Do moleque no quadro da igreja
Ainda guardo vivo – bem vivo,
A alegria de ter sido criança.
Onde nas tardes de doce lembrança,
Desfrutei de tudo quanto podia.
Jogava bila, atirava de baladeira,
Pega-não-pega, pião, e tantas brincadeiras,
Que me preenchem em sopros de nostalgia.
Um território demarcado
Pelas quatro velhas arvores,
As três mangueiras e o tamarineiro.
Onde eu, moleque arteiro,
Fazia delas meu recanto
Na vivência de minha aurora,
Diferente de meu tempo de agora
Que já não tem os mesmos encantos...
Março, inverno,
Com chuvas que faziam
Correr água nos degraus da barragem,
Formando cascatas, síntese da imagem
De um tempo tão feliz...
Bem lembro de tantos que se ajuntavam
Embaixo dos canos, que grossamente jorravam,
Na calçada da Matriz...
24/novembro/09
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