meter a mão no barro. A noite passou e a aurora brilhou e um dos anjos adiantou-se dizendo, que bela aurora tem a terra, Senhor! Aparenta-se ao nosso paraíso, ao que o Senhor respondeu: é Miguel, essa aurora é a luz do céu que enfeita a terra, despertando os viventes a lutarem pela vida. Luta essa que vai ser constante em busca da subsistência. Mas vamos ao trabalho. E os anjos iam se perguntando: o que será este trabalho com barro? Só o Senhor sabia, e acharam um local com barro úmido, capaz de fazer moldagem. E Deus mandou recolherem um pouco e fazerem um montículo e amassarem até pegar liga.
Enquanto amassavam o barro chega, de surpresa, um emissário celeste e curvou-se diante do Senhor num gesto de respeito e pediu permissão para falar. O Senhor disse-lhe: fala, a que vens? O emissário responde: trago um recado do Gabriel; é para o Senhor se preparar para uma guerra no céu, pois o Lúcifer já fabricou um batalhão de anjos de má conduta e está pronto a brigar pelo poder. Quer se igualar ao Senhor. Deus, calmamente, disse: ouviste essa, Miguel? Vai te preparando para enfrentar esse pervertido, quando voltarmos. Mas vamos ao trabalho. E disse para os seus trabalhadores: vamos começar por vocês a arte de fazer estátua – que vai se aperfeiçoar nas imagens dos meus santos nas Igrejas do futuro, pelos filhos que vão surgir deste monte de barro. Por isso quero uma modelagem perfeita.
Coitados dos anjos, sem muita habilidade no barro, tiveram que bancar de oleiros, em obediência ao Senhor. Feito o tronco, fizeram as pernas, com pés e dedos e os braços. O Senhor que olhava com atenção ia dando as dimensões. E a cabeça ele se dispôs a pegar no barro e disse: aqui tem ciência, deixem que eu mesmo faço. E modelou a parte facial com perfeição e mandou que os anjos fizessem ainda o pescoço. E um anjo, que observava o trabalho do Mestre, disse: Senhor, ta faltando a venta; e o Senhor respondeu: é nariz, seu bobo, e eu já estou fazendo. Traz-me um graveto de galho seco e vão colando as pernas, os braços e o pescoço. E enquanto colava o nariz fez os furos nasais, e os ouvidos, com a lasquinha do graveto. Estava pronta aquela misteriosa e engenhosa cabeça que iria dá origem a raça humana. Enquanto colava a cabeça na moldura disse para os anjos, seus ajudantes: vou fazer desta moldura um ser humano vivo, que se chamará homem, cheio de inteligência, à nossa semelhança para que com sua capacidade governe e zele pela vida criada neste planeta que será chamado Planeta Terra.
