Nas revoadas dos ventos,
Em lufadas,
Emplumando as velas
Alvas como as espumas,
Quebradas,
Singradas,
Vai a frágil jangada
Balançando entre as brumas...
Jangadeiro,
Pele ressecada
Do sal e do sol,
Dono do mar...
Posse infinita,
Na coragem incontida,
Sem medo da partida,
Sem medo de não voltar...
E se vai,
Como um pingo
Na vastidão,
Mas vasta é a coragem,
Rugindo,
Sumindo,
Indo
No horizonte sem paragem...
Por – Paulo Roberlando
Junho/1991
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