sexta-feira, 1 de junho de 2007

Suor alheio

Suor alheio
(Jaime Farias)

Muitos homens desejam a todo custo
Subir aos tronos da mortal grandeza
E assim vemos um morto de fraqueza
Enquanto um outro brinca tão robusto

E sem trabalho progride, até me assusto
Em tão depressa vê-lo com riqueza
E a quem trabalha, falta o pão na mesa
Fatos do mundo que não acho justo

E além disso tudo, o pobre fica
Acorrentado, preso a forte esteio
Que nem do catequista aceita a dica
E nem reclama, porquê tem receio
E assim morre e não vê, que o outro enrica
Sem ter esforço; com o suor alheio!

2 comentários:

Lingua Inglesa disse...

Gostei muito dessa crítica

Lingua Inglesa disse...

Gostei muito dessa crítica