Este homem vai dominar povos e nações com normas e deveres que lhe passarei. Dizendo isso, soprou do seu espírito, naquele corpo pré-desenhado que tomou vida. E Deus mandou que os anjos buscassem água para banhá-lo, e era muita água. Os anjos não tinham vasilhas e cataram conchas das palmeiras e lhe jogaram água até encharcá-lo. Assim, a superfície daquele barro, que já era corpo, ia se transformando numa pele sedosa e dando pelagem que nascia mais vigorosa em algumas partes do corpo. Mas, o Poderoso Senhor e artífice da vida, tinha que dá mais alguns sopros e gerar e formular a aparelhagem orgânica de base para aquela vida corpórea. Ao soprar-lhe nos ouvidos viu que tinha esquecido as orelhas. Mais que depressa pegou duas folhas redondas, cobriu-as de lama e colou-as aos ouvidos, que já tinha furado, quando furou o nariz. Logo que coladas as folhinhas tomaram consistência e se transformaram em belas captadoras do som. Então um sopro em cada ouvido e aquele corpo se estremeceu. É que este sopro divino lhe percorreu todo o corpo, que foi como um choque elétrico na formação do centro nervoso, que é o condutor da engenhosa obra. E o Senhor dá mais um sopro, agora no nariz e enche-lhe os pulmões do ar que purifica o sangue. E fez o coração pulsar e acordá-lo para a vida. E Deus disse: acorda, filho da terra! És também meu filho pois te gerei da terra com o sopro do meu espírito. Te encharquei com água para o bom funcionamento do teu organismo corporal. Te soprei o juízo e o ar nos pulmões e fiz teu coração bater, para uma vida ativa e cheia de alegria. Teu corpo está se dividindo em órgãos e partes diferentes; e cada órgão e cada célula irão cumprir a ordem natural da vida até o fim dos teus dias. Abre os olhos para ver a luz do sol. Enquanto isso, os anjos extasiados com aquela engenhoca humana, já se mexendo, lembraram ao mestre: Senhor, o dia está terminando, e dissestes que hoje mesmo voltaríamos ao céu. E ele respondeu. O que está faltando? É só levarem este homem lá para a tenda e ele é que vai se virar, até que aprenda a se firmar nos próprios pés. Dito isso, Deus olhou para o homem e viu que ele tinha aberto os olhos. Então lhe perguntou: o que tens a me dizer? Ele só fazia rum... rum... o Senhor falou: abre a boca, enche os pulmões de ar e solta um grito de vitória pela vida. O bicho abriu um bocão muito desajeitado e berrou. Um berro tão feio que se os anjos tivessem medo teriam morrido de susto. O Senhor esboçou um riso e falou: um bom sinal. Ele vai aprender a falar.
Terminada a missão Deus falou para os ajudantes: é preciso que fique um de vocês com ele até que eu venha. Ele precisa de informação e defesa, senão a onça pode comê-lo. De começo ele não sabe de nada e precisa de um mestre dedicado que lhe ensine com amor. Logo, o anjo que veio enviado pelo Gabriel se prontificou, pois tinha ficado empolgado com as maravilhas que viu na terra. Tudo acertado Deus com seus anjos bateram a poeira da terra e subiram ao céu, já pronto para expulsar o egoísta Lúcifer. Mas, para saber desta batalha, busque nas histórias da antiguidade.
A minha história é sobre a vida que foi entregue ao anjo professor, isto é, o treinador da vida, já que não se nasce sabendo é lógico que precisa ter quem nos ensine. E foi a solene missão que Deus deu para se seguir nesta maravilhosa vida cheia de mistérios. A noite passou e o anjo deu uma revistada na criatura que tinha passado a noite esturrando e se debatendo como quem queria se mover. Notou que o pobre coitado estava todo lambrecado de lama e urina, ainda bem que não fedia. Não tinha comido nada, era só a sobra do barro e da água que restou da completa formação orgânica. Então o anjo pegou novamente a concha de palmeira e foi buscar água para dar-lhe outro banho. No caminho viu um ramoso maxixão de bucha e pegou uma já seca para esfregá-lo. Logo que começou o asseio, não é que o marmanjo começou a rir. Só fazia han! han! E o anjo surpreso disse: han... han..! Tá ficando alegre, hein!? Daqui a pouco vou lhe botar para trabalhar estes braços e estas pernas. Tem que botar esta máquina pra rodar. Terminado o asseio começou a aula de física. Com a paciência de uma mãe começou o trabalho de flexão e distensão das pernas e dos braços e na cabeça fazia rotação para amolecer as articulações. E o corpão, ainda cheirando a barro, era só han! han! han! O anjo movimentando as pernas separou uma da outra e tentou sentá-lo. Pegou as mãos dele flexionando-as e gritou: levanta a cabeça que eu te ajudo a sentar. Vamos, força, você precisa desenvolver estes músculos. Vamos, força! Até que enfim o besuntão ficou sentado, meio desequilibrado e o anjo o advertiu: use os braços como escora. Ele firmou-se nos braços, olhou para o anjo e fez, novamente, o “han... han... han...”, enquanto torcia a cabeça olhando para os lados; quando o anjo viu que ele estava se enfadando da posição, juntou novamente as pernas e deitou-o e logo o pôs de bruços. Agora você vai nadar no seco. Escanchou-se por cima dele e movimentou-lhe os braços como quem nada. Depois virou-se para os pés e ensinou-lhe a tomar impulso para frente forçando os pés no chão. Impulsione este corpão e o anjo o ajudava com a sua força. E nessa luta acabou por fazê-lo se arrastar. Aí, o anjo já exausto disse consigo: que luta estafante para levantar este marmanjo, por hoje chega. Amanhã vais aprender engatinhar. Aí lembrou-se que precisava alimentá-lo, foi até uma baixada onde tinha bananeiras e trouxe umas bananas maduras e lhe fez comer. O cara estava com tanta fome que, ao comer a primeira já estirou a mão pedindo outra. Admirado o anjo lhe deu uma com casca para ensiná-lo a descascar. Aprendendo, aos pouco.
