Recordo nostálgico do meu tempo
Quando moleque, mais que danado,
Nas enchentes do Acaraú.
Dos barrancos pulando nu,
Pra que a roupa molhada
Não denunciasse a desobediência.
Que se descoberto, não havia complacência,
De Papai e sua sinta surrada...
Nos abril já vividos, catando “pau-do-rio”
Que brotavam abundantes, quando inverno bom,
Lá pelos lados dos carnaubais da “Manoela”.
Imagens passadas, e, qual aquarela
São emolduras em minhas recordações
Mais que queridas...
Se agora, me consome a nostalgia incontida.
É porque me foram caras estas emoções.
Pintado também está
A lembrança dos cabelos bem penteados
De Papai, com seu cheiro perfumado,
Cheiro de pai... de proteção... de abraço
Que nunca lhe dei, e tinha tanta vontade...
Felizes momentos que retornarão jamais.
Oxalá que minha Stephanie viva iguais,
Sendo feliz, como fui, com tanta intensidade.
22/abril/2010
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