sexta-feira, 1 de junho de 2007

DELÍRIO

Uma visão súbita
Algo que me faz reverter
O que pensava eu, não mais poder
Sentir o que não mais é
Apagado no lapso temporal.
Agora, me volta a assombrar
Em forma, cheiro e andar,Não tu... mas outra tão igual...

Parecendo atéQue retrocedeu
O tempo e, vivências que eu
De maneira abrupta,
Extirpei de mim tão profundamente.
E agora neste instante,
Aparece-me em relance
Revolvendo o que não é mais presente.

Uma tão igual,
O perfume, os cabelos balouçantes,
Um olhar castanho penetrante,
Linda e perfeita como tu.
Mas não - tu não era... eu sei.
Quem sabe era apenas delírio,
Torpor do martírio
Que de tua ausência herdei...

04/dezembro/2009

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