O anjo não imaginava, que Deus lá do céu, estava observando o sacrifício dele e tinha lhe tocado na hora que pensou em alimentá-lo. É que, movimentando a boca, mastigando e engolindo ele soltou a língua. E quando o dia amanheceu o marmanjo já pedia “manana”, porque ao alimentá-lo no dia anterior o anjo lhe disse: “comer banana”. Quando o anjo o viu falando disse: milagre da vida. Vendo a evolução saiu voando para as bananeiras. Chegando lá viu um grupo de macacos numa gritaria ensurdecedora. Ele pensou ser uma festa dos bichinhos. Depois viu que era as bananas que eles estavam comendo. E agora, pensou ele! Mas, afugentou os macacos e catou ainda algumas meio duras.
Chegando na tenda que surpresa! O marmanjão já estava de cócoras na porta, esperando. O anjo falou: isso tudo é fome, rapaz? Graças a Deus que não vai ser preciso dar a aula de hoje pois se te firmaste nas pernas ao acocorasse breve estarás de pé. Amassou um pouco as bananas e ao descascá-las o sujeito já estava querendo pegá-las. O anjo disse: espera um pouco, precisa tirar a casca para não engasgar. Vá aprendendo estas lições, tens que aprender muita coisa pra viver bem aqui na terra e depois ver a glória no céu. Quando o anjo disse isso ele repetiu “céu”. O anjo folgou de alegria por vê-lo pronunciar céu. Mais outra banana e quando ele engoliu o anjo disse: fala papai do céu. E ele, prontamente, falou. O anjo pegou-lhe pelas mãos e disse: levanta-te e ele levantou-se. O anjo ficou empolgado e disse: fala graças e louvores ao Deus que me criou. E o homem já saltou num fraseado de mestre: graças ao Deus que me criou e deu entendimento, pois já entendo o milagre da vida. O anjo todo contente disse: agora vi que já és um homem perfeito pois estás consciente do que dizes. Já não és mais barro, mas carne e espírito. E foi o espírito que deu essa evolução ao teu corpo material. Começa já, a caminhar com teus pés, pois já tens o equilíbrio necessário para palmilhar nesta terra maravilhosa. O Criador da vida de dará o comando de tudo que tem sobre ela. Prepara-te que a vida é bela mas traz seqüela. E logo saíram em caminhada pelos campos. Enquanto conversavam o anjo ia mostrando os animais e dando-lhe os nomes. Os pássaros esvoaçavam pelos ares e trinavam e com seu canto louvavam o criador dos viventes. E a brisa mansa soprava o ar puro e enchia-lhe os pulmões recém-formados dando-lhe saúde e vigor, para enfrentar a longa jornada da missão que tinha a cumprir, como pai da raça humana.
