Parece algo
Que me prende a ti
De forma tal
Que desatar este mal
Me é impossível...
És leviana,
Mas que demais insana
Pervertida, insaciável...
Tentei
Por tempos
Me iludir
E tua carência suprir,
Tendo que suportar
A certeza de tua natureza,
Ferindo-me com a certeza
De nunca poder te mudar...
Fui mais,
Bem mais que
Teu amor,
Me doei, provei da dor
De tua infidelidade.
Sempre querendo crer,
Te mudar, e assim trazer
Alívio para tão dura verdade...
Sim, fui
Teu amigo, pai,
Irmão e amante
Fiz de cada nosso instante
O melhor que podia...
Imaginei nós dois
Sem perceber o depois,
Desta agora - minha agonia...
Se me fere
O peito
A dor indivisível,
Com minha inocência reprimível
Foi que quis assim.
Não sinto decepção,
Tampouco, desilusão,
Apenas medo de nosso fim...
Pobre de mim,
Pobre leviana...
Por – Paulo Roberlando
Novembro/2002
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