Passou-se mais uns dias e o Senhor Celeste voltou à terra e avistou-lhes andando pelos campos observando a bicharada, enquanto o anjo lhe ensinava quais os que dava para domesticar e quais os perigosos e venenosos para que se defendesse. Então o Senhor se apresentou e disse: já vi que trabalhaste bem, anjo dileto. Vais ganhar uma promoção ao voltar ao meu reino, fizeste teu trabalho, agora é comigo. Virou-se para o homem e disse: não fizeste nenhuma genuflexão ao teu Criador? Ao que o anjo ordenou: baixa a cabeça e faz um gesto com a mão direita. Ele baixou a cabeça e ficou olhando para as mãos, sem saber qual a direita, mas o anjo ensinou. Então o Senhor começou um longo colóquio com o cabeça da espécie que ia se chamar de raça humana. Passou a mão pela sua cabeça e disse: estou notando que estás lúcido. De ora em diante irás entendendo melhor os caminhos da vida, e aprender é o que tens que fazer para viver bem. Te darei algumas normas e limites para cumprires como deveres; o resto tirarás das tuas idéias, pois tens liberdade para fazer o que melhor te aprouver.
Mas, me conta, o que vistes de interessante na visão que já tiveste da terra, com todas as informações que o meu anjo te deu? Estás contente, com tudo que viste e aprendeste? Sim meu Senhor, estou contente. Estou vendo a fogosa exuberância da mãe terra. Vejo que viceja o que semeastes com teu sopro espiritual. Vejo nas árvores e palmeiras com suas folhas e palmas a farfalhar com a brisa; vejo nas flores a perfeição da vida, que com suas belas tonalidades e exalando o seu perfume incensam e aromatizam o ar que respiramos. Enfim, tudo é belo e exalta e glorifica o seu Criador. E a bicharada, perguntou Deus? Na bicharada tudo ou quase tudo é belo, com exceção de alguns, que são feios de arrepiar. Mas tem os animais que são dóceis e domesticáveis e os que são perigosos. Acho que deviam ser separados pois tem bicho comendo os outros. O Senhor acha isto certo? E Deus, quase admirado com tamanha desenvoltura, disse-lhe: mas tem que ser assim mesmo. Os pequenos são comida dos grandes. E que me dizes da passarada, das aves e dos voadores? A passarada Senhor é a beleza que enfeita a terra e o ar sobre nossas cabeças. Com seus vôos mostram como a vida ganha as alturas voando. Na terra, os que têm plumagem mas não voam, como a grande avestruz, que dotada de pernas longas e fortes ganha a corrida com os predadores que lhe perseguem; e uma infinidade de pássaros e passarinhos que com sua variedade de cores e trinados enchem a terra de vida e alegria. Ainda pergunta o Senhor, e o convívio dessa bicharada toda, que é animal o que me dizes? Como vive como se relaciona? E ele respondeu: Senhor, meu tempo de observação é ainda muito curto, mas, tenho notado algo que ainda não compreendi. Não é que eu queira me meter no seu projeto mas, vejo sempre os animais se acasalando e criando seus filhotes, os pássaros fazendo seus ninhos e alimentando seus pequeninos filhos nascidos de ovos. Isto é um mistério que não entendo, e mais, vivem sempre em casais. Os animais se lambendo, os pássaros se bicando, como que sejam dois bons companheiros e eu, vou viver só?
Depois dessa descrição, o Senhor admirado, disse-lhe: estou te achando bem esperto; já tá querendo até companheira, vejam só. E o anjo que ouvia tudo de perto falou: já vi ele bem animado com as macacas. Ao que o Senhor respondeu. Não pode, as macacas são dos macacos. Daqui a alguns dias eu volto e te darei uma companheira. Por enquanto vá aprendendo com os animais, como criam os filhos e amansar algumas vacas, aprender a tirar leite delas para se alimentar; plantar um sítio de boas frutas e trabalhar pra arranjar o que comer que a vida é luta. Não é só olhar as flores e ouvir o canto da passarada não, entendeu? Sim, Senhor! Entendi, mas volte logo, para fazer minha mulher. E o Senhor falou para ele: aprenda a ter paciência que meus dias são longos mas um belo dia voltarei para cumprir a minha promessa. E deu um até a volta e chamando o anjo subiu ao céu. O restante da história procure no Gênese.
Resta-me pedir perdão para o meu Criador. Não sei se lhe ofendi com esta brincadeira, com as conjecturas e piadas que engendrei. São intuições para despertar os meus bisnetos. Ao contá-las, quem sabe, não colhem algum conhecimento a levarem pela vida afora.
UMA CANÇÃO A VIDA
Ó vida, que surges tão bela,
Se não traz seqüela
És pérola a brilhar
Que traz inocente alegria
E muita extasia
Seus pais e seu lar.
Que nasce como um brotozinho
Com o zelo e o carinho
Da mãe e do pai
E tenta seguir seu caminho
Firma seus pezinhos
Num levanta e cai.
Na vida se começa assim,
E do começo ao fim
É luta aguerrida
Da luta nasce o proceder
E quem busca o saber
Faz sua jazida.
Ao crescer vem a adolescência
Só que advertências
Não quer de ninguém
E seguem caminhos inversos
Quase sem progressos
E não encontram o bem.
Busquem a luz do conhecimento
Horizonte lento
Pra vida brilhar
É o caminho para se ganhar metas
E algumas setas
Pra se encaminhar.
Ciências, complexo e mistério,
Nasce com o critério
De quem buscar, tente,
Sozinhos, vem um lusco-fusca
Só quem ganha busca
No onipotente.
Às vezes temos variedades
Mas felicidades
Só pra quem faz o bem.
Pautemos a vida em primores
Tecendo valores
A levar pro além.
Minha mente já em reboliço
Por este serviço
Pequeno que fiz
Semeiem, se aprendeu se adestre
E mesmo sendo mestre
Se faça aprendiz.
Poucas pessoas contemplam a vida no seu plano total, de onde veio, como veio e pra que veio. Por certo alguém me responderá: pra ser vivida, ora bolas. Sim, veio pra ser vivida mas a maior parte dos humanos não sabe como vivê-la bem. Pensa que é só comer, beber e farrear buscando prazer carnal ou material. E muitas vezes prejudicando seus irmãos, usurpando-os, caluniando, assaltando, injuriando e até matando-os. E isso é mau; isso não é a vida que o poderoso Criador planejou para essa raça humana. Deus, esse ser invisível e autêntico, que com seus mistérios criou e governa matematicamente este grande e misterioso universo, com um globo luminoso que atrai a si um sem número de planetas e estrelas que giram ao seu redor, como corpos que são comandados por um maestro que com sua batuta rege e ritma uma grande orquestra, e todos lhe obedecem num ritmo certíssimo. E nós, seres humanos, que fomos criados com inteligência e entendimento vamos botar pra funcionar estes predicados para uma contemplação sobre a nossa vida que também é um mistério. Contemplemos, por exemplo, a continuação da vida. O autor da criação nos deu o dom do milagre, não só a nós humanos como a todo ser vivo, que é o milagre da fecundação.
Vamos perscrutar como se dá a geração humana. O autor celeste, quando criou esta vida material na terra, pensou na ampliação ou multiplicação e sabendo que as coisas materiais têm vida curta, logo se deteriora e tem um final, os criou machos e fêmeas para se acasalarem, viverem juntos e gerarem outras vidas. Para tanto os dotou com órgãos diferentes. E é destes órgãos que dotados de uma energia vital nos impulsiona para o milagre da fecundação. Vamos contemplar com carinho a nova vida que germina com a fecundação, voltemos um pouco e pensemos na criação.
O Criador Celeste devotou todo carinho e perícia nessa engenhosa máquina viva que é o nosso corpo. Já pensaram na formação dessa estrutura complicada, que se forma vagarosamente no útero materno, sem que ninguém mova um dedo para a sua formação e desenvolvimento, a não ser os nutrientes que absorve da mãe? Pensem nesse milagre, para constatarem e acreditarem no poderoso Senhor da vida e verem a vida na sua integralidade.
Mas comecemos do início, aquele minúsculo óvulo que foi fecundado pelo pequeníssimo fragmento vivo que foi expelido pelo homem. Imaginem o esforço de um fragmento tão pequenino - que é invisível ao olho nu -, a avançar no escuro em busca de um alvo que não sabia onde estava. Tudo é milagre; mas, encontrou e penetrou a película que guardava a gema preciosa onde estava a semente da vida. Se falasse teria dito: a luta foi quase insana, mas ganhei a corrida. E os dois se tornaram, uma microscópica célula e criou vida. O pequenino óvulo se fez carne e colou na parede uterina enquanto a celulazinha se dividia simultaneamente por centenas de milhares de divisões até se formar um bloco de coisa sem aparência mas que se avolumava e foi se formando o corpo, com cabeça, braços e pernas. Do quarto ao quinto mês já dá sinal de vida, a mamãe já sente mexidinhas muito suaves e se alegra por sentir aquela vidinha muito tenra dentro do seu ventre. Isto as que têm o espírito de amor pela sua missão de mãe porque hoje tem muitas que só querem o prazer do sexo, e umas até matam seus filhinhos inocentes e indefesos, ainda no ventre. Que mães desnaturadas! Mas tem muitas que deixam nascer e jogam na lata do lixo como se isso lhe aliviasse o crime. Só que nesse caso, se alguém o encontrar pode salvar sua vida, como tem acontecido algumas vezes. E tem mais maldades feitas às crianças no começo de suas vidinhas indefesas. Criadas por pais ignorantes, sem normas e sem regras, não sabem o que é dever, nem sequer o que é a vida. Jogam a vida inocente das crianças num mar de crueldade e desencanto a levarem por toda a vida. Isso se não morrerem de maus tratos. Como é cruel este ser humano que toma o rumo dos animais selvagens! Mesmo as feras selvagens sabem amar seus filhotes quando pequenos. Coitados dos pequenitos, forjados no amor do pai Criador para admirarem e gozarem do amor de quem os gerou, que não sabem amar e zelar aquela vida que nasceu deles. E é preciso crescer na paz e conforto de um lar que lhe desenvolva para ter vida feliz e próspera. Os pais são a luz dos filhos no início de suas vidas.
Voltemos ao corpinho tenro formado no útero. Esse pequeno ser que ninguém tocou nele, durante esse processo oculto, foi tecido com uma perícia incalculável pela mão divina. Temos que crer nessa verdade natural que prossegue na continuação da vida. Olhemos com carinho para este mistério que o eterno autor legou aos seres viventes para a continuação da vida. E usemos todo empenho no zelo pelas nossas crianças, elas são a alegria da vida.
Enquanto estou ditando estas conclusões tem algum nenê crescendo no ventre de sua mãe, sendo aperfeiçoado na formação corpórea e já chutando a mamãe para soltá-lo para a luz do mundo. Bonequinho vivo que só sente mas ainda não sabe pensar. Não sabe o que o espera no desconhecido caminho que vai palmilhar. Ao abrir seus olhinhos, só vê cara estranha e chora. Chorar é o que sabe fazer para pedir socorro ou proteção. Sente na sua tênue epiderme a mudança de temperatura a que está habituado, sente o desenlace do corpo quente que lhe carregou por nove longos meses. Enfim, sentiu-se em terra estranha, mas ao ser acolhido nos braços afáveis da mãe que lhe afaga junto ao peito, aquela pequena vida se acalma. Ao sentir o pulsar do coração materno que lhe era habitual na vida intra-uterina sente-se amado pela mamãe que lhe oferece o alimento protetor para crescer e desenvolver seu organismo com exuberância. Exuberância porque a vida humana traz em si um engenhoso e enigmático feixe de ciências que nem os mais estudiosos cientistas que já temos conseguiram deslindar totalmente a misteriosa ciência da vida que tange este corpo material.
Temos que pensar naquele sopro divino que deu vida a terra e que estes seres que vivem e se movem, amam, geram e se reproduzem, trazem em si um pouco do seu Criador. E é este misto de Deus e matéria que gera tantas nuances e facetas que trazem emoções, sensações, intuições, sonhos e impulsos para os ideais de uma vida exuberante. É necessário que aprendamos a conhecer estas premissas e ir instruindo as nossas crianças desde a mais tenra idade, abrindo o horizonte obscuro que tem base na sua cabecinha e no seu emocional e que vai se abrindo com os gestos e os exemplos dos pais; se forem bons estes exemplos em vez de espinhos plantem flores, no jardim da infância.
ADOLESCENTES
Meus caros meninos, há se eu de cima dos meus oitenta e cinco anos, pudesse levar os conhecimentos que hoje eu tenho da vida e voltar aos dez anos! Reformularia esse colosso que é a nossa vida. Mas como é impossível realizar esse desejo vou tentar dar-lhes algumas noções para a confusa adolescência (idade que um alguém chamou “idade de cachorro doido) que para alguns cabe bem essa classificação, mas para os mais sensatos é a aurora da vida que vai crescer e se estruturar para a vida de adulto.
É nesta idade, dos 10 aos 12 ou 13 anos, que começam os anseios de ser homem, ou mulher, que vão surgindo os primeiros lampejos da exuberância falada atrás. É uma explosão de energia que surge com o crescimento do nosso corpo; são os preciosos neurônios que se formam aos milhões; são os nossos órgãos que se desenvolvem ao tamanho natural; são os nossos nervos que crescem e se dilatam para o desenvolvimento da musculatura e da delicada pele que transparece a juventude na brilhante aurora. Essa aurora nos traz tantas magias, sonhos, sensações e impulsos que nos deixam confusos, quase sem direção. Queremos ser homens, ou mulheres, mas não somos ainda, precisa um pouco de paciência e bom senso ao atravessarmos esta fase fogosa da transformação, para chegarmos ao bom termo para uma vida estável. Não se entreguem às ilusões que elas nos tiram do rumo certo, procuremos desenvolver o intelecto que tem base na mentalidade. Desenvolvam suas mentes estudando, é no estudo que aprendemos abrir as portas da ciência. E é sendo ciente de conhecimentos que vemos com mais clareza os caminhos que nos levam a uma vivência organizada e mais feliz. Não sejam desobedientes a vossos pais, eles vos amam, há não ser alguns muito cruéis. Não busquem no álcool e nas drogas os prazeres desenfreados pois eu tenho experiência destas coisas e vos digo: estraguei boa parte da minha vida buscando prazeres e vida empolgante e terminei caído pelas tabernas, sem moral, sem prestígio e quase sem vida por causa da dependência da bebida. Por isso lhes peço com amor: não entrem nessa que a canoa é furada, principalmente na idade em formação. O álcool e as drogas fazem um arraso no corpo jovem que não está ainda totalmente completo na sua estrutura de adulto. Em qualquer tempo ou idade faz mal, muito mal, só traz desgraça e sofrimento para a vida de quem usa e muito antes de ele sofrer já fez sofrer seus familiares. Tenham um caráter firme e se livrem dos maus amigos que tentam incentivá-los por estes caminhos macabros e vivam a autêntica norma do bom senso que a vida é cheia de maravilhas para levarem para a vossa procedência. Buscai sempre o caminho da paz e o amor florescerá pois só o amor constrói uma vida feliz e cheia de sucessos. Paz e amor para todos.
Terminando a advertência aos meus jovens e adolescentes vou tentar uns traços pelo curso da vida até onde cheguei. A aurora radiante da adolescência lampeja mais ou menos até os 25 anos, depois a compreensão que se vai ganhando faz diminuir as ilusões e começa-se a pensar no futuro já que nessa idade sempre já tem casamento ou filhos e a responsabilidade reclama o dever e o trabalho exige tempo. Não há mais tanta disponibilidade para os folguedos e a vaidade; aos poucos vamos aprendendo a ver a vida de outras maneiras. Vão chegando os filhos, vai pesando a carga de responsabilidade, mas os filhos nos recompensam enquanto pequenos porque quando adolescentes, Nossa Senhora! Mais isso está no curso da vida. E os moleques e as molecas vão crescendo e ganhando estatura, a natureza lhes deu energia de adultos, só que não sabem controlar. Temos que ter paciência com eles e devíamos tê-los preparado antes como ficou dito atrás. O melhor remédio é prevenir é melhor que remediar, provérbio certíssimo. Contudo a vida de um lar, se soubermos organizar é maravilhosa. Os filhos crescendo, estudando, ganhando conhecimentos e vivacidade, tudo nos empolga e traz momentos de felicidade, mas a vida vai passando e, aos 45 já começa a decair o vigor jovem e vem sempre o indesejável desânimo. As forças começam a diminuir devagarinho, às vezes vem a depressão - a doença misteriosa da época - muitas vezes ficam tão agudas que viram a cruel síndrome do pânico, a “doença do medo”, foi o meu caso, morri um pouco nessa idade. Mas tal doença é feita por nós mesmos é psicológica e é difícil de tratá-la. É preciso buscar conhecimentos e descobrir as forças que temos ocultas dentro de nós.
Dados esses informes vamos aos sessenta. Olhamos para os netos e pensamos, estou ficando velho! E o desânimo aumenta. Mas, ao pensar na aposentadoria sentimos um pouco de esperança para o conforto da velhice, o que pouco traz para aliviar o peso dos anos. Têm alguns que se erguem, nas pernas trêmulas, fazendo pabulagem que eu sou isso, fui aquilo, numa atitude de quem não se entrega a velhice. Têm outros que se relaxam, se abandonam e ficam mais abandonados pelos outros. É triste a vida quando não se tem mais auto- estima, mas a vida foi feita pra ter este curso, cada etapa tem suas mazelas. Temos é que aprender a viver nossa velhice e buscar nas forças da alma que encontramos luzes Naquele que nos criou e que nos conforta se o procurarmos com amor. O amor é o sentimento chave para a auto-estima e este amor gostoso não morre com a velhice. Vejam só: dias atrás, sonhei com uma linda moça me oferecendo uma flor, mesmo no sonho eu pensei, mas não são os homens que dão flores para as suas amadas? O certo é que acordei apaixonado, como um adolescente. Come é belo o amor!
Busquemos o amor e acharemos a saída para as nossas mazelas. Sondemos os caminhos do Mestre Jesus; Ele, ao despedir-se de seus amigos disse: eu sou o caminho a verdade e a vida, depois disse ainda, amai-vos como eu vos amei; e se Ele nos dá essa amostra tão bela e tão amável vamos a Ele com fé e amor. É a única esperança que temos para remediar nossas dores, busquemos com a alma, ela tem forças para o amor e nos ensina a perdoar, vamos logo porque o sol desta vida pode está chegando no final do dia e precisamos de uma esperança ao deixarmos este corpo velho cansado. Falo para os idosos mas serve também para os novos, a vida desta terra é breve e inconstante, estejamos sempre alerta para estas verdades. Às vezes sinto vontade de cantar mas, como a voz já não me ajuda canto com a alma, para o meu conforto interior. Termino minha história com uma poesia.
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